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Não sendo
um especialista militar, vou me abster de julgar se os bombardeios israelenses
sobre Gaza poderiam ter sido mais bem mirados, menos intensos.
Não tendo, há décadas, jamais me decidido a distinguir
entre os bons e os maus mortos, ou como dizia Camus, entre "vítimas
suspeitas" e "carrascos privilegiados", evidentemente eu
também estou abalado pelas imagens de crianças palestinas
mortas.
Dito isso, e levando em conta o vento de loucura que parece, mais uma
vez, como sempre quando se trata de Israel, tomar conta de certas mídias,
eu gostaria de relembrar alguns fatos.
1. Nenhum governo do mundo, nenhum outro país fora esse Israel
vilipendiado, arrastado na lama, endemoniado, tolera ver milhares de mísseis
caírem, durante anos, sobre suas cidades: o mais notável
na questão, o verdadeiro motivo de espanto, não é
a "brutalidade" de Israel - é, literalmente, seu longo
castigo.
2. O fato de que os Qassam do Hamas e agora seus mísseis Grad tenham
feito tão poucos mortos não prova que eles sejam artesanais,
inofensivos etc., mas que os israelenses se protegem, que eles vivem isolados
nos porões de seus prédios, abrigados: uma existência
de pesadelo, em condicional, ao som de sirenes e de explosões -
eu estive em Sderot, eu sei.
3. O fato de que os mísseis israelenses fazem, por outro lado,
o mesmo tanto de vítimas, não significa, como bradariam
os manifestantes de plantão, que Israel se entrega a um "massacre"
deliberado, mas que os dirigentes de Gaza escolheram a atitude inversa
e expõem suas populações: velha tática do
"escudo humano" que faz com que o Hamas, assim como o Hezbollah
há dois anos, instale seus centros de comando, seus estoques de
armas, seus bunkers, nos subsolos de prédios, de hospitais, de
escolas, de mesquitas - eficaz, mas repugnante.
4. Entre a atitude de uns e de outros existe, qualquer que seja, uma diferença
importante e que não pode ser ignorada por aqueles que se consideram
justos, e a tragédia, e os meios de terminá-la: os palestinos
atiram sobre cidades, ou seja, sobre civis (o que em direito internacional
se chama "crime de guerra"); os israelenses apontam para alvos
militares e fazem, sem mirar, terríveis estragos civis (o que em
jargão de guerra leva um nome - "estrago colateral" -
que, mesmo que seja horrível, remete a uma verdadeira assimetria
estratégica e moral).
5. É preciso colocar os pingos nos "is": lembremos ainda
um fato que estranhamente a imprensa francesa pouco repetiu, e sobre o
qual não conheço, no entanto, nenhum precedente, em nenhuma
outra guerra, da parte de nenhum outro exército: as unidades de
Tsahal telefonaram de forma sistemática (a imprensa anglo-saxã
fala de 100 mil chamadas), durante a ofensiva aérea, aos habitantes
de Gaza que vivem perto de um alvo militar para convidá-los a evacuarem
o local; é claro que isso não muda em nada o desespero das
famílias, suas vidas destruídas, o massacre; mas que as
coisas se passem assim não é, entretanto, um detalhe totalmente
sem sentido.
6. E quanto ao famoso bloqueio integral, enfim, imposto a um povo esfomeado,
desprovido de tudo e lançado a uma crise humanitária sem
precedentes (sic), ele também não é factualmente
exato: os comboios humanitários nunca deixaram de passar, até
o início da ofensiva terrestre, no ponto de passagem Kerem Shalom;
só para a jornada do 31 de dezembro, foram 100 caminhões
de mantimentos e remédios que puderam, segundo o New York Times,
entrar no território; e só estou puxando pela memória
(pois é desnecessário dizer - ainda que, lendo e ouvindo
alguns, talvez isso fique melhor dito...) o fato de que os hospitais israelenses
continuam, neste momento em que escrevo, a receber e cuidar, todos os
dias, dos feridos palestinos.
Muito em breve, é o que esperamos, os combates cessarão.
E muito rápido, é o que também esperamos, os comentadores
se recuperarão. Eles vão descobrir, nesse dia, que Israel
pode ter cometido erros ao longo dos anos (chances perdidas, longa recusa
da reivindicação nacional palestina, unilateralismo), mas
os piores inimigos dos palestinos são esses dirigentes extremistas
que nunca quiseram a paz, nunca quiseram um Estado e nunca conceberam
outro estado para seu povo que não fosse de instrumento e de refém
(imagem sinistra de Khaled Mechaal que, no sábado 27 de dezembro,
enquanto se determinava a iminência do contra-ataque israelense
tão desejado, só sabia incitar sua "nação"
a "oferecer o sangue de outros mártires" - e isso a partir
de seu confortável exílio, seu esconderijo, em Damasco...).
Hoje, de duas coisas, uma: ou os Irmãos Muçulmanos de Gaza
restabelecem a trégua que eles romperam e, na sequência declaram
inválida uma carta baseada sobre a pura recusa da "entidade
sionista": eles reunirão esse vasto partido do acordo que
não cessa, graças a D'us, de progredir na região
- e a paz se fará. Ou senão eles teimarão em só
ver no sofrimento dos seus um bom combustível para suas paixões
requentadas, seu ódio louco, niilista, sem palavras - e não
é somente Israel, mas os palestinos, que deverão ser libertados
da sombria influência do Hamas. |
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De
olho na mídia publicou
Desproporcional? E Desde Quando Guerra Virou Prova De Aritmética?
Desde o início da ofensiva de Israel contra o Hamas, na Faixa de
Gaza, no último sábado, dia 27 de dezembro, a mídia
ocidental vem relatando as operações israelenses com base
em pressupostos flagrantemente aparvalhados. Coincidentemente, estes pressupostos
são os mesmos que pautaram as primeiras manifestações
oficiais de condenação moderada lançadas contra Israel,
por governos de nações importantes, logo no primeiro dia
ofensiva, quando pouca ou quase nenhuma informação sobre
a real dimensão das operações israelenses eram conhecidas.
As manifestações da França, Rússia, Japão
e China, logo exortavam Israel a interromper suas ações
em Gaza. Ao invés de condenarem os ataques do Hamas, que iniciaram
ainda em novembro e quebraram o cessar-fogo, a retórica destes
países partia de duas premissas equivocadas: Israel estava respondendo
aos ataques de forma desproporcional e, por isso, elevando o número
de vítimas civis. Assim, a linguagem protocolar criava o mantra
da desproporcionalidade, adotado também pelo Secretário
Geral da ONU, o senhor Ban Ki-moon, na última segunda-feira, dia
29. Ki-moon convocou a imprensa mundial para expressar seu repúdio
ao uso da “força excessiva” por parte de Israel em
seus ataques à Faixa de Gaza. O secretário-geral da ONU
foi mais longe: ele apelou “às partes” para que interrompessem
as hostilidades e reiniciassem negociações para um novo
cessar-fogo.
O coro foi reforçado pelo primeiro-ministro inglês Gordon
Brown, também no dia 29. “Estou horrorizado (ênfase
aqui) com a violência dos bombardeios”, disse. “Reiteramos
nosso apelo a Israel e ao Hamas (ênfase aqui) para que declarem
o imediato cessar-fogo e prevenir a perda de mais vidas inocentes. Não
há uma solução militar para esta situação.
É preciso redobrar os esforços internacionais para assegurar
que tanto Israel quanto a Palestina tenham terra, direitos e segurança
para viverem em paz”, finalizou Brown.
