Passagens
sobre o Shabat
Obra
da artista plástica Jordana
Klein, com permissão da autora
Por Yanki
Tauber
"No
início D'us criou os céus e a terra…" (Bereshit
1:1)
Durante seis dias D'us criou. "E D'us viu tudo que Ele tinha feito
e, era muito bom…
"… Era noite e era manhã, o sexto dia. E os céus
e a terra e tudo que havia. E D'us completou no sexto dia Sua obra que
Ele tinha feito; e Ele descansou no sétimo dia de toda a Sua obra
que Ele tinha feito.
"E D'us abençoou o sétimo dia, e o santificou, porque
nele Ele descansou de toda sua obra que D'us tinha criado…"
(Bereshit 1:31-2:3)
Hebron,
18º século AE
A
lamparina do Shabat de Sara
Há 38 séculos, Avraham e Sara embarcaram numa jornada para
levar a idéia e a moral do monoteísmo a um mundo predominantemente
pagão. Sua jornada os levou de sua Ur Kasdim nativa até
Charan (Mesopotâmia) e dali até Canaã, onde se estabeleceram
primeiro em Beer Sheva e depois em Hebron. Armaram suas tendas no deserto
e ofereceram comida, bebida e abrigo a todos os viajantes de toda tribo
e credo. Onde quer que eles fossem, ensinavam a verdade sobre o Único
D'us, Criador do céu e da terra. (Bereshit cap. 12; Talmud Sotah
10a; Midrashim).
Na tenda de Sara,
um milagre especial proclamava que a Divina Presença ali habitava:
a lamparina que ela acendia toda sexta-feira à noite em honra ao
dia Divino de descanso milagrosamente ardia durante a semana toda, até
a sexta-feira seguinte. Quando Sara faleceu, (1677 AEC), o milagre da
sua lamparina de Shabat cessou. Porém no dia da morte de Sara,
Rivca nasceu. E quando Rivca foi levada à tenda de Sara como a
esposa do filho de Sara, Yitschac, o milagre da lamparina voltou. Uma
vez mais a luz do Shabat enchia a tenda da Matriarca de Israel, irradiando
sua santidade durante a semana inteira. (Midrash Rabbah, Bereshit 60)
Egito, 1373 AEC
Um Dia de Descanso
Os descendentes de Sara e Rivca estão agora no Egito, como escravos
de um rei cruel. Moshê, destinado a ser o seu líder, é
resgatado do rio pela filha do Faraó, sendo criado no palácio
real. "Então ocorreu que naqueles dias Moshê cresceu
e foi até seus irmãos, e viu seu sofrimento" (Shemot
2:11)
O Midrash relata: "Moshê viu que eles não tinham descanso,
então foi ao Faraó e disse: 'Se alguém tem um escravo
e não lhe dá um dia de descanso na semana, o escravo morrerá.
Estes são teus escravos – se não lhes deres um dia
por semana, eles morrerão.'
Disse o Faraó: 'Vai e faz com eles como dizes.' Então Moshê
ordenou para eles o dia do Shabat para descanso." (Midrash Rabbah,
Shemot 1:32)
Marah, 24 de Nissan/1313 AEC
Mitsvá em Marah
D'us aparece a Moshê numa sarça ardente e o incumbe de levar
os Filhos de Israel para fora do Egito. Após dez pragas e muita
insistência, o Faraó finalmente os deixa ir. Eles atravessam
o Mar Vermelho (milagrosamente aberto) e chegam a Marah. "Ali D'us
lhes deu estatutos e leis" – incluindo o mandamento de observar
o Shabat ".(Shemot 15:25; Talmud Sanhedrin 56b).
Deserto de Zin, 15 de Iyar/1313 AEC
Maná duplo
Um mês depois do Êxodo, a matsá que os Filhos de Israel
levaram ao sair do Egito tinha terminado. Durante os próximos 40
anos, os israelitas foram sustentados pelo maná. "Pela manhã
havia uma camada de orvalho no campo. A camada de orvalho subiu e veja,
sobre a superfície do deserto, havia uma substância fina,
tão fina como geada no solo. Quando os Filhos de Israel viram aquilo,
disseram: 'É maná', porque não sabiam o que era.
