O Monte Sinai
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  Revista Chabad News
 

Estamos agora no Deserto do Sinai na península do mesmo nome, contemplando com reverência o sagrado Monte Sinai.

Este é o local onde há 3.300 anos um povo libertado, recém-saído da escravidão, ficou de pé para ouvir a voz de D’us proclamando os Dez Mandamentos e outorgando a Israel a Sagrada Torá.
É uma montanha estéril e rochosa, como se o solo fosse tão sagrado que nada pudesse se ocultar ou crescer ali. No topo da montanha vemos dois picos, um deles um pouco mais alto que o outro. O mais alto, de frente para o leste, é conhecido como Monte Sinai. O outro, virado para oeste, é o Monte Horeb.

Uma pequena fonte jorra do Sinai, e logo abaixo do cume há uma caverna. Segundo uma lenda árabe foi nessa caverna, mencionada na Torá como "Paredão da Rocha", que Moshê se abrigou quando contemplou a Glória de D’us. No Monte Horeb há também uma caverna pequena e estreita, sobre a qual se afirma ser aquela onde o Profeta Eliyáhu se escondeu quando a impiedosa Rainha Jezebel perseguiu os Profetas de D’us. Foi ali que Eliyáhu passou a noite e D’us apareceu para ele "não no vento, não num terremoto, não num fogo, mas numa pequena voz". Diz-se que o nome "Sinai" é derivado da palavras hebraica S’neh – "moita espinhosa", que cresce em abundância naquele deserto. Foi de uma humilde "sarça ardente" que D’us primeiro Se dirigiu a Moshê, ensinando assim que D’us está entre os de espírito humilde. Ba Torá, a montanha é mencionada por vários nomes aditionais, como "Har Elokim" (Montanha de D’us), "Tzin", "Kadesh". Mencionaremos apenas que nossos Sábios conectam a palavra "Sinai" com a palavra "Sineah" (ódio), porque como Israel foi escolhido para receber a Torá e ser "um reino de sacerdotes e uma nação sagrada", nosso povo tornou-se objeto de ódio por parte do mundo, um ódio que somente desaparecerá quando o mundo inteiro entender a verdade da Torá e aceitar seu espírito.

Nossos Sábios falam muito bem do Monte Sinai. Dizem que o mundo existe somente pelos méritos do Monte Sinai e do Monte Moriá, sobre o qual ocorreu a Akedá (sacrifício de Yitschac), e mais tarde o Beit Hamicdash foi construído. Com essas palavras nossos Sábios indicaram que a existência do mundo depende da observância da Torá (recebida no Sinai), baseada no espírito de auto-sacrifício (como foi mostrado no Moriá).

Por que esta montanha despretensiosa foi escolhida para o acontecimento mais notável na história da humanidade – a Outorga da Torá?

Nossos Sábios oferecem diversas explicações. Dizem que todas as outras montanhas mais altas e mais belas, como Carmel e Tabor, foram em alguma ocasião usadas para idolatria. Somente o Monte Sinai não tinha sido profanado e portanto estava apto a servir para esta função sagrada.

Outra explicação interessante é que todas as outras montanhas estavam "orgulhosas" de sua altura, exigindo o direito de serem escolhidas para este grandioso evento, e exatamente por este motivo D’us preferiu o humilde e modesto Sinai. Aqui, mais uma vez, encontramos uma lição, de que a humildade de espírito é o primeiro requisito para a posse da Torá.

Nossos Sábios dizem que a famosa escada com a qual Yaacov sonhou quando fugiu de Essav, e estava colocada sobre a terra com seu topo atingindo o céu, estava suspensa sobre o Monte Sinai. Eles encontraram uma pista sobre isso, pois o equivalente numérico da palavra hebraica "Sullam" é o mesmo da palavra "Sinai" – 130.

A palavra "Sinai" tem sido usada no Talmud como um título de grande erudição.

Damos uma olhada final ao Monte Sinai e nos lembramos das palavras de nossos Sábios. Quando nosso Redentor chegar, o Monte Sinai, juntamente com o Monte Carmel e o Tabor, unirão suas vozes em louvor a D’us.

 
   
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