Ao mesmo tempo, seguiram-se manifestações de repúdio
previsivelmente mais radicais, vindas de países muçulmanos
e grupos extremistas, como o Hezbollah, que passaram a percorrer o planeta:
massacre, genocídio, holocausto, crimes de guerra, crimes contra
a humanidade. Enfim, surradas acusações disputavam espaço
na mídia internacional com cenas de passeatas e aglomerações
de rua pipocando na Europa e no mundo islâmico, em protesto contra
a nova “barbárie” cometida por Israel. Enquanto isto,
a quantidade de vítimas dos bombardeios parecia dar a impressão
de amparar a fórmula da desproporcionalidade: já passam
de 150 mortos, muitos deles civis, já ultrapassam os duzentos,
entre eles mulheres e crianças; agora são mais de 300, entre
os quais inúmeros inocentes. Agora, quando escrevo (terça-feira,
30 de dezembro), os mortos chegavam a 360. Horrível.
A mídia apropriou-se do mantra protocolar, tomando-o como axioma
para sua cobertura. E, por mídia, não estou nomeando nenhuma
abstração. Refiro-me à CNN, à BBC, à
Sky News, à France 24, para não mencionar a Al-Jazirah em
Inglês e os diários New York Times, The Guardian e Le Figaro,
que podem ser todos acessados on-line. Também não estou
me referindo aos analistas de prontidão, sempre rápidos
no gatilho quando se trata de comparar o “desproporcional”
confronto entre a potência militar israelense e a pobre capacidade
de resistência dos palestinos. Restrinjo-me ao que se chama de “noticiário”,
aquele texto informativo que, recomenda-se, deve ser feito com imparcialidade
e um mínimo de cautela e caldo de galinha. Pois é nele que
constato a desproposital incursão, em nome do imediatismo, no domínio
da estupidez e da má fé.
Ora, o que se espera de um noticiário é
que ele informe e não desinforme ou deforme os fatos. E quais são
os fatos?
Um: no primeiro dia da ofensiva, Israel apenas reiterou publicamente uma
decisão que vinha sendo anunciada desde o final do frágil
cessar-fogo de seis meses, mediado pelos egípcios, que entrara
em vigor em junho último e se encerrara em 19 de dezembro. Por
que frágil? Porque o Hamas, há oito anos, vinha despejando
diariamente seus foguetes contra Israel. Os ataques diários haviam
matado nove pessoas, ferido outras tantas, danificado prédios e
vinham configurando uma situação de permanente insegurança
nas cidades que se encontram num raio de 20 quilometro da fronteira com
Gaza.
Durante oito anos, Israel tentou tratar do problema de modo restrito:
incursões rápidas de comandos no norte de Gaza para destruir
bases de lançamentos de foguetes instaladas no norte do território,
bloqueio marítimo para evitar a entrada de armamento enviado pelo
Irã e pela Síria ao Hamas e Jihad Islâmica, bloqueio
terrestre, para impedir a infiltração de terroristas suicidas
nas grandes cidades israelenses, cortes esporádicos no suprimento
de energia elétrica para a Faixa de Gaza (70 por cento desta energia
é fornecida por Israel até hoje) com a finalidade de retardar
a fabricação dos tais foguetes “caseiros” (na
verdade, são foguetes produzidos em fábricas erguidas em
meio a bairros densamente povoados da Cidade de Gaza, Dayir al Balah,
Khan Yunis e Rafah).
De qualquer modo, findo o cessar-fogo - e diante das saraivadas diárias
dos foguetes contra o Sul de Israel-, o governo israelense anunciou que
terminaria definitivamente com os ataques que ameaçavam seus cidadãos.
Esta decisão foi, inclusive, comunicada, no dia 23 de dezembro,
pela ministra do exterior israelense, Tzipi Livni, no Cairo, após
um encontro com o presidente Hosni Mubarak. Livni, ainda no Cairo, não
deixou dúvidas: Israel desencadearia a operação militar
necessária para destruir a capacidade do Hamas de atingir Israel.
Nos últimos dez anos, o Hamas construiu, com o apoio logístico
e financeiro do Hesbollah, da Irmandade Muçulmana (baseada no Egito),
da Síria e, sobretudo do Irã, uma estrutura policial e militar
na Faixa de Gaza, a tal ponto organizada, que lhe permitiu, no primeiro
semestre de 2007, dizimar completamente as forças do Fatah (o braço
armado da AP) que ainda restavam no território palestino. Com isso,
ele consolidou suas instalações militares, estocagem de
armas e munição, seus campos de treinamento e suas bases
de ataque contra Israel em toda a Faixa de Gaza. Hoje, o Hamas (que é
sunita) conta com 15 mil homens no seu “exército regular”,
e ainda com cinco mil membros armados da milícia xiita Jihad Islâmica.
Esse pequeno exército dispõe, além de armamento pessoal
pesado, de mísseis antiaéreos, mísseis antitanques,
mísseis de médio alcance do tipo Katiusha e minas espalhadas
por toda a fronteira com Israel. Tudo isto é do conhecimento dos
chefes de governo que emitiram o mantra protocolar da desproporcionalidade.
Os senhores Gordon Brown e Nicholas Sarkozy sabem disto, certamente. Mas
a mídia faz de conta que não sabe.
Ora, o panorama é bem nítido: Israel desencadeou a ofensiva
para defender a integridade de seus habitantes, ameaçados constantemente
pelo movimento fundamentalista militarmente organizado que controla toda
a Faixa de Gaza desde junho de 2007. Mais ainda, o Hamas e seus associados
menores, como a Jihad Islâmica e outros grupelhos, não representam
a Autoridade Nacional Palestina (AP). Eles são terroristas, não
aceitam a existência do Estado de Israel e estão comprometidos
explicitamente com a sua extinção total. Como então
podem os líderes da Inglaterra e da França, ou o Secretário-geral
da ONU, apelarem para que “as partes” retornem a um cessar
fogo. Que partes? Israel, um estado nacional soberano e membro da ONU,
por um lado, e o Hamas, um movimento terrorista que usurpou à força,
da AP, o controle sobre a Faixa de Gaza, por outro? Se a China não
conversa sequer com o Dalai Lama, líder político e espiritual
do Tibet ocupado (exilado, obviamente), por que Israel deve dialogar com
o Hamas? Pelo que se sabe, o Dalai Lama defende apenas uma autonomia para
o Tibet e jamais pregou a extinção da China. Por que Israel
deveria “dialogar” com um movimento que objetiva abertamente
a sua destruição? Ou por que o senhor Ban Ki-moon não
apela para que a Espanha dialogue com o ETA, a Colômbia dialogue
com as FARC, a Turquia dialogue com o PKK curdo, que quer criar um estado
independente no Curdistão? Ou para que os Estados Unidos da América
deixem o Afeganistão e dialoguem com o Talibã? Ou para que
os senhores muçulmanos da guerra que governam o Sudão interrompam
imediatamente a carnificina que já matou 300 mil cristãos
e animistas e deslocou quase três milhões de refugiados para
a zona de Darfour? Onde estão as passeatas na Europa contra esse
massacre? Ou os protestos contra a tirania assassina de Ruanda. Onde estão
os apelos para o diálogo entre as trezentas tribos que se entredevoram
na muçulmana Somália? O termo médio de comparação
é suficiente, para quem possui mais de dois neurônios. Talvez,
dois neurônios e meio. Por isso paro por aqui.
Dois: Israel não está, como apregoa aos berros Hassan Nasrallah
(em vídeo e de seu bunker em Beirute), cometendo um “genocídio”
em Gaza. Ao contrário, é o líder do Hesbollah, hoje
quase um segundo exército dentro do Líbano, abastecido e
financiado pelo Irã, que repete incansavelmente o objetivo político
de seu partido: destruir, sem deixar pedra sobre pedra, Israel. A voz
de Nasrallah é amplificada nas ruas de todo mundo árabe
e encontra acolhida em alguns analistas ocidentais procurados pela mídia
para que “possamos (nós, o público) entender o trágico
cenário da Faixa de Gaza”.