E Moshê disse a eles: "Este é o pão que D'us
lhes deu para comer." (Shemot 16:13-15)
O maná vinha todos os dias e fornecia exatamente as necessidades
diárias. "Quem recolher muito não terá mais,
e quem recolher pouco não terá menos; cada qual segundo
sua capacidade de comer, eles recolhiam." De fato, era proibido deixar
maná de um dia para o outro. (Shemot 16:18-19)
Todo dia, exceto sexta-feira. "Ocorreu que no sexto dia eles recolheram
uma porção dupla de pão, dois ômers para cada
um. Os líderes da comunidade foram relatar a Moshê. E [Moshê]
disse a eles: 'Isto é o que D'us falou: Amanhã é
um dia de descanso, um Shabat sagrado para D'us. Assem o que quiserem
assar, cozinhem o que quiserem cozinhar, e todo o restante deixem sobrar
até a manhã.' Então eles deixaram as sobras até
a manhã… E Moshê disse: 'Comam hoje, pois hoje é
Shabat para D'us; hoje vocês não o encontrarão no
campo.'" (Shemot 16:22-26)
"vejam D'us lhes deu o Shabat. Portanto, no sexto dia, Ele dá
o pão para dois dias. Que cada homem permaneça em seu lugar;
que nenhum homem deixe seu lugar no sétimo dia. Então o
povo descansou no sétimo dia." (Shemot 16:29-30)
Atualmente, colocamos duas chalot sobre a mesa do Shabat e as cobrimos
com um pano, para representar a porção dupla de maná,
coberta pelo orvalho, que caiu do céu em honra ao Shabat.
Monte Sinai, 6 de Sivan/1313 AEC
"Lembra" e "Guarda"
"Moshê levou o povo do acampamento na direção
de D'us, e eles ficaram ao pé da montanha. E todo o Monte Sinai
fumegou, porque D'us tinha ascendido sobre ele em fogo… e toda a
montanha balançou violentamente. O som do shofar ficava cada vez
mais forte… e D'us falou todas estas palavras, dizendo…"
Dez Mandamentos foram pronunciados naquele dia no Sinai, dez mitsvot que
formam o âmago da Torá. O quarto mandamento era sobre o Shabat:
"Lembrem do dia do Shabat para santificá-lo. Seis dias trabalhem
e realizem toda a sua obra; mas no sétimo dia é um Shabat
para o Eterno seu D'us; não trabalharão – nem você,
nem seu filho, nem sua filha, seu servo, sua criada, seu animal, nem o
viajante que estiver em suas cidades. Pois [em] seis dias D'us fez o céu
e a terra, o mar e tudo que há neles, e Ele descansou no sétimo
dia. Portanto, D'us abençoou o Shabat e o santificou." (Shemot
19:17-20:1; 20:8-11)
Quando Moshê revisou os Dez Mandamentos (em Devarim 5), o quarto
mandamento começa: "Guarda o dia do Shabat…" O
Talmud explica: "Zachor (lembra) e Shamor (guarda) foram ditos por
D'us num único pronunciamento – algo que a boca humana não
pode articular e o ouvido humano não consegue ouvir…"
Nós nos lembramos do Shabat ao proclamar sua santidade
sobre um copo de vinho no Kidush e na Havdalá; guardamos
o Shabat abstendo-nos de trabalhar. Porém os aspectos "positivos"
e "negativos" do Shabat são únicos – duas
faces de sua essência singular – como é demonstrado
pelo pronunciamento Divino duas-em-uma.
Deserto do Sinai, 11 de Tishrei/1313 AEC
O Tabernáculo: trabalho definido
"Não farão trabalho" foi a ordem Divina. Mas o
que constitui "trabalho"?
