O 1º Shiduch de Nossa História
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  por Rabino Arieh Raichman - Beit Chabad de Manaus
 

O primeiro shiduch citado na Torá foi o casamento de Rivka e Yitschac. Como diz: "E Yitschac trouxe-a para a tenda de Sara, sua mãe... E Yitschac foi consolado por (a perda de) sua mãe". Rashi explica que Rivka substituiu o conforto que sua mãe fornecia. Enquanto Sara estava viva, as velas ardiam da véspera de um Shabat ao próximo. Isso mostrou que a santidade do Shabat penetrou na semana. A bênção era encontrada na massa do pão que saciava todos aqueles que o comiam, e uma nuvem anexada à tenda o tempo todo provia sombra e proteção. Quando Sara faleceu esses milagres foram interrompidos, no entanto reapareceram quando Yitschac se casou com Rivka.

Esses três milagres associados com as matriarcas são lições sobre três mitsvot que a mulher traz para o casamento. A mitsvá de (separar a) Chalá, o acendimento das velas de Shabat e a pureza familiar. Quando uma esposa cumpre essas três mitsvot, o marido é confortado. Ele sabe que a sua casa terá uma forte base judaica que vai impactar a todos, especialmente seus filhos e aqueles que entram em sua casa. Essas mitsvot fazem parte da fundação na formação de um casamento sólido e eterno.

A fundação é o que mantém um edifício em pé. Se um edifício é construído mas a fundação não foi construída corretamente, os problemas começarão a aparecer. A fundação deve ser forte a fim de suportar o futuro. Quando alguém se casa, a intenção é construir um edifício eterno. Casamento judaico deve ser baseado em Torá e mitsvot.

Há uma obrigação que recai sobre todos a fim de ajudar o estabelecimento de tais edifícios eternos, e seria totalmente injusto achar que é uma questão própria da vida pessoal, em que ninguém tem o direito de interferir.

Certamente quando se vê alguém empenhado em prejudicar a si mesmo ou a seus filhos, ou prestes a fazer algo que pode levar à autodestruição, D’us não o permita, não consideraríamos uma "interferência" ou "invasão" tentar evitar a pessoa de prejudicar a si mesma. Da mesma forma, quando há uma oportunidade de ajudar alguém com um benefício duradouro, com certeza é um dever a fazer, quanto mais quando o benefício é verdadeiramente eterno.

Que todos nós possamos prover a construção de edifícios eternos!

 
   
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