Pensemos: se desejasse destruir a população de Gaza (isto
é um despropósito descomunal naturalmente, mas só
assim teríamos base para falarmos em genocídio) - e estou
admitindo essa possibilidade apenas (ênfase aqui) para argumentar-,
Israel o teria feito durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, (lembram,
ela ocorreu!), ou durante a Guerra do Yom Kypur, em 1973 (lembram, ela
também ocorreu), ou durante a ocupação israelense
de Gaza, que se estendeu de 1967 a 2000, ano em que unilateralmente (ou
seja, sem qualquer pré-condição) Israel deixou a
Faixa de Gaza na sua totalidade.
O que é fato: a ofensiva israelense tem objetivos militares e políticos
definidos. Os militares estão sendo plenamente atingidos, até
agora. E com um baixíssimo custo em termos de vidas humanas. É
isso mesmo. Baixíssimo! Afinal, depois de quatro dias de centenas
de incursões aéreas e marítimas, depois de ter despejado
sobre Gaza mais de 500 toneladas de explosivos, apenas, repito, apenas,
360 pessoas morreram! E destas, cerca de 60, segundo as informações
do próprio Hamas e da ONU, são civis. Ora, isto quer dizer
que o restante fazia parte do exército terrorista, logo um alvo
militar.
A operação israelense impressiona, mas não pelas
razões do senhor Nasrallah ou dos desavisados apedeutas de boa
fé (admitamos), que usam a palavra “genocídio”
sem saber o que ela significa. O conceito se aplica quando um governo
deliberadamente promove o extermínio de povos ou populações
inteiras, encontrem-se elas em seu próprio país ou em outros.
Os turcos foram genocidas com relação aos armênios,
os nazistas, com relação aos judeus, os comunistas stalinistas
com relação aos russos, os maoístas com relação
aos chineses, os japoneses com relação aos chineses e, hoje,
os sudaneses muçulmanos com relação aos sudaneses
não muçulmanos. Nem os cubanos castristas, que nos primeiros
cinco anos após a revolução de 59, exterminaram 95
mil pessoas, praticaram um genocídio. Eles cometeram assassinatos
em massa, uma ação sem dúvida abjeta e execrável,
um crime contra a humanidade. Mas não cometeram genocídio.
E atentarmos para as diferenças ainda é fundamental.
Por que a operação israelense impressiona? Por duas constatações
que saltam aos olhos. A primeira: a ofensiva está se processando
em uma das áreas mais densamente povoada do planeta (1,5 milhão
de habitantes em 360 quilômetros quadrados); a segunda: o Hamas
ergueu intencionalmente toda a sua infra-estrutura policial e militar
nos centros urbanos, justamente os locais mais densamente povoados deste
território já muito densamente povoado (a hipérbole
é proposital). Ora, se é para destruir alvos militares,
é preciso atingi-los onde se encontram. E Israel está fazendo
isto, de forma quase milimétrica, cirúrgica, mesmo correndo
o risco, inevitável nesta situação, de atingir civis.
Repito: e o faz de forma impressionante, pois as baixas civis, nesse contexto,
são aquém de mínimas.
Como a aviação e a marinha israelenses conseguem fazer isto?
Empregando altíssima tecnologia, mísseis inteligentes e
alvos previamente selecionados. Caso contrário, estaríamos
diante de um massacre. E. É necessário que se reafirme:
não estamos sequer a milhões de milhas próximos disto.
O Secretário-geral da ONU, que jamais reuniu uma conferência
de imprensa para falar sobre a situação no Sudão,
deveria saber disto. Ele, desta forma, ficaria calado. Obviamente, eu
não esperaria que o senhor Ki-moon aplaudisse a operação
de Israel. O Secretário-geral da ONU deve, por princípio,
lamentar todas as guerras. Mas ele deveria, também por obrigação,
calar-se, porque esta é uma guerra legítima, sobretudo defensiva,
com objetivos militares e políticos claros, de um país soberano
contra um grupo terrorista que prega o seu aniquilamento e contra os governos
que apóiam este grupo.
Três: Falei que a guerra possui objetivos políticos claros.
Ei-los: Israel quer expulsar o Irã da Faixa de Gaza. O Irã?
Isso mesmo, o Irã. O Hamas e a Jihad Islâmica nada mais são
do que uma extensão do governo de Teerã e de seu potencial
bélico virtualmente no interior de Israel. E todos sabem o quê
mais almejam os aiatolás iranianos: destruir o que eles chamam
de entidade sionista. Assim, ao eliminar a capacidade do Hamas de atacar
seu território, Israel, além de retomar o controle sobre
sua segurança imediata, desfere também um golpe mortal nas
pretensões iranianas de penetrar em sua fronteira sul. Com isso
ainda pretende isolar política e militarmente o Irã, travestido
de Hezbollah, na sua fronteira norte. Ao mesmo tempo, forja uma situação
mais favorável para negociar com a Síria, também
enfraquecida com a derrota do Hamas, um tratado de paz entre os dois paises.
Esta é uma meta de médio prazo.
Por essa razão o senhor Nasrallah esbraveja contra o Egito de Mubarak
e a AP, de Machmud Abas, chamando-os de traidores do Islã. Nasrallah
sabe que, sem o Hamas e a Jihad Islâmica em Gaza, o Hezbollah, ou
seja, o Irã, se enfraquece, enquanto o Egito, a AP e a Jordânia
se fortalecem e, pior (para o Irã), Israel recupera a posição
geopolítica decisiva para sua existência na região.
A ofensiva ainda torna explicita a disposição de Israel
de não tolerar que o iranianos consigam obter armamento nuclear.
Ou seja, Israel está preparando o terreno para uma intervenção
direta no Irã. Como Barak Obama assume a presidência dos
EUA em janeiro, Israel envia uma mensagem inequívoca para Washington:
não há diálogo com o Hamas, nem com Teerã.
Os Estados Unidos devem se preparar para apoiar irrestritamente a ação
militar direta de Israel contra os iranianos. E essa ação
não deve tardar, pelo que se depreende do palco desenhado por Jerusalém.
Quer dizer: trata-se de uma ação já planejada e montada
pela inteligência militar israelense, que deve ser deflagrada em
breve. Pergunta oportuna: o que é “breve”? Resposta:
Israel certamente sabe. E, creio agora, Barak Obama também. No
fim das contas, Israel não está fazendo mais do que colocar
seu destino em suas próprias mãos. E isto ele sempre fez,
sob o preço de simplesmente deixar de existir. Dúvidas?
Consultem a História.
Finalizando: e a mídia com relação a esse quadro?
Nada informa, nada analisa, nada investiga. Pelo contrário, submete-se
ao superficialismo, mistifica, embrulha-se toda no mantra da desproporcionalidade
e mergulha de cabeça no noticiarismo demagógico e pretensamente
humanitário. É um crime contra a lucidez e a razão.
Mas, que diabos, isso lá importa?
Escrito por: Luis Milman, Jornalista e Doutor em Filosofia
Publicado no site em: 05/01/2009
Ação Militar Israelense é Legítima
A ação militar israelense em Gaza é totalmente justificada
de acordo com o direito internacional, e Israel deveria ser elogiado por
seus atos de defesa contra o terrorismo internacional. O Artigo 51 da
Carta da ONU reserva às nações o direito de agir
em defesa própria contra ataques armados. A única limitação
é a obediência ao princípio de proporcionalidade.
