|  | Nem todo soldado 
        israelense age como um santo, nem toda política de Israel é 
        um ato de gênio, Porém a exigência da administração 
        Obama de que Israel congele a construção dos bairros judaicos 
        na parte leste de Jerusalém é perigosamente tola. O motivo 
        é simples: se a exigência árabe de que Israel pare 
        a construção fosse motivada por um desejo de paz, teria 
        sido um dever moral de Israel aceitar a exigência. Infelizmente, 
        o objetivo desse e de outros pedidos é terminar por destruir Israel. 
        Para Israel, parar a construção seria estar assistindo guerra 
        e derramamento de sangue, colocando em perigo a vida tanto de judeus quanto 
        de árabes.
 A dolorosa resposta é que o objetivo 
        árabe não é estabelecer o vigésimo segundo 
        país árabe, mas destruir o único estado judeu.Isso 
        não é baseado na ideologia radical de direita, mas simplesmente 
        nos fatos. Pense a respeito: sem uma só exceção, 
        todas as vezes que Israel cedeu território aos seus vizinhos, aquele 
        território se tornou uma infraestrutura de terror, a partir da 
        qual os terroristas eram enviados para assassinar inocentes civis israelenses.
 
 No verão de 2005, Israel retirou-se completamente de Gaza, que 
        tinha conquistado na guerra de 1967. Nem sequer um centímetro de 
        terra foi ocupado por Israel. O então Primeiro Ministro Ariel Sharon 
        acreditava que sem um único judeu em Gaza e com a ocupação 
        israelense terminada, os árabes que ali viviam seriam levados a 
        criar um estado funcional, e a segurança aumentaria para ambos 
        os lados.
 
 Ora, ocorreu exatamente o contrário. O Hamas irrompeu em Gaza e 
        transformou-o numa infraestrutura terrorista, com um único objetivo: 
        destruir Israel. O resultado foi um aumento no número de ataques 
        com foguetes a partir de Gaza, visando aos civis israelenses numa base 
        diária.
 
 Uma década antes, os tratados de paz de Oslo persuadiram Israel 
        a ceder à Autoridade Palestina territórios na Judeia e Samaria 
        (a Margem Ocidental do Jordão), obtidos da Jordânia na guerra 
        de 1967. Qual foi o resultado? Aqueles mesmos territórios se tornaram 
        bases de terror a partir das quais jovens árabes, homens e mulheres, 
        eram enviados para explodir e matar o máximo possível de 
        civis. Rios intermináveis de sangue e lágrimas começaram 
        a fluir nos ônibus, ruas, bares e escolas de Israel.
 
 Em Camp David, no ano 2000, Yasser Arafat recebeu a oferta de um Estado 
        Palestino com capital na parte leste de Jerusalém, juntamente com 
        100% de Gaza e 98% da Margem Ocidental. A resposta de Arafat foi uma campanha 
        de terror que levou as vidas de milhares em seu próprio povo, além 
        dos milhares de judeus mortos e mutilados.
 
 Durante anos Israel disse aos seus vizinhos árabes: “Vamos 
        viver juntos.” A insistente resposta era: “Em vez de viver 
        juntos, vamos morrer juntos,” Em 1947, em seu famoso plano de partilha, 
        as Nações Unidas ofereceram aos árabes um estado 
        ao lado do estado judeu. Israel aceitou a oferta; os árabes a rejeitaram.
 
 Depois da Guerra dos Seis Dias, Israel ofereceu a devolução 
        dos territórios em troca da paz e a Liga Árabe lançou 
        seus famosos três Nãos: Não à paz, não 
        à negociação, e não ao reconhecimento. Por 
        que os árabes não aceitaram, em seu próprio beneficio, 
        o caminho da coexistência?
 
 A dolorosa resposta é que o objetivo árabe não é 
        estabelecer o vigésimo segundo país árabe, mas destruir 
        o único estado judeu. Os líderes árabes sempre quiseram 
        um estado palestino que, em sua própria frase repetida à 
        exaustão, “se estenderia do rio até o mar”, 
        i.e., do Rio Jordão até o Mar Mediterrâneo – 
        Israel inteiro. Não se trata do desejo árabe de mais terra 
        que impulsiona o conflito sem fim; é a sensação de 
        que se Israel existe, sua existência de certa forma não vale 
        nada.
 
 A guerra árabe contra Israel não é mais um conflito 
        territorial do que foi o ataque da Al Qaeda contra os Estados Unidos, 
        e não pode mais ser resolvido cedendo território que o anti-americanismo 
        poderia ser aplacado entregando New Jersey a Osama bin Laden.
 
 O que mudou de 2005 a 2010 que deveria convencer Israel de que dessa vez 
        seria diferente? O currículo escolar na Margem Ocidental, na Jerusalém 
        do Leste e em Gaza foi alterado para começar a ensinar às 
        crianças sobre a importância da paz e da coexistência? 
        Os Imãs durante seus sermões semanais nas mesquitas mudaram 
        seu jargão exclamando que Israel não é a face do 
        demônio? As comunidades árabes pararam de dar às ruas 
        os nomes dos homens-bomba suicidas que assassinaram civis israelenses?
 
 Infelizmente, nada disso aconteceu. Ninguém na comunidade internacional 
        sequer exige isto como um pré-requisito para as nagociações 
        de paz. Enquanto as escolas de Israel ensinam que a paz é nosso 
        maior ideal, em toda escola árabe, sem exceção, Israel 
        é retratado como o inimigo de D'us que deve ser eliminado. Com 
        essas realidades inalteradas, ceder mais territórios traria ainda 
        mais guerra, não a paz.
 
 O negociador palestino Saeb Erekat chamou a posição de Netanyahu 
        contra parar a construção de “muito infortunada” 
        e disse esperar que os Estados Unidos “consigam convencer o governo 
        israelense a dar uma chance à paz, cessando a construção 
        de assentametos a leste de Jerusalém e em toda parte.”
 
 “Dar uma chance à paz?” Israel tem feito o possível 
        muitas vezes para dar uma chance à paz, e tem recebido em troca 
        milhares de órfãos.
 
 Se algum dia os árabes forem sérios sobre criar um Estado 
        Palestino democrático com sua capital a leste de Jerusalém, 
        coexistindo pacificamente com Israel, por que os judeus não têm 
        permissão de morar e construir casas ali? Que tipo de democracia 
        seria se os judeus fossem banidos de lá? Os árabes podem 
        morar em todas as partes de Israel, mas os judeus são proibidos 
        de viver em partes da Palestina?
 
 Ao final da Segunda Guerra Mundial, Winston Churchill fez um gracejo: 
        “Você sempre pode confiar nos Estados Unidos para fazerem 
        a coisa certa, depois que tenha esgotado as alternativas.”
 
 Israel, que tem muito menos alternativas que os Estados Unidos, há 
        muito tempo exauriu todas elas. Quanto mais sangue inocente precisa ser 
        derramado antes de abandonarmos os mapas falhos do passado? Quantas crianças 
        mais devem ser explodidas por terroristas suicidas antes de buscarmos 
        o único caminho verdadeiro para a paz?
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