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Rabi Shneur Zalman
O Alter Rebe
Fundador
do Movimento Chassídico Chabad
18 de Elul, 5505 (1745) - 24 de Tevet, 5573 (1812)
Poucos luminares na história judaica, especialmente nos tempos
modernos, fizeram uma contribuição tão profunda e
duradoura à nossa herança espiritual como Rabi Shneur Zalman.
Suas obras abrangem todo o espectro do pensamento judaico – misticismo,
filosofia, psicologia, ética e lei – e representam uma expressão
de um gênio criativo sem paralelos.
Os Primeiros Anos
Casamento
Mestre das Dimensões Reveladas e Ocultas
Fundador de Chabad-Lubavitch
O Tanya
Genealogia
Obras publicadas
Links no site
Os Primeiros Anos
O surgimento e expansão do Movimento Chassídico foram rápidos.
Sob o lema de “D’us quer o seu coração”
(Rachmonoh liboh boey), os líderes deste genuíno renascimento
recuperaram a felicidade da fé judaica para o homem comum.
Nele e através dele, até mesmo judeus camponeses, mercadores,
operários e artesãos se encontraram no cálido abrigo
do universo de Torá, do qual tinham sido excluídos por causa
de sua limitada erudição. Não sendo mais forçados
a considerarem sua religião como um “Paraíso Perdido”,
ele absorveram avidamente a mensagem inspirada da Torá no nível
emocional projetado para eles pelo Chassidismo.
Uma dos maiores personalidades chassídicas foi Rabi Shneur Zalman
de Liadi, que mais tarde ficaria famoso como o Rav (professor). Este santo
homem foi o fundador do Chassidismo de Chabad, um movimento que se desenvolveu
em um dos ramos mais fortes e dinâmicos do Chassidismo.
Este movimento, fundado na Lituânia em 5533 (1773), cresceu muito
além das fronteiras deste outrora forte centro de vida judaica,
e conquistou adeptos entusiastas em todo o mundo.
Rabi Shneur Zalman era um descendente direto do Maharal de Praga. Seu
bisavô viveu numa aldeia em Posen. A família mudou-se para
a região leste, vagando entre a Galícia e a Polônia,
e finalmente se estabeleceu em Vitebsk, na época um florescente
centro de Torá e erudição talmúdica.
Foi ali que o pai de Rabi Shneur Zalman, Rabi Baruch, nasceu e foi criado
no espírito e tradição do estudo. Posteriormente
ele se mudou para Liozna, perto da cidade de Lubavitch, que se tornaria
famosa como base da dinastia dos descendentes do Rav.
Ali nasceu Shneur Zalman. Ali, também, ele recebeu suas primeiras
letras, e desde a mais tenra idade ele demonstrou um brilhantismo invulgar,
diligência e devoção aos estudos.
Para desenvolver ainda mais a erudição do filho, Rabi Baruch
levou-o a um renomado professor daquela época, Rabi Yissachar Ber
de Kobilnik, que residia em Lubavitch. Sob a tutela de Rabi Yissachar,
o jovem erudito atravessou “o mar do Talmud” em todas as direções,
e familiarizou-se com a Cabalá, o lado esotérico da tradicional
sabedoria de Torá.
Em seu tempo livre o rapaz tentava aumentar ainda mais seu conhecimento
através do estudo de ciências e matemática. Não
demorou muito e Rabi Yissachar Ber comunicou a Rabi Baruch, o orgulhoso
pai de seu aluno: “Não há mais nada que eu possa ensinar
a seu filho: ele me ultrapassou.”
Rabi Baruch então levou Shneur Zalman a Vitebsk. O menino, com
doze anos, foi imediatamente reconhecido como gênio, e aceito como
igual pelos maiores eruditos da cidade.
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Casamento
Kipá
de Rabi Shneur Zalman
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Um homem abastado escolheu Shneur Zalman como genro e passou
a sustentá-lo, para que ele pudesse devotar sua atenção
exclusiva ao estudo de Torá.
Numerosas histórias sobre aqueles anos atestam a sede insaciável
de conhecimento de Rabi Shneur Zalman. Sua sagacidade e proficiência
como erudito lhe granjearam admiração de todos que entravam
em contato com ele.
Aos vinte anos, ele jovem brilhante, com o consentimento da esposa, deixou
o lar e a família para preencher uma ânsia em sua alma. Apesar
de todo o ser conhecimento, ele sentia que estava faltando um elemento
de experiência religiosa que não poderia ser captada na solidão
das quatro paredes de seu próprio estúdio.
