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  O jejum de Tishá BeAv  
     
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O jejum de Tish’a BeAv recorda a destruição dos dois Templos Sagrados em Jerusalém.

De acordo com nossos sábios, muitos eventos trágicos aconteceram a nossos antepassados nesta data:

1. O pecado dos espiões fez com que D'us decretasse que os filhos de Israel que saíram do Egito não seriam permitidos de entrarem na terra de Israel;
2. O primeiro Templo foi destruído;
3. O segundo Templo foi destruído;
4. Betar, a última fortaleza a resistir aos romanos durante a Revolta de Bar Kochvá, no ano de 135 foi vencida, selando o destino do Povo Judeu.
5. Um ano depois da queda de Betar, a região do Templo foi arada.
6. Em 1492, o Rei Ferdinando da Espanha emitiu o decreto de expulsão, marcando Tisha BeAv como prazo final para que não houvesse um único judeu no solo espanhol.
7. A 1ª Guerra Mundial teve início em Tisha BeAv.

Durante este período de jejum existem algumas proibições:

1. Comer e beber. Meninas a partir de doze anos e meninos a partir de treze anos precisam jejuar o período inteiro e cumprir todas as leis referentes a Tish'á Beav. Crianças menores devem ser sensibilizadas para compreender a importância do dia, renunciando a guloseimas. Se houver necessidade de alimentação por ordem médica, deve se consultar um rabino como proceder.
2. Calçar sapatos (mesmo parcialmente) de couro.
3. Lavar-se (inclusive enxaguar a boca). Ao acordar pela manhã (e após ir ao toalete) a ablução só é permitida sobre os dedos das mãos.
4. Usar óleo, creme, perfume ou maquiagem.
5. Ter relações conjugais.
6. Saudar uma pessoa. Se cumprimentado, deve-se responder em voz baixa, para não despertar ressentimentos.

Início do jejum: Shabat, 25/7/2015, às 17h41 (em S. Paulo).


À TARDE
Realiza-se uma refeição completa que antecede o jejum (Seudá Hamafsêket) com pão. Ao final ingere-se um ovo com um pouco de cinzas. Este ano o jejum tem início às 17h41 (em S. Paulo).

À NOITE
Após Arvit, lemos o Livro de Echá, na tradicional melodia triste.
Logo após a leitura de Echá e as Kinot da noite, recita-se Veatá
Cadosh e Alênu.

DOMINGO, DIA 26/7/2015,
TISHÁ BEAV

DE MANHÃ
Nas Bênçãos Matinais omite-se "...sheassá li col tsorki" ("...que me proveu de todas as minhas necessidades"), pois esta bênção vem em agradecimento ao calçado e, em Tish'á Beav, é proibido usar sapatos de couro. Mesmo quando já se calçam os sapatos ao término do jejum, esta bênção continua não sendo recitada até o dia seguinte.

Talit e tefilin não são usados durante Shacharit. Após Shacharit recitam-se Kinot. Em seguida, recita-se Ashrê, Uvá letsiyon (omitindo o versículo Vaani zot beriti... vead olam") e Alênu. Repetimos o Livro de Echá após Alênu. Neste dia não falamos Tachanun (súplicas).

À TARDE
Antes da oração de Minchá, coloca-se talit e tefilin e recita-se o Shemá completo. Iniciamos com os trechos que não foram recitados de manhã: Shir Shel Yom, En K'Elokênu e Tehilim. Também estudamos a porção diária do Chumash com Rashi e Tanya.

Na Amidá de Minchá acrescenta-se Anênu e também Nachêm ("Consola-nos") em lembrança do Templo Sagrado, incendiado nessa hora. É costume doar para tsedacá o valor das refeições deste dia. Os que colocam Tefilin de Rabenu Tam, devem fazer isto após Minchá, antes do pôr-do-sol.

À NOITE

Término do jejum: 18h05 (em S. Paulo)

Procedimentos:

1. Oração de Arvit.
2. Lava-se as mãos 3 vezes intercaladas (dessa vez, a mão toda até o
pulso, sem recitar a bênção al netilat yadáyim).
3. Lava-se o rosto e enxagua-se a boca.
4. Calça-se os sapatos de couro.
5. Quebra-se o jejum.
6. Faz-se a prece de Kidush Levaná (santificação da Lua Nova).

SEGUNDA, DIA 27/7

Vigoram até meio-dia todas as proibições dos Nove Dias,
porque o Templo continuou em chamas durante o dia dez de Av.
Nossos Sábios prometeram que quem fica de luto pela destruição de
Jerusalém merecerá ver o júbilo de sua reconstrução.


Leia mais:

As leis de Nove de Av

Quem construirá o Terceiro Templo Sagrado: o homem ou D’us?

     
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