As aparências enganam

   
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Rabi Avraham de Sochochov era um menino prodígio e muito astuto. Certo dia, desmantelou uma barraca de frutas de um ambulante, espalhando as frutas por toda a rua. O pobre homem reclamou ao pai do garoto, que prontamente pagou pelo prejuízo.

Embora o pai soubesse que o filho era dado a travessuras, estava também consciente de seu conhecimento de Torá, e que não era peculiar ao menino prejudicar uma pessoa com suas ações. Não desejando passar-lhe uma reprimenda, o pai perguntou-lhe qual o motivo daquele comportamento.

“Observei o homem arrumar as frutas no carrinho,” o futuro líder de milhares defendeu-se. “Ele colocou frutas estragadas e de qualidade inferior por baixo, então cobriu tudo com uma fina camada de frutas de primeira. Estava tentando enganar os fregueses, que iriam pensar serem todas de boa qualidade. Era meu dever proteger compradores desavisados de serem roubados por uma pessoa desonesta.”

Já na infância, Rabi Avraham manifestava tanto sua inteligência quanto o senso de justiça que mais tarde lhe granjeou grande renome no mundo da Torá.

       
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