Candelabro
presenteado por Rabi Shneur Zalman a sua neta Menucha Rachel, que
residia em Hebron, Israel
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Dois centros de estudo e liderança judaica competiam
por sua atenção: Vilna, a principal base da erudição
talmúdica e a fortaleza da oposição ao Movimento
Chassídico que crescia rapidamente; e Mezeritch, onde vivia Rabi
Dovber, o famoso Maguid de Mezeritch, herdeiro da ideologia de Rabi Israel
Báal Shem Tov e da liderança do Movimento Chassídico.
Desde o início, Rabi Shneur Zalman percebeu que a atmosfera discreta
e racionalista de Vilna e seus eruditos, liderados pelo Gaon Rabi Elijah,
não podia lhe oferecer aquilo que estava buscando. Como um aclamado
erudito de Torá, Rabi Shneur Zalman sentia que sua necessidade
não era de instrução talmúdica, mas de orientação
no serviço a D’us (avodá). Portanto, decidiu tentar
Mezeritch, onde um novo mundo o chamava. Um mundo – dizia-se –
que ensinava seu povo a rezar.
Cheio de esperança e expectativas, porém com poucos recursos
materiais, ele empreendeu a longa viagem. Para pagar suas despesas, fazia
quaisquer serviços que aparecessem, cortarndo madeira e trabalhando
na lavoura. Mesmo assim, teve de fazer a pé a maior parte do percurso
até Mezeritch.
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Mestre das Dimensões
Reveladas e Ocultas
A primeira impressão do círculo de discípulos reunidos
sobre Rabi DovBer de Mezeritch não foi muito encorajadora para
Rabi Shneur Zalman. Ele tinha esperado uma grande academia repleta de
personalidades brilhantes, eruditos e sábios. Em vez disso, ele
encontrou um grupo de pessoas discretas que, à primeira vista,
pareciam possuir pouco que valesse a pena pesquisar. Também não
foi particularmente inspirado pelas piedosas admoestações
que o Maguid de Mezeritch endereçava à multidão que
se reunia em sua sinagoga.
Bessamim
que pertencia a Rabi Zalman que continha a inscrição:
"Zalman filho de Rivka 1772"
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Ele estava se preparando para sair, quando seus olhos se
abriram para a verdadeira natureza do mestre e seu círculo mais
chegado. Rabi Shneur Zalman tinha decidido prestar seus respeitos ao Maguid
antes de voltar para Liozna. Ele entrou na casa do mestre e ficou no meio
da multidão, quando Rabi DovBer o avistou. Seus olhos se fixaram
nas profundezas do abismo da própria alma de Shneur Zalman, explorando
e avaliando cada uma de suas qualidades.
Após alguns minutos de um silêncio repleto de significado,
o mestre não apenas lhe disse o que estava em sua mente, mas sem
sequer ter sido indagado, deu a Shneur Zalman respostas simples, mas convincentes,
a algumas perguntas que o jovem erudito tinha preparado para assegurar-se
do valor do mestre. Profundamente impressionado, Rabi Shneur Zalman implorou
para ser admitido no seleto círculo de discípulos de Rabi
DovBer.
Agora um novo mundo se desenrolava perante os olhos ávidos do erudito
vindo de Liozna, à medida que ele absorvia as palestras diárias
do Maguid sobre os ensinamentos do Báal Shem Tov. Na companhia
de rabinos de grande renome, ele mergulhava no âmbito das relações
sagradas que unem D’us, Israel, a Torá e o mundo em um sistema
insolúvel de escopo universal.
O filho de Rabi DovBer, Rabi Abraham, que pela sua santa conduta mereceu
o título de “o Anjo” (Malach), foi seu guia até
esta esfera elevada de sabedoria e conhecimento. Por sua vez, Rabi Shneur
Zalman instruiu-o no âmbito da Halachá – a parte mais
importante da literatura talmúdica e rabínica sobre a Lei
Judaica.
Assim, o jovem Rav absorveu os fundamentos do Chassidismo e satisfez a
ânsia de sua alma que o tinha afastado de seu lar e da família.
Ele jamais se arrependeu de ter escolhido Mezeritch em vez de Vilna.A
princípio, Rabi Shneur Zalman desfrutou pouco prestígio
entre os seguidores estabelecidos do Maguid, até que certo dia
Rabi DovBer revelou as extraordinárias qualidades do Rav, e revelou-o
como uma “luz em Israel”. Ele instruiu Rabi Shneur Zalman,
então com vinte e cinco anos, a reescrever o Código da Lei
Judaica de maneira a incluir as decisões mais recentes.