Quatro meses depois da revelação no Sinai veio o pedido
de D'us. "Eles farão para Mim um Santuário, e Eu habitarei
no meio deles", acompanhado de instruções detalhadas
sobre como este Santuário deveria ser construído. E na mesma
ocasião, o mandamento para guardar o Shabat foi reiterado –
"Seis dias o trabalho será feito, mas no sétimo dia
vocês terão santidade, um dia de completo descanso para D'us"
(Shemot 35:2). Isso nos ensina – explicam nossos Sábios –
duas coisas: 1) Que o trabalho que estamos habilitados a fazer seis dias
por semana é, na essência, o trabalho de fazer um lar para
D'us com os materiais da nossa vida física; 2) Que este trabalho
é o trabalho que devemos cessar no Shabat.
Ao estudar as instruções detalhadas de D'us a Moshê
para a construção do Santuário, a Mishná (Talmud,
Shabat 73a) identifica trinta e nove melachot – categorias de trabalho
criativo – que estiveram envolvidas na construção
do Santuário. Estas incluem: todos os estágios de trabalho
agrícola, arar, semear, colher, joeirar e assar; tecer e costurar,
escrever, construir e acender fogo.
As 39
melachot e seus derivados formam a base e a essência
das leis do descanso no Shabat.
Deserto do Sinai, 11 de Tishrei/1313 AEC
É instituída a Leitura da Torá no Shabat
Para transmitir as instruções de D'us sobre a construção
do Santuário e a observância do Shabat, "Moshê
reuniu toda a comunidade dos Filhos de Israel."
Ao fazê-lo, "Moshê instituiu para todas as gerações
que os judeus deveriam se reunir nas sinagogas para ler a Torá
no Shabat" – como judeus em todo o mundo fazem exatamente neste
dia. (Shemot 35:1; Yalkut Shimoni, em verso).
O ciclo anual de leitura da Torá no Shabat é mais que uma
lição semanal; trata-se de como nós "vivemos
com os tempos" – encontrando na porção desta
semana da Torá (Parashá) orientação e inspiração
para todo evento e ação de nossa vida diária. (Rabi
Shneur Zalman de Liadi)
Terra Santa, 2º século AEC
A invenção do cholent
Ninguém sabe quem foi a primeira pessoa a preparar uma panela de
cholent na tarde de sexta-feira. Porém este prato, marca registrada
do Shabat, tem suas origens na disputa entre os judeus fiéis à
Torá e uma seita judaica dissidente chamada os Tzedukim.
Os Tzedukim (também conhecido como Saduceus) aceitaram a Torá
Escrita mas rejeitaram a Torá She-Baal Pê (Torá Oral)
– a interpretação tradicional da Torá que Moshê
recebeu no Sinai e que foi transmitida através das gerações
de mestre para discípulo. Quando os Tsedukim leram na Torá,
"Não acenderás qualquer fogo em sua casa no dia do
Shabat" (Shemot 35:3), eles entenderam o versículo literalmente
– e passavam todo o Shabat no frio e no escuro. Suas refeições
do Shabat eram destituídas do brilho da luz das velas, e embora
a comida preparada antes do Shabat possa guardar alguma quentura para
a refeição da sexta-feira à noite, a refeição
do dia do Shabat consistia apenas de alimentos frios. A interpretação
tradicional, porém, é que é proibido acender um fogo
no Shabat (a criação do fogo é uma das 39 melachot),
mas a pessoa pode certamente derivar benefício do fogo que foi
aceso antes do Shabat.
Assim, os judeus que foram fiéis à tradição
do Sinai fizeram questão de incluir pelo menos um alimento quente
na sua refeição do dia de Shabat, que era cozido e colocado
no fogo antes do Shabat e mantido quente sobre uma chama coberta durante
toda a noite –para honrar e tornar agradável o Shabat, quanto
para expressar sua rejeição da falsa interpretação
dos Tzedukim. Daí o cholent: um cozido (tipicamente de carne, feijão
e batatas, mas também pode ser feito com grande variedade de alimentos)
que é comido na refeição do dia.