As ações de Israel certamente atendem a esse princípio.
Quando Barack Obama visitou a cidade de Sderot no ano passado viu as mesmas
coisas que eu vi em minha visita de março. Nos últimos quatro
anos, terroristas palestinos dispararam mais de 2 mil foguetes contra
essa área civil, na qual moram, na maior parte, pessoas pobres
e trabalhadores. Os foguetes destinam-se a fazer o máximo de vítimas
civis. Alguns por pouco não acertaram pátios de escolas,
creches e hospitais, mas outros atingiram seus alvos, matando mais de
uma dúzia de civis desde 2001. Esses foguetes lançados contra
alvos civis também feriram e traumatizaram inúmeras crianças.
Os habitantes de Sderot têm 15 segundos, desde o lançamento
de um foguete, para correrem até um abrigo. A regra é que
todo mundo esteja sempre a 15 segundos de um abrigo. Os abrigos estão
em toda parte, mas idosos e pessoas com deficiências muitas vezes
têm dificuldade para se proteger. Além disso, o sistema de
alarme nem sempre funciona. Disparar foguetes contra áreas densamente
povoadas é a tática mais recente na guerra entre os terroristas
que gostam da morte e as democracias que amam a vida. Os terroristas aprenderam
a explorar a moralidade das democracias contra os que não querem
matar civis, até mesmo civis inimigos.
Em um incidente recente, a inteligência israelense soube que uma
casa particular estava sendo usada para a produção de foguetes.
Tratava-se evidentemente de alvo militar. Mas na casa morava também
uma família. Os militares israelenses telefonaram, então,
para o proprietário da casa para informá-lo de que ela constituía
um alvo militar e deram-lhe 30 minutos para que a família saísse.
O proprietário chamou o Hamas, que imediatamente mandou dezenas
de mães com crianças no colo ocupar o telhado da casa.
Nos últimos meses, vigorou um frágil cessar-fogo mediado
pelo Egito. O Hamas concordou em parar com os foguetes e Israel aceitou
suspender as ações militares contra os terroristas. Era
um cessar-fogo dúbio e legalmente assimétrico. Na realidade,
era como se Israel dissesse ao Hamas: se vocês pararem com seus
crimes de guerra matando civis inocentes, nós suspenderemos todas
as ações militares legítimas e deixaremos de matar
seus terroristas. Durante o cessar-fogo, Israel reservou-se o direito
de empreender ações de autodefesa, como atacar terroristas
que disparassem foguetes.
Pouco antes do início das hostilidades, Israel apresentou ao Hamas
um incentivo e uma punição. Israel reabriu os postos de
controle que haviam sido fechados depois que Gaza começou a lançar
os foguetes, para permitir a entrada da ajuda humanitária. Mas
o primeiro-ministro de Israel também fez uma última e dura
advertência ao Hamas: se não parasse com os foguetes, haveria
uma resposta militar em escala total. Os foguetes do Hamas não
pararam, e Israel manteve sua palavra, deflagrando um ataque aéreo
cuidadosamente preparado contra alvos do Hamas.
Houve duas reações internacionais diferentes e equivocadas
à ação militar israelense. Como era previsível,
Irã, Hamas e outros que costumam atacar Israel argumentaram que
os ataques do Hamas contra civis israelenses são totalmente legítimos
e os contra-ataques israelenses são crimes de guerra. Igualmente
prevista foi a resposta da ONU, da União Européia, da Rússia
e de outros países que, quando se trata de Israel, veem uma equivalência
moral e legítima entre os terroristas que atingem civis e uma democracia
que responde alvejando terroristas.
A mais perigosa dessas duas respostas não é o absurdo alegado
por Irã e Hamas, em grande parte ignorado pelas pessoas racionais,
e sim a resposta da ONU e da União Europeia, que coloca em pé
de igualdade o assassinato premeditado de civis e a legítima defesa.
Essa falsa equivalência moral só encoraja os terroristas
a persistir em suas ações ilegítimas contra a população
civil.
Proporcionalidade
Alguns afirmam que Israel violou o princípio da proporcionalidade
matando um número muito maior de terroristas do Hamas do que o
de civis israelenses vitimados. Mas esse é um emprego equivocado
do conceito de proporcionalidade, pelo menos por duas razões. Em
primeiro lugar, não há equivalência legal entre a
matança deliberada de civis inocentes e a matança deliberada
de combatentes do Hamas. Segundo as leis da guerra, para impedir a morte
de um único civil , é permitido eliminar qualquer número
de combatentes.
Em segundo lugar, a proporcionalidade não pode ser medida pelo
número de civis mortos, mas pelo risco de morte de civis e pelas
intenções dos que têm em sua mira esses civis. O Hamas
procura matar o maior número possível de civis e aponta
seus foguetes na direção de escolas, hospitais, playgrounds.
O fato de que não tenha eliminado tantos quanto gostaria deve-se
à enorme quantidade de recursos que Israel destinou para construir
abrigos e sistemas de alarme. O Hamas recusa-se a construir abrigos, exatamente
porque quer que Israel mate o maior número possível de civis
palestinos, ainda que inadvertidamente.
Enquanto ONU e o restante da comunidade internacional não reconhecerem
que o Hamas está cometendo três crimes de guerra - disparando
contra civis israelenses, usando civis como escudos e buscando a destruição
de um país membro da ONU - e Israel age em legítima defesa
e por necessidade militar, o conflito continuará. Se Israel conseguir
destruir a organização terrorista Hamas, poderá lançar
os alicerces de uma verdadeira paz com a Autoridade Palestina. Mas se
o Hamas se obstinar a tomar como alvo cidadãos israelenses, Israel
não terá outra opção senão persistir
em suas operações de defesa. Nenhuma outra democracia do
mundo agiria de maneira diferente.
Alan Morton Dershowitz é advogado, jurista
e professor da Universidade Harvard
Sim Ou Não À Existência de Israel? Essa É
A Primeira Questão.Eu Digo ''Sim''
O Hamas rompeu a trégua com Israel — a rigor, nunca integralmente
respeitada —, e aqueles que ora clamam pelo fim da reação
da vítima — e a vítima é Israel — fizeram
um silêncio literalmente mortal. Hipócritas, censuram agora
o que consideram a reação desproporcional dos israelenses,
mas não apontam nenhuma saída que não seja o conformismo
da vítima. É desnecessário indagar como reagiria
a França, por exemplo, se seu território fosse alvo de centenas
de foguetes. É desnecessário indagar como responderia o
próprio Brasil. O Apedeuta e seus escudeiros no Itamaraty —
que vive o ponto extremo da delinqüência política sob
o comando de Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães — aceitam,
de bom grado, que Evo Morales nos tungue a Petrobras, mas creio que defenderiam
uma resposta militar se o Brasil passasse a ser alvo diário de
inimigos. Há dias, Lula afirmou que o Brasil precisa ser uma potência
militar se quiser ser respeitado no mundo. Confesso que, dada a moral
ora vigente no Planalto e na diplomacia nativa, prefiro que o país
tenha, no máximo, aqueles fogos Caramuru, os únicos que,
no nosso caso, não podem dar xabu... Lula merece, no máximo,
ter um rojão ou aqueles fósforos coloridos de São
João para brincar.
É dever de todo governo defender o seu território e a sua
gente. Mas, curiosamente (ou nem tanto), pretende-se cassar de Israel
o direito à reação. Por quê? O que grita na
censura aos israelenses é a voz tenebrosa de um silêncio:
essa gente é contra a existência do estado de Israel e acredita
que só se obteria a paz no Oriente Médio com a sua extinção.