Mal tinham se passado duzentos anos desde que Rabi Yossef Caro publicara
sua obra prima, o Shulchan Aruch, e durante todo este período gerações
de codificadores e comentaristas judeus – chamados “Acharonim”
– tinham acrescentado e elucidado aquilo que teria sido a palavra
definitiva na discussão da Lei Judaica.
Rabi Shneur Zalman deu total consideração a estes duzentos
anos de comentários no Shulchan Aruch, e por meio de cuidadosa
edição, ele apresentou o Código da Lei Judaica de
forma precisa e acessível.
Esta, obviamente, foi uma tarefa das mais difíceis. Porém
a obra foi cumprida de maneira tão magistral, que Shneur Zalman
foi certa vez aclamado como um dos maiores eruditos de seu tempo, não
apenas pelo mundo chassídico, mas por eruditos de todas as esferas.
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Fundador de Chabad-Lubavitch
Após a morte de Rabi DovBer em 19 de Kislêv de 5533 (1772),
seus discípulos se separaram. Cada um abraçou a tarefa de
propagar o Chassidismo no país que lhe fora designado.
O
Tanya, obra magna da filosofia Chabad, em sua segunda impressão
em Zalkevo, 1799
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Rabi Shneur Zalman herdou a mais difícil de todas
as missões. Ele deveria capturar a fortaleza dos que se opunham
à divulgação do Chassidismo na Lituânia, para
a ideologia e modo de vida chassídico. Isto ele faria, primeiro,
junto com Rabi Menachem Mendel de Vitebsk, e após a partida deste
para Israel, por si mesmo.
Um homem de menor estatura como talmudista não poderia ter aceitado
tamanha missão, pois a oposição incluía alguns
dos mais ilustres eruditos da época. Porém Rabi Shneur Zalman
estava bem equipado para enfrentá-los em seu próprio terreno.
Suas tentativas para encontrar-se com o Gaon Rabi Elijah foram duramente
rejeitadas. Apesar disso, ele continuou sua obra sem diminuir o zelo.
Para surpresa de seus contemporâneos, tanto amigos quanto oponentes,
ele foi bem-sucedido a um ponto considerado impossível.
Rabi Shneur Zalman não era um sonhador que vivia nas nuvens, mas
um verdadeiro líder completamente cônscio das necessidades
materiais de seus irmãos de fé, assim como de suas falhas
espirituais. Sua extensa obra em prol do bem-estar econômico de
seus irmãos é um capítulo em si mesma. O espaço
permite apenas uma breve menção de alguns de seus notáveis
esforços neste campo.
O interesse do Rav pelos seus irmãos estimulou-o a agir logo após
seu casamento. Ele começou uma campanha para induzir mais judeus
a se estabelecerem em fazendas para trabalhar a terra. Rabi Shneur Zalman
devotou a esta causa não somente seus esforços, mas todo
o seu dote.
A partir do ano 5532 (1772), Rabi Shneur Zalman engajou-se num extenso
plano para induzir grande número de judeus que moravam na fronteira
russo-polonesa a se mudarem mais para o leste, no interior da Rússia,
onde as oportunidades de vida econômica eram mais promissoras.
Rabi Shneur Zalman também se devotou a atividades para angariar
fundos visando a apoiar os novos assentamentos chassídicos estabelecidos
em Israel. No entanto, seus esforços foram subseqüentemente
distorcidos pelos seus oponentes, que o caluniaram e denunciaram ao governo
russo, acusando-o de enviar fundos para o governo turco. O relacionamento
entre os dois países estava estremecido naquela época.
Quando um decreto foi emitido em 5568 (1808) para a expulsão dos
judeus vivendo em áreas rurais e em fazendas, privando milhares
de famílias judaicas de seus meios de subsistência, Rabi
Shneur Zalman empreendeu uma extensa jornada para levantar fundos em toda
a Rússia, com a idéia de resolver emergência e criar
os meios para a reabilitação destes desafortunados.
Esta obra teve continuidade, além de aconselhar e orientar seus
milhares de seguidores, que se voltavam para ele em todos os seus complicados
problemas.
Durante os anos de esforços para a melhoria da vida espiritual
e condições econômicas de seus irmãos de fé,
o Rav desenvolveu sua magnífica filosofia do Chassidismo de Chabad.
