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Alusões acerca da mitsvá da Vaca Vermelha Apesar da mitsvá da vaca vermelha ser inescrutável até a vinda de Mashiach (quando D'us revelará ao povo judeu as razões de todas as mitsvot, inclusive esta), a Torá nos fornece algumas indicações: Certa vez, o pequeno filho da empregada do palácio, brincando, sujou o brilhante chão do palácio. "Onde está a mãe deste traquina?" - gritou o rei. "Que venha e limpe a bagunça de seu filho!" Similarmente, o Todo Poderoso proclamou: "Que a (mãe) vaca expie a impureza criada pelo bezerro (de ouro)." Por isso, apenas uma fêmea é aceitável como vaca vermelha (enquanto que para outros sacrifícios tanto machos quanto fêmeas podem ser escolhidos). Os seguintes pontos também demonstram a correlação entre a Vaca Vermelha e o pecado do bezerro de ouro: Uma vez que todos os homens doaram dinheiro para a feitura do bezerro de ouro, requer-se de todos eles que contribuam para a aquisição da Vaca Vermelha. Esse dinheiro provém do tesouro do Templo, constituído da contribuição anual de meio-shekel de cada judeu. D'us ordenou que a primeira Vaca Vermelha fosse queimada por Elazar, filho de Aharon, em vez do próprio Aharon, pois Aharon participara do pecado do bezerro de ouro. A vaca deve ser vermelha pois a cor vermelha sempre indica o pecado, e a cor branca sempre simboliza a pureza. Ao olhar a vaca vermelha, os judeus recordam-se de seus pecados. Mais ainda, o ouro tem um reflexo avermelhado. A vaca vermelha expia o ouro que o povo doou para fazer o ídolo em forma de bezerro de ouro. A vaca precisa ser perfeita, indicando que antes dos judeus cometerem o pecado do bezerro de ouro, eram perfeitos, pois tinham acabado de receber a Torá. Quando pecaram, perderam sua perfeição. A vaca é queimada para recordar o bezerro de ouro, que foi queimado por Moshê. O enigma da Vaca Vermelha - por quê purifica e impurifica ao mesmo tempo - contém uma importante lição: Um dos mistérios filosóficos é a coexistência do Bem e do Mal, felicidade e tragédia neste mundo. Por quê homens virtuosos são expostos a sofrimentos excruciantes frustrou e desconcertou profundamente até o maior dos profetas. Incapaz de explicar as contradições da vida, as nações idólatras atribuem sua origem em divindades duplas, uma que traz bênção sobre a humanidade, e a outra má. Por essa razão, os modernos reivindicam que o universo não tem poder que o governa. A Torá, contudo, ensina-nos a acreditar em Uma Fonte, da Qual todos os eventos - tanto bons quanto maus - emanam. Os elementos aparentemente contraditórios da mitsvá da Vaca Vermelha ensina-nos a atribuir o mistério da vida às limitações de nosso intelecto. Num nível que transcende nossa atual compreensão, todas as contradições desaparecem. Sua essência é uma, um plano Divino para nosso benefício definitivo. A mitsvá ensina que devemos enxergar todos os aspectos da vida com a mesma atitude que adotamos para a própria mitsvá, fé. Os judeus receberam a mitsvá da Vaca Vermelha pelo mérito de Avraham Quando os três anjos visitaram Avraham, ele correu para abater e preparar uma vaca. Como recompensa, seus filhos receberam a mitsvá de utilizar uma vaca. Enquanto Avraham implorava que D'us não destruísse os perversos habitantes de Sodoma, ele rezou: "Na verdade, não tenho autoridade para discutir com D'us, pois sou apenas pó e cinzas." Avraham era tão humilde que sempre tinha consciência de que o corpo de uma pessoa não passa de meros pó e cinzas. D'us disse: "Devido à tua grande humildade, Darei a teus filhos uma mitsvá com cinzas; as cinzas da Vaca Vermelha. Ao cumprirem-na, serão perdoados." Como recompensa por dizer aos seus visitantes celestiais, "Que água seja trazida para lavar vossos pés", D'us deu aos descendentes de Avraham uma mitsvá com água: as cinzas da Vaca Vermelha são misturadas à água. Três recipientes serão devolvidos Atualmente, não temos as cinzas da Vaca Vermelha, e não podemos nos purificar da impureza proveniente da proximidade a um morto. No entanto, futuramente, Eliyáhu o Profeta nos devolverá três recipientes: 1. O recipiente no qual Moshê colocou a maná, para lembrar os judeus como D'us os alimentou no deserto por quarenta anos. 2. O recipiente contendo as cinzas da Vaca Vermelha. 3. O recipiente que contém o azeite com o qual se ungiam os cohanim e os reis. |
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