Mas falta a essa canalha coragem para dizer claramente o que pretende.
Nesse estrito sentido, um expoente do fascismo islâmico como Mahamoud
Ahmadinejad, presidente do Irã, é mais honesto do que boa
parte dos hipócritas europeus ou brasileiros. Ele não esconde
o que pretende. Aliás, o Hamas também não: o fim
da Israel é o segundo item do seu programa, sem o qual o grupo
terrorista julga não cumprir adequadamente o primeiro: a defesa
do que entende por fé islâmica.
Será que exagero? Que outra consideração estaria
na origem da suposição de que um país deve se quedar
inerme diante de uma chuva de foguetes em seu território? “Não,
Reinaldo, o que se censura é o exagero, a reação
desproporcional”. Tratarei desse argumento, essencialmente mentiroso
e de ocasião, em outro post. Neste artigo, penso questões
mais profundas, que estão na raiz do ódio a Israel. Como
se considera que aquele estado é essencialmente ilegítimo,
cobra-se dele, então, uma tolerância especial. Aliás,
exigem-se dos judeus duas reações particulares, de que estariam
dispensados outros povos.
Como os hipócritas do silêncio consideram que a criação
de Israel foi uma violência, cobram que esse estado viva a pedir
desculpas por existir e jamais reaja. Seria uma espécie de suicídio.
Israel faria por conta própria o que várias nações
islâmicas — em grupo, em par ou isoladamente — tentaram
sem sucesso em 1956, em 1967 e em 1973: eliminar o país do mapa.
Dói na consciência e no orgulho dos inimigos do país
a constatação de que ele adquiriu o direito de existir na
lei e na marra, na diplomacia e no campo de batalha.
A segunda reação particular guarda relação
com o nazismo. Porque os judeus conheceram o horror, estariam moralmente
proibidos de se comportar como senhores: teriam de ser eternamente vítimas.
Ao povo judeu seria facultado despertar ódio ou piedade, mas jamais
temor. Franceses, alemães, espanhóis, chineses, japoneses
e até brasileiros cometeram ou cometem suas injustiças e
violências — e todos esses povos souberam ou sabem ser impressionantemente
cruéis em determinadas ocasiões e circunstâncias.
Mas os judeus?! Eles não!!! Esperam-se passividade e mansidão
pouco importa se são tomados como usurpadores ou vítimas.
O anti-semitismo ainda pulsa, eis a verdade insofismável.
Tudo seria mais fácil se as posições fossem aclaradas.
Acatar ou não a legitimidade do estado de Israel ajudaria muitas
nações e muitas correntes político-ideológicas
a se posicionar e a se pronunciar com clareza: “Sim, admito a existência
de Israel e penso que aquele estado, quando atacado, tem o direito de
se defender”. É o que pensa este escriba. Ou: “Não!
Fez-se uma grande bobagem em 1948, e os valentes do Hamas formam, na verdade,
uma frente de resistência ao invasor; assim, quando eles explodem
uma pizzaria ou um ônibus escolar ou quando jogam foguetes, estão
apenas defendendo um direito”. Mas os hipócritas não
seriam o que são se não cobrissem o vício com o manto
da virtude. Como não conseguem imaginar uma solução
para alguns milhões de israelenses que não o mar —
e, desta feita, sem Moisés para abri-lo —, então disfarçam
o ódio a Israel com um conjunto pastoso de retóricas vagabundas:
“pacifismo”, “antimilitarismo”, “reação
proporcional”, “direito à resistência”,
etc.
Na imprensa brasileira, um jornalista como Janio de Freitas chegou a chamar
o ataque aéreo a Gaza de “genocídio”, dando
alguma altitude teórica à militância política
anti-Israel — embora o próprio Hamas admita que a maioria
das vítimas seja mesmo composta de militantes do grupo. Trata-se,
claro, de uma provocação: sempre que Israel é acusado
de “genocida”, pretende-se evocar a memória do Holocausto.
Em uma única linha, sustenta-se, então, uma farsa gigantesca:
A) maximiza-se a tragédia presente dos palestinos;
B) minimiza-se a tragédia passada dos judeus:
C) apaga-se da história o fato de que o Hamas é a força
agressora, e Israel, o país agredido;
D) equiparam-se os judeus aos nazistas que tentaram exterminá-los,
o que, por razões que dispensam a exposição, diminui
a culpa dos algozes;
E) cria-se uma equivalência que aponta para uma indagação
monstruosa: não seria o povo vítima do Holocausto um tanto
merecedor daquele destino já que incapaz de aprender com a história?
E pouco importa se os que falam em genocídio têm ou não
consciência dessas implicações: o mal que sai da boca
dos cínicos não vira virtude porque na boca dos tolos.
Em junho de 2007, esse mesmo Hamas foi à guerra contra o Fatah
na Faixa de Gaza. E venceu. O grupo preferiu não fazer prisioneiros.
Os que eram rendidos ou se rendiam eram executados com tiros na cabeça
— muitas vezes, as mulheres e filhos das vítimas eram chamados
para presenciar a cena. “O que ocorreu no centro de segurança
[as execuções] foi a segunda liberação da
Faixa de Gaza; a primeira delas foi a retirada das tropas e dos colonos
de Israel da região, em setembro de 2005", disse então
Sami Abu Zuhri, um membro do Hamas. “Estamos dizendo ao nosso povo
que a era do passado acabou e não irá volta. A era da Justiça
e da lei islâmica chegou", afirmou Islam Shahawan, porta-voz
do grupo. Nezar Rayyan, também falando em nome dos terroristas,
não teve dúvida: “Não haverá diálogo
com o Fatah, apenas a espada e as armas". Desde 2006, quase 700 palestinos
foram assassinados por rivais... Palestinos.
Ódio a Israel
O ódio a Israel espalhado em várias correntes de
opinião no Ocidente é caudatário da chamada “luta
contra o Império”. O apoio ao país nunca foi tão
modesto — em muitos casos, envergonhado. Não é coincidência
que assim seja no exato momento em que se vislumbra o que se convencionou
chamar de “declínio americano”. Israel é visto
como uma espécie de enclave dos EUA no Oriente Médio. As
esquerdas do mundo caíram de amores pelos vários sectarismos
islâmicos, tomados como forças antiimperialistas, de resistência.
Eu era ainda um quase adolescente (18 anos)— e de esquerda! —
quando se deu a revolução no Irã, em 1979, e me perguntava
por que os meus supostos parceiros de ideologia se encantavam tanto com
o tal aiatolá Khomeini, que me parecia, e era, a negação,
vejam só!, de alguns dos pressupostos que deveriam nos orientar
— e o estado laico era um deles. Mas quê... A “luta
antiimperialista” justificava tudo. O que era ruim para os EUA só
poderia ser bom para o mundo e para as esquerdas. No poder, a primeira
medida de Khomeini foi fuzilar os esquerdistas que haviam ajudado a fazer
a revolução...
É ainda o ódio ao “Império” que leva
os ditos “progressistas” do mundo a recorrer à vigarice
intelectual a mais escancarada para censurar Israel e se alinhar com as
“vítimas” palestinas. Abaixo, aponto alguns dos pilares
da estupidez.
Mas o que é terrorismo?
Pergunte a qualquer “progressista” da imprensa ou de seu círculo
de amizades se ele considera o Hamas um grupo “terrorista”.
A resposta do meliante moral virá na forma de uma outra indagação:
“Mas o que é terrorismo?” A luta “antiimperialista”
torna esses humanistas uns relativistas. Eles dirão que a definição
do que é ou não terrorismo decorre de uma visão ideológica,
ditada por Washington, pela Otan, pelo Ocidente, pelo capitalismo, sei
lá eu...
