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"Este
é o estatuto da Lei que ordenou o Eterno: ‘Fala aos filhos
de Israel que tomem uma vaca vermelha perfeita, na qual não haja
defeito…’ (Bamidbar XIX:1)."
O que é esta "vaca vermelha"?
A lei da vaca vermelha desperta enorme curiosidade. Os ouvintes se espantam,
exclamando: "Vaca vermelha? Como ela ficou vermelha? Impossível!
É lenda!"
Em primeiro lugar, vamos explicar do que se trata: na Torá há
613 mitsvot (preceitos); 248 positivas e 365 proibitivas. Dividem-se em
três categorias:
a) Mishpatim: preceitos lógicos, como não matar, não
roubar, honrar os pais, etc.
b) Edut (literalmente, "testemunha"): mandamentos que lembram
fatos históricos, como Shabat, festas judaicas, etc.
c) Chukim: leis ilógicas, como a proibição de vestir
roupa que contenha mistura de lã e linho (shaatnez), de ingerir
crustáceos, etc.
A purificação ritual de uma pessoa que se encontrava em
estado de impureza máxima, aspergindo as cinzas da vaca vermelha,
é um preceito totalmente ilógico. Abatia-se a vaca, queimava-se
o couro e a carne; suas cinzas, misturadas à água eram aspergidas
sobre quem desejava purificar-se. Shoen (pronto), a pessoa tornava-se
pura.
Qual é a lógica? Nenhuma.
Porém, existe um objetivo nos preceitos ilógicos de nos
educar a cumprir os mandamentos Divinos não somente porque os entendemos,
mas sim porque Ele assim deseja que façamos. E desta maneira, cumpriremos
Sua Vontade pura e sinceramente.
Se você é daqueles que entendem de tudo, certamente não
compreende como é possível a matriarca Sara gerar um filho
em idade tão avançada. Mas não é algo tão
fora do comum já que a ciência avança e permite a
uma romena de 66 anos dar à luz em Bucareste.
Porém, resta um problema: "Será que existe ou existirá
tal vaca?"
"Sim" – responderam nossos sábios. Dizem que até
agora já surgiram nove vacas vermelhas e a décima virá
na Era Messiânica.
Lembram anos atrás que foi publicado artigo com foto na imprensa
sobre o nascimento de uma vaca vermelha em Israel? Isto só para
nos demonstrar que devemos sempre acreditar na Torá e em nossos
sábios… por mais que a razão não permita.
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