1º) Ambos os trechos
que você mencionou tratam das roupas do sumo sacerdote.
2º) Um ministro
que entra na sala do rei sem aviso está sujeito a pena de morte.
Da mesma forma, antes de retirar-se, deve pedir a licença do
rei. Os sinos e romãs do manto do sumo sacerdote produziam som.
Este som era como se fosse um aviso quando o sumo sacerdote se dirigia
e se retirava do local onde trabalhava no Templo.
3º) Nossos Sábios
explicam que o manto despertava o perdão sobre o pecado de lashon
hará (maledicência). Os sinos de ouro representam uma fala
nobre e positiva. As romãs são uma alegoria as pessoas
mais simples de Israel, sobre as quais está escrito "Mesmo os
vazios de Israel estão repletos de mitsvot como a romã".
Daqui aprendemos que não se deve falar negativamente tanto das
grandes pessoas, quanto das simples e ignorantes.
4º) O sumo-sacerdote
deveria ter plena fé em D'us. Caso duvidasse de alguma coisa
na Torá ou nas palavras dos Sábios, seria morto pelos
Céus. Entrar sem as oito vestimentas designadas ao ofício
do Cohen-Gadol também acarretaria em sua morte.
5º) As romãs
eram confeccionadas de fios e não eram frutas. As vestimentas
dos cohanim não eram meras roupas. Cada uma delas representava
algo profundo e possuía muita santidade. Há inúmeras
explicações e lições sobre cada uma destas
peças, e para descrevê-las é necessário um
estudo a parte. Vamos trazer aqui uma das explicações:
Cada uma das vestimentas
tinha uma força especial de despertar o perdão sobre um
pecado específico. A túnica perdoa o homicídio;
a calça perdoa relacionamentos conjugais proibidos; a tiara perdoa
o orgulho; o cinto perdoa as más inclinações do
coração; o peitoral perdoa os julgamentos incorretos;
o efod perdoa a idolatria; o manto perdoa o lashon hará; e o
tsits, perdoa o desrespeito.
Em uma análise
mais profunda é possível perceber que cada vestimenta
tem uma ligação interior com o pecado pelo qual se perdoa.
6º e 7º) Tudo o
que está escrito na Torá, por mais que tenha sido entregue
há milhares de anos, permanece atual e nos traz várias
lições. Novamente, para entendê-las é necessário
um outro estudo. Apenas trazendo um exemplo sobre o assunto que mencionamos
acima, o fato do Cohen não poder entrar no recinto do Templo
sem aviso nos ensina boas maneiras. Quando se trata da propriedade de
qualquer pessoa, devemos pedir a permissão antes de entrar nela,
e nos despedir ao sairmos.
8º) Com a reedificação
do Templo, que seja em breve em nossos dias, o Templo será reedificado
e o ofício nele será reconstituído, como outrora