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Você
está numa loja e a pessoa do caixa lhe dá dez reais a mais
de troco. Você agradece à sua estrela da sorte ou devolve
o dinheiro? Há um emprego que você deseja, mas não
possui todas as qualificações. Você arrisca um pouco
de ficção criativa no formulário que preenche ou
escreve a verdade e assume o risco? Você está sem dinheiro
e poderia obter algum "esticando" as despesas pagas pela firma.
Não faria muita diferença para a empresa, mas faria uma
grande diferença para você. O que você faz?
A maioria de nós tem de enfrentar decisões como essas, e
são importantes para nós como indivíduos, e coletivamente
como sociedade, se fazemos o que é certo, ou simplesmente aquilo
que pensamos poder fazer impunemente.
O
verdadeiro sucesso depende de justiça
para com os clientes, decência com os empregados, qualidade
no produto e integridade na maneira de vendê-lo.
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É por isso
que, daqui a alguns dias, o Secretário de Estado para a Educação,
David Blunkett e eu, estaremos lançando um novo currículo
para escolas, intitulado "Dinheiro e Moral". É sobre
ética no local de trabalho e no mercado em geral, e foi compilado
por uma das organizações das quais eu tenho o orgulho de
ser membro: a Associação Judaica de Ética Comercial.
Nós o lançamos há dez anos, na crença de que
os negócios são na verdade um empreendimento moral. Sei
que isso pode parecer estranho, se você acredita que a ética
é para os tolos, que as empresas existem simplesmente para ganhar
dinheiro, que o mundo dos negócios é um jogo no qual, por
bem ou por mal, o vencedor leva tudo. Porém, não foi isso
que aprendi com os homens de negócios mais bem sucedidos que conheço.
Sim, dizem eles, você pode ter lucro rápido se for inescrupuloso;
só que ele não dura, e no final você perde. O verdadeiro
sucesso depende de justiça para com os clientes, decência
com os empregados, qualidade no produto e integridade na maneira de vendê-lo.
Ou, como me disse um dos mais importantes jornalistas financeiros do país:
"Está tudo na Torá, realmente – peso justo, medidas
corretas, decência para com as pessoas com quem você trabalha,
e acima de tudo, honestidade, ou aquilo que a Torá chama de justiça."
Portanto, tendo levado o debate ético às nossas mesas de
negociações, estamos agora levando-o às escolas.
É um projeto criativo; sua finalidade não é fazer
sermões ou julgar. É baseado em estudos de casos compilados
por pessoas do mundo dos negócios e jornalistas financeiros para
refletirem o mundo real. E uma pesquisa de 34.000 adolescentes na Inglaterra
e País de Gales nos diz que a educação faz a diferença.
Crianças que foram expostas a forte orientação ética
agem com mais integridade e responsabilidade.
Pelo menos uma vez, os profetas bíblicos e os lucros empresariais
coincidem. A moralidade funciona: é por isso que o trabalho precisa
de um senso moral.
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