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As emoções são
“capciosas”. Quando alguém está calmo e contente,
melhoram o humor de todos que estão por perto. Da mesma forma,
quando alguém está agitado, deixa todos nervosos. É
compreensível portanto que alguém possa reagir da mesma
maneira à fúria de outra pessoa. Se uma mulher, por exemplo,
começa a gritar com o marido, provavelmene ele vai “pegar”
aquele estado de espírito e expressar raiva com ela. O estilo de
raiva dele pode diferir do dela; talvez ele se cale em vez de gritar.
Mesmo assim, é o humor dela que ele estará refletindo.
E mesmo assim, as pessoas podem superar a tendência natural a adotar
o humor do outro, se elas quiserem. Um incentivo importante para “querer”
é conseguir criar um lar pacífico. “A paz é
inestimável, pois o nome de D'us é ‘Shalom’”
(Bamidbar Rabah 11:18).
Conseguir shalom bayit, um lar pacífico, não é uma
questão de “sorte”. Em vez disso, é uma questão
de constante atenção. É estar vigilante contra tudo
aquilo que pode interferir com isso. Mesmo quando o cônjuge está
interferindo, a pessoa que deseja sinceramente a paz deverá criar
maneiras de preservá-la.
Portanto, quando um cônjuge expressa raiva, aquele que procura a
paz pode aprender a não absorver a emoção. Uma excelente
estratégia é reagir à fúria de alguém
com sincero interesse e curiosidade (desde, é claro, que a raiva
não tenha ido para um lado violento e a segurança física
não esteja ameaçada!) A pessoa, por exemplo, pode dizer:
“Você está tão aborrecido! O que está
acontecendo para você sentir tanta fúria [ou sofrimento]?”
Tenha em mente que cônjuges ficam furiosos por coisas estranhas
– uma pequena bagunça num canto da sala, um item esquecido
numa lista de compras, uma pasta de dente destampada, um recado de um
telefonema que não foi dado. Quanto mais furiosa a pessoa fica,
mais provável é que haja alguma coisa embutida nisso, algo
que foge aos olhos. Na verdade, quanto mais ira a pessoa sente, mais provável
é que o assunto esteja relacionado com sofrimentos passados e traumas
da infância, sendo atualmente desencadeados por negligências
sem importância (ou às vezes, por graves erros conjugais).
Tentar aprender sobre a frustração ou sofrimento subjacente
pode aproximar marido e mulher. Por outro lado, reagir ao assunto superficial
de modo defensivo – “Cheguei apenas dez minutos atrasado Pare
de reclamar!” – somente agrava ainda mais a situação
e continua a mascarar importantes linhas de comunicação
e sentimentos.
Às vezes as conversas mais profundas sobre fúria e aborrecimentos
precisam esperar até que as emoções estejam acalmadas.
Mesmo assim, levar o cônjuge a sério o suficiente para investigar
as causas de sua ira – seja imediatamente ou dali a alguns dias
– é uma boa maneira de chegar a um entendimento mútuo
mais profundo e uma excelente forma de prevenir mais discussões
e disputas.
Não reaja. Em vez disso, encontre uma forma de tentar entender.
Se essa abordagem não for suficiente para terminar um ciclo de
desentendimento conjugal, procure ajuda profissional – isso realmente
pode ser muito útil!
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