Das pessoas que o procuraram após seu retorno a Liozna, ele exigiu
muito mais que o apoio irrestrito exigido pelas outras escolas de pensamento
chassídico. As pessoas centralizavam sua ideologia no justo “tsadic”
como alguém que possuía poderes sobrenaturais, mas ele apresentava
a idéia do tsadic como líder espiritual, um mestre em vez
de um fazedor de milagres.
Escritos
de Rabi Shneur Zalman, editados pessoalmente por ele
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O chassid deveria treinar-se para uma vida de fé
e serviço a D’us, que o levaria ao nível mais elevado
de Chabad, os três poderes do intelecto: Sabedoria, Entendimento
e Compreensão (Chochmah, Binah e Daat), formando um vínculo
entre céu e terra.
Sobre esta filosofia básica, Rabi Shneur Zalman construiu a estrutura
da ideologia Chabad. O homem completo serve a D’us com a mente,
coração e ação em uníssono, cada um
complementando o outro. A mente entende, o coração sente
e a mão realiza.
A substância dos ensinamentos de Rabi Shneur Zalman pode ser encontrada
em sua contribuição mais importante para a literatura rabínica,
o Likutei Amarim, mais conhecido como o Tanya, após a primeira
palavras dessa exposição. Esta obra contém um esboço
conciso de seu sistema filosófico como estilo de vida, e atesta
sobre seu vasto conhecimento e sobre a profundidade de seu entendimento
e domínio dos ensinamentos esotéricos e exotéricos
de nossos Sábios.
O Tanya tem sido, e ainda é, um texto sagrado para os milhares
de seguidores de Chabad. É religiosamente estudado e memorizado
tanto pelos jovens quanto pelos mais idosos membros do Movimento Chabad,
e parece inexaurível em todo nível de abordagem e interpretação.
Rabi Shneur Zalman, o Báal ha Tanya, conhecido aos seguidores de
Chabad como o Alter Rebe, também foi autor de muitas outras obras,
clássicos da literatura de Chabad.
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O Tanya
Alter Rebe originalmente publicou apenas as primeiras duas partes do Tanya
em 5557 (1797). A seguir, comentaremos a publicação das
partes remanescentes do Tanya.
Há duas versões de Iguêret Hateshuvá (Parte
III) bem como duas de Licutê Amarim (Parte I). Entretanto, ao contrário
de Licutê Amarim que o Alter Rebe meramente editou na versão
final, Iguêret Hateshuvá foi completamente reescrito.
Iguêret Hateshuvá também foi originalmente copiado
a mão em 5552 (1792) em forma de panfleto. Há boas razões
para acreditar que o Alter Rebe o escreveu antes das outras partes do
Tanya. Entretanto, não o imprimiu junto com Licutê Amarim
em 5557 (1797).
Dois anos depois, em 5559 (1799), um chassid do Alter Rebe, que vivia
em Zolkiev (Romênia), decidiu, por si mesmo, reimprimir o livro
sob o título de Tanya. Também adicionou a ele a versão
original de Iguêret Hateshuvá.
Acredita-se que este chassid não pediu nem recebeu permissão
para acrescer o Iguêret Hateshuvá; mais ainda, não
tinha permissão para imprimir qualquer parte do Tanya. A razão
é que o Alter Rebe escreveu no Prefácio que ninguém
seria autorizado a reimprimir o livro nos cinco anos seguintes.
Este chassid e os rabinos de Zolkiev que deram sua aprovação
e encorajamento para imprimir o livro acreditavam que a proibição
do Alter Rebe para reimprimi-lo (como Reb Zusha escreveu claramente em
sua Aprovação) era apenas para evitar que o editor original
sofresse perda financeira (o editor investira muito tempo e dinheiro na
preparação das páginas para a impressão).
Entretanto, em Zolkiev, era proibido importar qualquer livro impresso
na Rússia. Assim, não podiam comprar o livro do editor russo
e sentiram que não lhe causariam qualquer dano monetário
se eles mesmos o publicassem.
A presente versão de Iguêret Hateshuvá foi primeiro
publicada como a terceira parte do Tanya pelo Alter Rebe em 5566 (1806),
na cidade de Shklov. Não sabemos quando o Alter Rebe realmente
o reescreveu, mas sabemos (pelo Rebe Rashab – 5º Rebe de Chabad)
que foi reescrito depois que o Alter Rebe foi libertado da prisão.