Esses canalhas são capazes de defender o “direito”
que os ditadores islâmicos têm de definir os seus homens viciosos
e virtuosos — “democracia não se impõe”,
gritam —, mas, por qualquer razão que não saberiam
explicar, acreditam, então, que Washington, a Otan, o Ocidente
e o capitalismo não podem fazer as suas escolhas. E essas escolhas,
vejam que coisa!, costumam ser justamente aquelas que garantem as liberdades
democráticas. Se você disser que explodir bombas num ônibus
escolar ou num supermercado, por exemplo, é terrorismo, logo responderão
que isso não é diferente da ação de Israel
na Faixa de Gaza, confundido a guerra declarada (e reativa!!!) Com a ação
insidiosa contra civis. Para esses humanistas, a ação contra
Dresden certamente igualou os Aliados aos nazistas... Falei em nazistas?
Ah, sim: os antiisraelenses gostam de comparar as ações
do Hamas, do Hezbollah ou das Farc aos atos heróicos dos que lutaram
contra o nazismo. Ao fazê-lo, não só igualam, então,
os vários “terrorismos” como também os vários
“estados da ordem”. No caso, o nazismo não se distinguiria
dos governo de Israel, da Colômbia ou de qualquer outro estado que
sofra com a ação terrorista.
Só querem a paz
Aqui e ali, leio textos indignados em nome da “paz”. E penso
que o pacifismo pode ser uma coisa muito perigosa. Chamberlain e Daladier,
que assinaram com Hitler o Acordo de Munique, que o digam. Como observou
Churchill, entre a desonra e a guerra, escolheram a desonra e tiveram
a guerra. Argumentos que remetem ao nazismo, sei disto, costumam desmoralizar
um tanto o debate porque apelam sempre a uma situação extrema,
que se considera única, irreproduzível. A questão,
então, é como Israel pode fazer a paz com quem escolheu
o caminho da guerra e só aceita a linguagem das armas e da morte.
O Hamas é o inimigo que mora ao lado — e, com freqüência,
dentro de Israel. Mas há os que estão um pouco mais distantes,
como o Irã por exemplo. O que vocês acham que acontecerá
quando (e se) os aiatolás estiverem prestes a ter uma bomba nuclear?
Em nome da paz, senhores pacifistas, espero que Israel escolha a guerra.
E ele escolherá, fiquem certos, concordem os EUA ou não.
A ação de Israel só fortalece o Hamas
Israel deixou o Sul do Líbano, e o Líbano foi entregue —
sejamos claros — aos xiitas do Hezbollah. Israel deixou a Faixa
de Gaza, e o Hamas expulsou de lá os corruptos moderados da Fatah,
não sem antes fuzilar todos os que foram feitos prisioneiros na
guerra civil palestina. Isso indica um padrão, pouco importa a
vertente religiosa dos sectários. A guerra desastrada contra a
facção xiita no Líbano, muito mais poderosa do que
o inimigo de agora, significou, de fato, uma lição amarga
aos israelenses: se a ação militar não cumpre o propósito
a que se destina, ela, com efeito, só fortalece o inimigo. Na prática,
é o que pedem os que clamam pela suspensão dos ataques à
Faixa de Gaza: querem que Israel dispare contra a sua própria segurança.
O argumento de que os ataques só fortalecem o Hamas porque fazem
do grupo heróis de uma luta de resistência saem, não
por acaso, da boca de intelectuais palestinos ou de esquerda. Cumpre perguntar
se, no status anterior, havia algum sinal de que os palestinos de Gaza
estavam descontentes com os terroristas que os governam. Mais uma vez,
está-se diante de uma leitura curiosa: a única maneiras
de Israel não fortalecer o Hamas seria suportar os foguetes disparados
pelo... Hamas! Como se vê, os argumentos passam pelos mais estranhos
caminhos e todos eles cobram que os israelenses se conforme com os ataques.
A volta a 1948
Aqui e ali, leio que o estado de Israel só é defensável
se devolvido à demarcação definida pela ONU em 1948.
Digamos, só para raciocinar, que se possa anular a história
da região dos últimos 60 anos... Os inimigos do país
considerariam essa condição suficiente para admitir a existência
do estado judeu? A resposta, mesmo diante de uma hipótese improvável,
é “NÃO”. Mesmo as facções ditas
moderadas reivindicam a volta do que chamam “os refugiados”,
que teriam sido “expulsos” de suas terras — terras que,
na maioria das vezes, foram compradas, é bom que se lembre. Tal
reivindicação é só uma maneira oblíqua
de se defender que Israel deixe de ser um estado judeu — e, pois,
que deixe de ser Israel. E isso nos devolve ao começo deste texto.
Aceita-se ou não a existência de um estado judeu? Israel
está muito longe, no curtíssimo prazo, dos perigos que,
com efeito, viveu em 1967 e em 1973. Não obstante, sustento que
nunca correu tanto risco como agora. Desde a sua criação,
jamais se viu tamanha conspiração de fatores que concorrem
contra a sua existência:
- a chamada “causa palestina” foi adotada pela imprensa ocidental
— mesmo a americana, tradicionalmente pró-Israel, mostra-se
um tanto tímida;
- o antiamericanismo, exacerbado pela reação contra a guerra
no Iraque, conseguiu transformar o terrorismo em ação de
resistência;
- os desastres da era Bush transferem para os aliados dos EUA, como Israel,
parte da reação negativa ao governo americano;
- os palestinos dominam todo o ciclo do marketing da morte e se tornaram
os “excluídos” de estimação do pensamento
politicamente correto: o que são 300 mil mortos no Sudão
e 3 milhões de refugiados perto de 500 mortos na Faixa da Gaza,
a maioria deles terroristas do Hamas? A morte de qualquer homem nos diminui,
claro, claro, mas a de alguns homens excita mais a fúria justiceira:
a dos sudaneses não excita ninguém...;
- um estado delinqüente, como é o Irã — que tem
em sua pauta a destruição de Israel —, busca romper
o isolamento internacional aliando-se a inimigos estratégicos dos
EUA;
- a Europa ensaia dividir a cena da hegemonia ocidental com os EUA sem
ter a mesma clareza sobre o que é e o que não é aceitável
no que concerne à segurança de Israel;
- atribui-se ao próprio estado de Israel o fortalecimento dos seus
inimigos, num paradoxo curioso: considera-se que o combate a seus agressores
só os fortalece, ignorando-se o motivo por que, afinal, ele decidiu
combatê-los...
Sim ou não à existência de Israel? Sem essa primeira
resposta, não se pode começar um diálogo. Ou romper
de vez o diálogo. Sem essa resposta, o resto é conversa
mole.
Sobre a dita reação desproporcional
De todas as coisas estúpidas que se podem dizer na censura a Israel,
a maior é a que aponta a chamada “reação desproporcional”.
Então é preciso definir o que é “proporcionalidade”.
O que deveria fazer um estado organizado? Jogar alguns foguetes em Gaza?
Dada a densidade demográfica da região, um único
mataria certamente mais palestinos do que todos aqueles disparados pelo
Hamas contra Israel, fazendo quatro vítimas. A guerra viraria uma
espécie de jogo de salão. E Israel seria sempre um caudatário
das escolhas dos terroristas. E o mundo, incluindo o Brasil, ficaria em
silêncio. Quatro mortos aqui? Quatro lá. Cinco aqui? Cinco
lá. O estado agredido ficaria sempre à espera do recrudescimento
da ação do adversário. Bem, há uma lógica
implícita aí, não? Adivinhem quem morreria primeiro.
Não fosse o veto dos EUA, a ONU teria emitido uma resolução
cobrando de Israel a imediata suspensão da ação militar.