"César perguntou a Rabi Yehoshua ben Chananya: Por que a comida
do Shabat cheiram tão bem?" E o rabino respondeu: "Temos
um tempero especial, 'shabat' é seu nome…" (Talmud,
Shabat 119a)
Israel e Babilônia, 100 AEC–
300 EC
Preparando-se para o Shabat
Tanto por instrução quanto pelo exemplo pessoal, os Sábios
do Talmud ensinaram a honrar e respeitar o Shabat.
"Dizia-se sobre o Sábio Shamai que todos os dias ele comia
em honra ao Shabat. Como? Quando ele encontrava um item de primeira, dizia:
'Este é para o Shabat.' Depois, se encontrasse algo melhor, ele
o deixava de lado para o Shabat e comia o primeiro…" (Talmud,
Beitza 16b)
"Disse R. Yehuda em nome do Rav: este era o costume de R. Yehuda
bar Illai: Na sexta-feira, eles levavam perante ele uma vasilha com água
quente, e ele lavava o rosto e os pés; depois se embrulhava em
lençóis franjados e ficava com a aparência de um anjo
de D'us." (Talmud, Shabat 25b)
Rava preparava pessoalmente o peixe para o Shabat. Rav Chisda cortava
os legumes, Raba e Rav Yossef cortavam lenha. Rav Nachman bar Yitschac
era visto na sexta-feira carregando feixes sobre os ombros. Muitos desses
eram homens ricos que tinham numerosos servos para fazerem este trabalho;
porém eles insistiam em trabalhar pessoalmente em honra ao Shabat
(Talmud, Shabat 119a; Shulchan Aruch, Leis do Shabat)
Mundialmente, 151 AEC até hoje
Sacrifício e Martírio
O Shabat é o eterno parceiro do povo de Israel, e nossa fonte de
força e resistência. Isso foi reconhecido tanto por amigos
quanto por inimigos. No decorrer das gerações, nossos inimigos
tentaram repetidamente nos tirar o Shabat.
Quando os greco-sírios governavam a Terra Santa, proibiram a observância
do Shabat. Muitos judeus fugiram das cidades para viver em cavernas nas
colinas da Judéia, para que pudessem guardar o dia de descanso.
Muitos foram descobertos e mortos. Finalmente os judeus se revoltaram
e lutaram pelo direito de manter sua religião. Sua vitória
milagrosa é celebrada até hoje com a Festa de Chanucá.
(Livro dos Hasmoneanos; Talmud)
O judeu continuou a se sacrificar pelo Shabat durante toda a longa noite
do exílio. Em Roma, os escravos judeus eram espancados por se recusarem
a trabalhar no Shabat. No tempo da Inquisição na Espanha,
os marranos se reuniam em porões para acender as velas do Shabat
e fazer Kidush. Sob o governo soviético, os judeus sofreram fome,
prisões, exílio na Sibéria por serem "parasitas
religiosos" – i.e., alguém que não trabalhava
no Shabat. Até em Auschwitz, os judeus fizeram esforços
sobre-humanos para santificar o dia sagrado. E também foi dito
que "mais do que os judeus têm guardado o Shabat, o Shabat
tem guardado os judeus".
Estados Unidos, 1920-1950
O Movimento Shomer Shabat
Nas décadas que encerraram o Século Dezenove e iniciaram
o Século Vinte, centenas de milhares de judeus fugiram dos pogroms,
perseguições e esmagadora pobreza na Europa Oriental em
busca de uma vida melhor nos Estados Unidos. Porém o "Novo
Mundo" ofereceu suas oportunidades a um alto preço espiritual.
O Shabat ainda era um dia normal de trabalho nos Estados Unidos; "leis
azuis" proibiam a abertura dos negócios no domingo; e o "caldeirão"
de credos pregava o abandono das religiões e culturas "não-americanas".