O Rebe Rashab explica que é por isso que Iguêret Hateshuvá
é tão diferente de outros livros sobre assuntos de ética
e arrependimento. Sua forma final surgiu depois da libertação
da prisão, quando o Alter Rebe recebeu permissão para difundir
os mananciais de chassidut ainda mais do que antes. Ele, portanto, explicou
e elaborou conceitos profundos de Divindade em Iguêret Hateshuvá.
Iguêret Hacôdesh e Cuntrês Acharon (Partes IV e V) foram
coletados e publicados pelo segundo Rebe e seus irmãos em 5574
(1814), no vigésimo-segundo dia de Iyar, um ano e quatro meses
após o falecimento do Alter Rebe. Pela primeira vez, o nome do
autor foi impresso na página de rosto.
Em sua Aprovação, escreveram que incluíram apenas
[algumas daquelas cartas] cujos manuscritos originais do Alter Rebe tinham
em seu poder, para que não houvesse erros no translado.
Muitas das cartas falam da importância de doar tsedacá (caridade),
especialmente aos judeus em Êrets Yisrael. As outras cartas inspiram
a estudar, orar e cumprir mitsvot.
O Alter Rebe escreveu tais cartas durante muitos anos e elas foram organizadas
por tópicos, em vez de ordem cronológica. Por exemplo, a
primeira carta foi escrita dez anos antes da segunda, redigida após
sua libertação da prisão em 5559 (1799), e as cartas
nº 27 e nº 29 foram escritas em 1788-89, na mesma época em que
a primeira carta.
Das 32 cartas, nem todas foram escritas realmente como tal. O Alter Rebe
escreveu o que é chamado de carta nº 20 como uma exposição
chassídica, uma semana antes de falecer.
O Alter Rebe escreveu Cuntrês Acharon enquanto trabalhava no Tanya.
Nos nove títulos ele explica e esclarece muitos pontos encontrados
no Tanya.
O Rebe Anterior escreve que há quatro partes no Tanya, contando
Iguêret Hacôdesh e Cuntrês Acharon como uma só.
Essas correspondem às quatro partes do Shulchan Aruch:
• Ôrach Chayim = Licutê Amarim
• Yorê Deá = Sháar Hayichud Vehaemuná
• Êven Haêzer = Iguêret Hateshuvá
• Chôshen Mishpat = Iguêret Hacôdesh e Cuntrês
Acharon
Em outras ocasiões, consideramos Iguêret Hacôdesh e
Cuntrês Acharon como duas entidades separadas, formando, portanto,
cinco partes no Tanya. Estas cinco então corresponderiam aos Cinco
Livros da Torá.
O Rebe explicou que Cuntrês Acharon pode ser comparado ao Chumash
Devarim (o quinto livro do Pentateuco), chamado Mishnê Torá,
que revê e detalha muitas leis da Torá. Cuntrês Acharon,
de maneira similar, explica muitas partes do Tanya. Podemos portanto considerá-lo
como sendo a parte oral da Torá escrita.
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Genealogia
Antepassados: Hagaon Marana Verabana Yehuda Loewy, zatz'al, conhecido
como o Maharal de Praga, descendentes daqueles Gaonim, chegando até
David, filho de Yishai (Rei de Israel).
Os descendentes do Maharal foram: 1) Seu filho, Harav Betzalel; 2) Seu
filho, Harav Shmuel, 3) Seu filho, Harav Yehuda Leib; 4) Seu filho, Harav
Moshê; 5) Seu filho, Harav Shneur Zalman; 6) Seu filho, Harav Baruch;
7) Seu filho, Hod K'vod K'dushat Admur Harav Schneur Zalman (O Alter Rebe).
Os Rebes de Chabad e as principais lideranças de suas famílias
I: O Alter Rebe, Hod K'vod K'dushat Admur Marana Verabana Schneur Zalman
18 Elul 5505 (1745): Nascimento do Alter Rebe, R. Schneur Zalman, filho
de R. Baruch e sua esposa, Rivca, filha de R. Avraham. Em sua celebração
de Bar Mitsvá, os mais notáveis eruditos da geração
denominaram-no Rav tanna upalig. (Ele é igual em estatura aos eruditos
das gerações anteriores, e tem o direito de discordar deles).
Casou-se no ano de 5520 (1760). Lançou uma vigorosa campanha –
com esforço pessoal e com seus próprios recursos –
para encorajar judeus a tornar-se fazendeiros.