O texto, acreditem, não fazia menção aos foguetes
disparados cotidianamente pelo Hamas. Nessas circunstâncias, parece
que os críticos da chamada “reação desproporcional”
censuram menos os quase 500 mortos da Faixa de Gaza do que os poucos mortos
do lado Israelense. Para essa gente — incluindo o governo brasileiro
—, uma guerra justa precisa ter mais judeus mortos do que os havidos
até agora. Mais ainda: censuráveis parecem ser a competência
de Israel para se defender e a incompetência do Hamas para atacar.
Na prática, pedem que Israel permita primeiro que seu inimigo cresça
o bastante para poder matar com mais eficiência. E tudo seria ético
e justo.
Quimioterapia em Gaza
Jornalista Osias Wurman
O terror é como um câncer social. Como tal, deve ser tratado
da mesma forma que a doença: terapia radical com os indesejáveis
efeitos colaterais. O objetivo principal é salvar o paciente, mesmo
que, durante o tratamento, tenha que sofrer perdas físicas, algumas
definitivas e mutilantes.
No caso do ataque de Israel contra o Hamas, muitos tem falado em desproporcionalidade,
mas cabe esclarecer : 1- O Estado Soberano de Israel está respondendo,
em apenas uma semana, aos 8 anos de ataques de foguetes do Hamas contra
sua população civil, num desrespeito à sua soberania,
fato que não seria tolerado por nenhum dos governos que criticam
atualmente o Estado de Israel.
2- Para sermos justos, temos que considerar o número acumulado
de baixas israelenses neste período, além dos danos morais
a sua população atingida. Não podemos ignorar que
crianças de 12 anos, que sofreram choque na explosão dos
foguetes Qassam, urinam à noite na cama e recusam-se a ir à
escola. São muitas as pessoas que necessitaram de tratamento psiquiátrico
para tentar voltar ao normal.
3- Vale lembrar que Ariel Sharon retirou, em 2005, todos os 7.500 colonos
que habitavam em Gaza e cerca de 20 mil soldados israelenses. Em resposta,
Israel recebeu foguetes e ataques terroristas em seu território,
inclusive com o seqüestro do soldado Gilad Shalit, preso há
cerca de 900 dias em cativeiro. O DNA do corpo terrorista do Hamas é
o mesmo dos que atacaram as Torres Gêmeas em Manhattan, os trens
em Madrid, o metrô em Londres, e mais recentemente, a cidade de
Bombaim na Índia. Assim como na quimioterapia, matam-se células
sadias para alcançar as malignas. No final, quando bem sucedido
o tratamento, salva-se o mais importante de tudo : a vida da vítima.
No caso de Gaza, muitas mortes deploráveis, mas para salvar o corpo
e a alma de todo o povo palestino. |
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O mundo do terror que Israel está enfrentando não é
apenas físico mas ocorre, principalmente, em duas áreas
distintas: a da psicologia e a da educação, que estão
intimamente ligadas. Em um mundo pluralista, com raízes, cultura
e interesses próprios, cada opinião é emitida de
acordo com valores prévios, informações convenientes
e modismos efêmeros. O desafio está em explicar o diferente;
em conciliar com o desconhecido; em negociar com o estranho.
Mas quando lidamos com o mundo gago, repetitivo, que fala em genocídio
e desproporcionalidade, de maneira tão constante quanto hipócrita;
tão convincente quanto cínica, e que reluta em ouvir as
palavras paz e justiça, ele se transforma no mundo surdo, mais
pela inércia e pelo desconhecimento, do que pela deturpação
proposital da inegável racionalidade. Que apelida o terrorismo
de resistência, e qualifica a morte como bênção
divina. É o verdadeiro mundo míope. Vencer a guerra é
conseguir fazer com que o mundo da paz acorde o mundo consciente e, juntos,
eliminem o mundo irracional.
Mundo míope: educação para o terror
Alguns questionamentos sobre o conflito
Com quem Israel deve negociar a paz? Com o Hamas... que não reconhece
a sua existência, ou com o Irã, que quer “apagá-lo
do mapa” ? Você já presenciou uma negociação
do presidente Lula com narcotraficantes de alta periculosidade no Palácio
do Planalto? Enquanto representantes brasileiros tentam "importar"
a guerra para o mundo pacífico, o diplomata brasileiro Sergio Vieira
de Melo é explodido em um atentado com um caminhão-bomba
islamita na embaixada da ONU e outro brasileiro, o engenheiro João
José Vasconcelos, foi sequestrado e assassinado covardemente pelos
êmulos do Hamas - apenas para citar dois exemplos recentes. O justo
seria terrorismo de estado ou terrorismo contra estados legitimamente
constituídos, como o Brasil e Israel?
Por que o mundo não apela para que a Espanha dialogue com o ETA,
a Colômbia com as FARC, a Turquia com o PKK curdo, os EUA com Bin
Laden...
Em quem Israel deve confiar?
No Hamas, que ainda não cumpriu o acordo feito sob as bênçãos
da ONU para devolver o soldado Gilad Shalit, sequestrado há mais
de dois anos na fronteira com Gaza?
Ou no Hamas que, durante os seis meses do cessar-fogo, continuou disparando
milhares de foguetes contra cidades israelenses, leia-se civis, e que
não aceitou prorrogar a trégua?
Ou no Hamas, que nunca teve piedade ao explodir restaurantes e ônibus
lotados em Tel-Aviv, Haifa e Jerusalém e que também é
inimigo de inocentes cidadãos palestinos e dos árabes moderados
- que são impingidos a não concretizar a paz com Israel
?
Interesses eleitorais na guerra? O que os dirigentes de um país
de bom senso devem fazer quando cerca de um milhão de cidadãos
estão diariamente, há vários anos, sob a mira de
milhares de foguetes? Quais são os interesses eleitorais que podem
existir quando o governo e a oposição estão em consenso
quanto à importância de silenciar o terror imediatamente?
Quando o mundo vai perceber que, quando se trata de Israel, a única
política que vigora é a preservação do único
Estado Judeu, aprovado pela ONU há apenas 60 anos? Como dizia David
Ben Gurion, “Israel pode ganhar 50 guerras e nada acontecerá
a seus inimigos. Mas, perdendo uma, esta será a última”.
Interesses comerciais com a guerra?
Israel gasta US$ 560 milhões por semana com o conflito. E perde
outros milhões com o turismo. Outros milhões com a segurança.
E tudo isto em plena crise financeira internacional... Mais: Israel perde
vidas, o que é para ele é inconcebível. Por outro
lado, a indústria do terror produz uma infinidade de mártires,
ganha milhares de adeptos com o pseudo-marketing, mobiliza bilhões
de dólares em todo o mundo, enche o bolso de líderes corruptos...
Um Holocausto?
Só se for de críticas orquestradas contra Israel. Será
que, ao realizar experiências mórbidas e exterminar milhões
de inocentes, apenas para criar a suposta “raça pura”,
a Alemanha nazista realmente estava apenas se defendendo - como Israel
faz hoje? Você soube de algum judeu que lançou um foguete
sequer contra cidades alemãs antes, durante ou depois da ascensão
do nazismo? Conheceu algum judeu que, algum dia, declarou que tinha como
objetivo exterminar todo o povo alemão? Ou que pretendia doutrinar
as crianças judias para terem ódio mortal e eterno dos alemães?
Ou que atacou algum alemão em qualquer lugar do mundo? Alemão
é diferente de nazista!
