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Vocês
conhecem a história do garotinho que sempre se sentia culpado,
ou pelo que os outros faziam ou por tudo o que acontecia?
Certo dia, seu mestre estava avaliando a classe, de repente perguntou:
"Quem deu a Torá a Moshé no Monte Sinai?" Imediatamente
o menino se levantou e berrou indignado: "Não fui eu, não
fui eu, professor!"
Claro que ninguém gosta de ser incriminado pelo que não
fez. Mas, na realidade, nós judeus somos responsáveis uns
pelos outros. Esta é uma lei antiga há muito aceita, e que,
como todas as outras sagradas leis da Torá, ainda é válida
e o será sempre, porque a Torá é Divina.
Outros povos começam agora a perceber que onde não há
responsabilidade coletiva, não há segurança.
Quando D’us estava por outorgar a Torá ao nosso povo, Ele
nos perguntou: "Qual a garantia que vocês Me darão de
que cumprirão o Meu convênio?" Ao que nós Lhe
respondemos: "Oferecemos nossos Patriarcas – Avraham, Yitschac
e Yaacov, assim como nossos Profetas" – mas eles não
foram aceitos como fiança.
"A
Torá que Moshê nos ordenou é uma herança
da congregação de Yaacov."
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Ofertamos então
nossas crianças como garantia e imediatamente D’us as aceitou,
pois Ele sabia que enquanto elas estudassem a Torá e observassem
seus sagrados princípios, o compromisso seria sempre mantido pelo
nosso povo.
Para nós judeus, a maioridade religiosa começa aos treze
anos para os meninos e aos doze para as meninas – bem mais cedo
que para outros povos. Principia nesta data, porém, nunca cessa,
e para que as nossas crianças estejam prontas a assumir suas plenas
responsabilidades, a sua educação judaica deve ser iniciada
antes até de começar a falar.
É por esse motivo que nossos sábios pediram a cada pai judeu
para ensinar a seus filhos, assim que começam a balbuciar as sagradas
palavras: "A Torá que Moshê nos ordenou é uma
herança da congregação de Yaacov."
O verdadeiro sentido desta frase, pronunciada freqüentemente, é
a perpetuação da nossa herança nacional, significando
que os atos de cada indivíduo têm um efeito direto não
somente sobre o nosso próprio bem-estar, mas também sobre
o de nossos irmãos em todos os lugares do mundo.
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