5524 (1764): Sua primeira visita a Mezeritch
5527 (1767): Aceitou o cargo de Maguid (Pregador) de
Lyozna
5530 (1770): Começou a compilar o Shulchan Aruch
(HaRav)
5532 (1772): Define a doutrina de Chassidut Chabad; inicia
a campanha para os judeus habitantes da área de Vitebsk mudarem-se
para o outro lado da fronteira, na Rússia.
5533 a 5538 (1773 – 1778): Estabelece a yeshivá
em Lyosna, conhecida como Cheder I, Ii e III.
5534 (1774): Viaja para Vilna com Menachem Mendel de
Vitebsk para encontrar o Gaon de Vilna. O Gaon recusa-se a encontrar-se
com ele.
5537 (1777): Acompanha R. Menachem Mendel na primeira
parte de sua viagem à Terra Santa, até a cidade de Mogilev,
no Rio Dniester.
5543 (1783): Empenha-se em importantes disputas em Minsk
e sai vitorioso.
5551 (1791): Suas obras sobre o Talmud e Halachá
e Chassidut são largamente disseminadas.
5554 (1794):Publica Hilchot Talmud Torá ("Leis
do Estudo de Torá).
5557 (1797):Publica o Tanya.
5559 (1798): Preso no dia após Sucot; libertado
a 19 de Kislêv.
5561 (1800):Chamado a Petersburgo no dia após
Sucot; em 11 de Menachem Av seguinte, (1801) deixa Petersburgo diretamente
para Liadi, Província de Mogilev. Deixa Liadi na véspera
de Shabat Mevarechim Elul 5572 (1812). Após vagar com sua família
e muitos chassidim, chega ao vilarejo de Piena, Província de Kursk,
e 12 de Tevêt 5583(1812). Lá, após o final de Shabat,
na véspera de domingo, 24 de Tevêt, ele faleceu. É
enterrado em Haditz, Província de Poltava.
Sua esposa foi Rebetzin Sterna, filha do magnata R. Yehuda Leib Segal
e sua esposa Beila.
Seus filhos: 1 – Hod K'vod K'dushat Admur Rav Dovber
2 – K. K. Harav Hachassid R. Chaim Avraham.
3 – K. K. Harav Hachassid R. Moshe.
Suas filhas: Rebetzin Freida, cujo marido foi Harav Hachassid R. Shalom
Shachna, filho de R. Noach.
3 – Rebetzin Rachel, cujo marido foi Harav Hachassid R. Avraham,
filho de R. Tzvi Sjeines.
Seus irmãos – Harav Hagaon harav Hachassid R. Yehuda Leib.
2 – Harav Hagaon Rav Mordechai
3 – Harav Hagaon Rav Moshe.
Sua irmã foi rebetzin Sara.
Seu cunhado foi harav Yisrael, conhecido como R. Yisrael Kazak, casado
com Rebetzin Sara.
Outro cunhado foi R. Akiva Fradkin de Shklov, casado com Rebetzin irmã
de Sterna.
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Obras
publicadas:
1) Hilchot Talmud Torá.
2) Birchot Hanehenin. 3) Tanya e Mehadureh Kama de Tanya. 4) Sidur. 5)
Shulchan Aruch. 6) Bi'urei Hazohar. 7) Torá Or. 8) Likutei Torá.
9) Boneh Yerushalaym. 10) Ma'amarei Admor Hazaken – Hanachot Hara'p.
11) Ma'amarei Admor Hazaken – Et'haleich Lyosna. 12) Ma'amarei Admor
Hazaken – 5562, 2 vol. 13) Ma'amarei Admor Hazaken – 5563,
2 vol. 14) Ma'amarei Admor Hazaken – 5564. 15) Ma'amarei Admor Hazaken
– 5565, 2 vol. 16) Ma'amarei Admor Hazaken – 5566. 17) Ma'amarei
Admor – 5567. 18) Ma'amarei Admor Hazaken – 5568, 2 vol. 19)
Ma'amarei Admor Hazaken – 5569. 20) Ma'amarei Admor hazaken –
5570. 21) Ma'amarei Admor Hazaken – Haketzarim. 22) Ma'amarei Admor
Hazaken – Al Parshiyot Hatorah VehaMoadim, 2 vol. 23) Ma'amarei
Admor hazaken – Inyanim. 24) Ma'amarei Admor Hazaken – Maamarei
Razal. 25) Ma'amarei Admor Hazaken – Nach, 2 vol. 26) Igrat Kôdesh.
27) Tanya (Inglês).
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