Por que, quando se fala de palestinos, a mídia não distingue
claramente cidadãos inocentes de terroristas sanguinários,
mas fala sempre em “causa palestina”? A “causa”
é um legítimo Estado seguro e em paz, ou é a constante
matança gratuita, ordenada por seus líderes, e ainda não
condenada pelo mundo, com o único propósito de eliminar
Israel? Palestino é diferente de terrorista!
"O bom Deus, que limitou a inteligência humana, bem que poderia
ter limitado também a estupidez"
Konrad Adenauer, ex-primeiro-ministro alemão.
Quanto tempo os judeus tiveram que esperar para o mundo dito civilizado
se mobilizar durante a II Guerra Mundial?
O tempo necessário para exterminarem 6 milhões de inocentes
vidas judaicas. É “proporcional” esperar de novo este
tempo? É “proporcional” que civis israelenses esperem
ainda quanto tempo para que os foguetes que hoje atingem suas casas acertem
seu coração - apenas para o jogo terminar empatado ? É
“proporcional” que o Exército israelense invista bilhões
em armamentos de precisão cirúrgica e avise previamente
sobre os ataques que vai realizar, tentando com isto evitar a morte de
civis palestinos, enquanto os sádicos terroristas aproveitam estas
mesmas informações para enfileirar propositadamente inocentes
na frente dos canhões, guardar bombas em quartos de hospitais,
armamentos em mesquitas e granadas em cheches? É “proporcional”
que Israel eduque seus filhos para o futuro, enquanto os terroristas construam
o futuro de mais uma geração... de suicidas?
Você sabia que 10 mil projéteis foram lançados pelo
Hamas contra cidades israelenses desde 2001? E que, desses, 6,5 mil foram
disparados depois de Israel ter saído totalmente da Faixa de Gaza,
em 2005, na esperança de obter a paz ? Como crescerão as
crianças israelenses que, sob tensão, tiveram que aprender
a usar pagers para serem alertados várias vezes por dia sobre um
iminente ataque de foguetes? Quanto tempo ainda milhares de civis israelenses,
muitos dos quais bebês e idosos, vão correr apavorados para
tentar chegar em 15 segundos aos bunkers e rezar por sua sobrevivência
? Quantos civis israelenses serão obrigados a abdicar do trabalho,
do estudo, do lazer, da normalidade do dia-a-dia para poderem ser chamados
pela mídia de vítimas, pelo menos esporadicamente, ao invés
de serem os permanentes vilões? Israel deve aceitar quantas mortes
e sequestros de civis para começar a reagir? E quantos foguetes
devem cair, mesmo sem vítimas fatais, para ser o momento de se
manifestar... com justiça?
Por que até agora nenhum país que critica Israel abriu suas
portas para acolher, com todo carinho, estes “indefesos” terroristas?
Alô, Hugo Chavez!
Por que o Egito, quando assinou o tratado de paz com Israel, não
aceitou o território de Gaza como parte do acordo?
Por que os palestinos não aceitaram a oferta de Israel de um Estado
independente, com o controle total de Gaza, proposto por Ehud Barak a
Yasser Arafat?
Por que o mundo custa tanto a admitir que Israel não inicia guerras,
mas mesmo assim está sempre disposto a negociar e a ceder –
como fez com o Egito e com os próprios palestinos liderados por
Arafat?
Por que o mundo não contabilizou diariamente quantos civis palestinos
e membros do oposicionista Fatah foram torturados e assassinados brutalmente
quando o Hamas assumiu o poder em Gaza? E quantos membros do Hamas - acusados
de traição - são assassinados ainda hoje pelos seus
próprios companheiros, sem a contagem aritmética pela mídia?
O que o Hamas faz com os milhões de dólares despejados em
Gaza, já que sua população não possui condições
mínimas de sobrevivência? Adquire mais e mais armamentos
e premia as famílias dos homens-bomba?
Quando a mídia vai perceber que jornalismo se faz imparcialmente,
deixando as opiniões para o editorial?
Por que os "humanistas" de plantão, especialistas em
diabolizar Israel, que surgem como técnicos de futebol em ano de
Copa do Mundo, e políticos em época de eleições,
não alertam para as “areias movediças” do mundo
selvagem, como a divulgação de fotos deturpadas, informações
manipuladas e declarações teatralizadas ? Você sabia,
por exemplo, que o canal France 2 divulgou mortes que aconteceram no dia
05 de Janeiro de 2009, teoricamente provocadas pelo Exército de
Israel, quando, comprovadamente, elas ocorreram no dia 23 de setembro
de 2005, como resultado da explosão acidental de um caminhão
que transportava armamentos do Hamas? A France 2 admitiu que foi enganada
pela propaganda palestina... Você se lembra da morte da menina Huda
Ghaliya - que na mídia foi atingida por Israel e na realidade por
armas terroristas?
Quantas gerações serão necessárias para os
palestinos entenderem a histórica frase de Golda Meir: "Não
odeio os árabes por tentarem matar nossas crianças; os odeio
por nos fazer matar suas crianças. Não haverá paz
com os árabes enquanto eles nos odiarem mais do que amam suas crianças".
Quando o Irã e o Hamas vão implementar algo parecido com
a declaração de independência de Israel, que desde
1948 é taxativa: “Nós estendemos a mão da amizade,
da paz e da boa vizinhança a todos os Estados que nos avizinham
e a seus povos”. E quando alguém vai passar uma borracha
na frase “Israel continuará existindo até que o Islã
o apague”, que consta em letras maiúsculas no “Pacto
do Hamas” desde a sua criação?
Quando a ONU vai entender que Israel é um país a ela filiado
e o Hamas um dos grupos que aterrorizam a ordem mundial?
Será que a ONU tem tamanha ingenuidade a ponto de acreditar que
o terrorismo contra Israel é tão somente por um pedaço
no mapa mundi? Será que ela realmente não percebe que, por
trás de tudo isto, há o doentio e incontrolável desejo
de eliminar o único Estado Judeu, custe o que custar, e a intenção
de criar mais uma fanática e opressora República Islâmica?
Até quando a ONU vai fingir que não ouve as ameaças,
verbais e expressas, neste sentido, feitas diariamente pelo Irã
e pelo Hamas? Quando o mundo vai repreender de fato este terror psicológico,
e físico, com eficazes sanções comerciais, diplomáticas
etc? Quando vai proibir que poderosos armamentos bélicos sejam
contrabandeados por seus filiados a grupos considerados terroristas? Quando
vai publicar uma resolução para que o Sudão interrompa
imediatamente a carnificina que já matou 300 mil cristãos,
que dê um basta à tirania assassina de Ruanda e encerre de
vez com os conflitos entre as 300 tribos que se entredevoram na muçulmana
Somália? Enfim, quando vai transformar propostas inócuas
e paliativas em uma solução de paz definitiva?
Quantas vezes a ONU criticou publicamente ataques antissemitas que vem
ocorrendo há décadas contra entidades judaicas em vários
países – muito antes do atual conflito ? Ou será que
Israel será sempre declarado culpado pelo simples fato de existir
e isto autoriza/justifica pichações, incêndios e é,
por si só, um sinal verde para aterrorizar e matar judeus em sinagogas
e cemitérios no mundo inteiro? A “Noite dos Cristais”
começou assim...
Por que a ONU não reconhece publicamente que o Hamas está
cometendo três crimes simultaneamente: disparando foguetes contra
alvos civis, utilizando sua população como escudo e pregando
a destruição de um país membro de sua própria
entidade?
O mundo da inteligência precisa encontrar urgentemente o mundo da
ação – e da conciliação. Que o mundo
da paz possa comemorar algum acordo definitivo no Oriente Médio
e que as palavras “Shalom” e “Salam” sejam realmente
sinônimas de harmonia, convivência e civilidade no mundo do
futuro.
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