A primeira vítima foi o Shabat. Muitos judeus sentiam que não
podiam ganhar a vida nos Estados Unidos sem trabalhar no Shabat; outros
o viam como um obstáculo ao sonho da assimilação
e da aceitação pela sociedade americana. O apego tenaz que
há milhares de anos os judeus tinham ao Shabat estava diminuindo.
De 1920 a 1930 a maré começou a mudar. Líderes sindicais
judeus fizeram uma campanha pela semana de trabalho de cinco dias. Foram
feitas passeatas em apoio à observância do Shabat. Grupos
de consumidores se formaram para apoiar lojas que guardavam o Shabat;
logo tabuletas de Shomer Shabat (Observante do Shabat) começaram
a ser exibidas nas vitrines das lojas, Clubes de Shabat eram organizados
para as crianças. Aos poucos, o impulso cresceu, sedimentando o
esforço para um retorno em grande escala ao Judaísmo e observância
do Shabat nas décadas que viriam.
Israel, 1948
O Shabat é legalizado
Embora fundado como um Estado "secular", o moderno Estado de
Israel aprovou uma lei, logo depois de seu estabelecimento, declarando
o Shabat como dia oficial de descanso. Na maioria das localidades, as
empresas e lojas fecham e o transporte público não funciona
no Shabat; repartições e empresas do governo são
oficialmente observantes do Shabat.
Nova York, 1974
A Campanha de Acendimento das Velas do Shabat
Em 1974, o Rebe lançou uma campanha de acendimento das velas do
Shabat de âmbito mundial para encorajar homens, mulheres e meninas
judeus a levarem a luz do Shabat para seus lares, cumprindo a mitsvá
de acender as velas do Shabat na sexta-feira à noite, 18 minutos
antes do pôr-do-sol. Em especial, o Rebe fez campanha para restaurar
o antigo costume (desde a época da Matriarca Rivca) de que meninas,
também, devem acender sua própria vela, a partir dos três
anos de idade. Numa época de crescente escuridão, o Rebe
declarou, devemos reagir com um aumento da luz.
Nos anos que se seguiram, os seguidores e emissários do Rebe em
todo o mundo têm distribuído milhões de kits de acendimento
de velas do Shabat e introduziram incontáveis mulheres e meninas
judias – e suas famílias – à beleza e santidade
do Shabat.
O Futuro Imediato, em Toda Parte
O Mundo Vindouro
O Shabat, dizem nossos Sábios, é "um sabor do Mundo
Vindouro". Assim como a semana de trabalho de seis dias culmina no
Shabat, assim também, os seis milênios de nossa obra e trabalho
para transformar o mundo numa morada para D'us, culminarão na Era
Messiânica – "o dia que é todo Shabat e tranqüilidade,
para todo o sempre." (Talmud, Berachot 57b; Nachmânides sobre
Bereshit 1; Graças Após as Refeições).
"E naquele tempo, não haverá fome ou guerra, inveja
ou rivalidade. Pois o bem será abundante, e todas as iguarias estarão
disponíveis como o pó. Toda a ocupação do
mundo será apenas conhecer a D'us… Pois a terra estará
repleta com o conhecimento de D'us, como as águas cobrem o mar…"
(Maimônides, Mishnê Torá, Leis dos Reis 12:5).
Que seja já!
Notas:
A melachá (proibição) de acender um fogo também
inclui acrescentar combustível ou colocar carvão para aumentar
o calor. Assim, uma lei rabínica proíbe deixar comida sobre
uma chama aberta, para que alguém não esqueçam pela
força do hábito, e viole inadvertidamente o Shabat avivando
o fogo (ou aumentando a chama, etc.) Daí a chapa – uma folha
de metal colocada sobre a chama, sobre a qual a panela do cholent (e qualquer
outra comida que se deseje manter aquecida para o Shabat) é colocada.
O fato de cobrir a chama a torna menos acessível e serve para nos
lembrar que é proibido mexer nela. |
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