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As estatísticas sobre
consumo de drogas chocam qualquer um. A mim também. Quando me confronto
com este tipo de problema, sempre procuro entender a razão. Entender
sim, justificar não.
A princípio, alguns psicólogos enumerarão uma série
de fatores que podem predispor ao consumo de drogas, como sociais, familia-res,
frustrações, falta de auto-estima, etc. Estes e mais outros
podem favorecer um jovem a apelar para este recurso artificial. Porém
pergunto de outro ângulo: como é possível alguém,
com um futuro promissor pela frente subir num penhasco de 2.000 metros,
consciente, olhar para baixo, sorrir e se jogar de cabeça ao encontro
do chão? – e não estou me referindo a nenhuma espécie
de "bunge-jumping" humano.
Talvez possamos dizer que a sensação de "cair"
seja fascinante, pois desprende a pessoa de todos os problemas do cotidiano.
Sim, uma fuga gostosa a curto prazo, porém de conseqüên-cias
desastrosas. Mas dá para entender a razão, pois o ser humano,
na verdade, necessita sair de sua rotina, conflitos e problemas que surgem
diariamente; é uma necessidade.
O rei David escreve nos Salmos: "A lei do Eterno é perfeita,
reconforta a alma." O estudo e a prática do judaísmo
nos desprendem por momentos da rotina de problemas para "viagens"
gostosas, entre elas o Shabat ou o Talmud, vícios saudáveis,
fontes sem riscos, oxigênio para a alma. É disto que ela
necessita e não de alucinações e "viagens"
sem volta.
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