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Um
dos últimos grandes desastres naturais ocorridos no planeta - o
terremoto que atingiu o Paquistão, a Índia e o Afeganistão,
em outubro de 2005 – tornou mais visível a postura humanitária
de Israel que vem se repetindo ao longo dos anos, em casos semelhantes.
Pondo de lado divergências ideológicas, pontos de vista antagônicos
e ausência de laços diplomáticos legais, o governo
de Israel, em poucas horas, se organiza e mobiliza equipes especiais de
resgate, equipamentos, material cirúrgico, suprimentos e grupos
de ajuda para atender as nações castigadas pela tragédia.
Israel oferece, principalmente, sua experiência em lidar com situações
de risco e uma tecnologia avançada no socorro às vítimas
inocentes, a maioria delas, crianças, mulheres e idosos.
Quando a vida está por um fio,
a única política é o socorro imediato
O caso do Paquistão é ilustrativo.
O país, com a segunda maior população muçulmana
do mundo, não mantém relações diplomáticas
com Israel, mas logo que ocorreu a tragédia, o ministro do Exterior,
Silvan Shalom, enviou documento oficial ao ministro paquistanês,
Khurshid M. Kasuri, oferecendo “toda a ajuda possível”,
dada a larga experiência israelense em lidar com desastres e situações
de difícil resgate. Passados seis dias, o jornal paquistanês
Daily Times noticiou que o governo daquele país aceitaria o oferecimento
de Israel, mas de forma indireta e não oficial, através
da ONU, da Cruz Vermelha Internacional ou de um Fundo de Ajuda. Confirmando
a notícia, o Paquistão enviou uma lista a Jerusalém,
destacando os itens mais necessários para o atendimento às
vítimas: remédios, barracas, sacos plásticos, colchões,
cobertores, alimentos não perecíveis, água potável,
estojos de primeiros socorros e material para cirurgias. Diante do fato,
o presidente da Organização Sionista norte-americana (ZOA),
Morton Klein, expressou a sua indignação, considerando-se
- particularmente como judeu - “embaraçado e humilhado”
pela atitude do Paquistão em recusar a ajuda oficial de Israel.
Já o porta-voz do consulado israelense em Los Angeles, Gilad Millo,
resumiu, de forma clara e precisa, a posição humanitária
de Israel, independente de governos e governantes: “Quando acontece
um desastre desse porte nós só pensamos, em primeiro lugar,
em salvar vidas”. E lembrou que Israel está sempre entre
os primeiros países a oferecer ajuda aos povos assolados pela tragédia,
pouco importando a coloração política, credos e localização
geográfica.
A Indonésia é outro exemplo. Em dezembro de 2004, o país
com a maior população muçulmana do planeta foi atingido
por um terrível maremoto que produziu cenas de terror, mortes e
um estrago monumental. Apesar de não manter relações
diplomáticas formais, Israel logo se pronunciou e despachou socorro
às áreas afetadas pelo tsunami. O país recebeu 75
toneladas de suprimentos e remédios. Para o Sri Lanka, Israel enviou
médicos do Departamento de Cirurgia e Traumatologia do Hospital
Hadassah, de Jerusalém, e equipes do Maguen David Adom, o serviço
médico de emergência de Israel. Dias depois, um avião
da Força Aérea de Israel decolou com mais de 82 toneladas
de alimentos, remédios, água mineral, geradores elétricos,
barracas e cobertores a serem doados às vítimas.
Também a Tailândia e a Índia,
atingidas pelo tsunami, receberam toneladas de suprimentos e foram atendidas
por missões israelenses de busca e salvamento. O mesmo procedimento
foi adotado por Israel, em 1999, frente aos dois terremotos que devastaram
cidades da Turquia – país com população predominantemente
muçulmana. Lá, em apenas uma intervenção,
as equipes israelenses resgataram 12 sobreviventes e 140 corpos.
Israel está sempre entre os primeiros
países a oferecer ajuda aos povos assolados pela tragédia,
pouco importando a coloração política, credos e localização
geográficaO representante da organização judaica
norte-americana American Jewish Joint Distribution Committee (JOINT),
Ami Bergman, que acompanhou os trabalhos na Turquia, ficou impressionado
com a atuação dos israelenses: “Eles são os
mais organizados e têm a melhor tecnologia. E o mais importante
é que não desistem até a última pedra ser
removida”.
Especialistas em socorro internacional são unânimes em afirmar
que as equipes de resgate de Israel são preparadas, de modo especial,
a atender situações extremas em áreas de destruição.
Por força de sua experiência em atentados terroristas à
bomba, Israel desenvolveu uma avançada tecnologia para a retirada
cuidadosa das vítimas dos escombros, sem a utilização
de máquinas pesadas e tratores que são usados normalmente.
Desde 1953 – quando pela primeira vez Israel enviou pessoal da Marinha
para ajudar a Grécia, abalada por um grave terremoto – o
grupo especial de salvamento israelense já participou de cerca
de 3 mil operações de busca e resgate, tanto em Israel como
em vários países do mundo. No continente americano, Israel
enviou equipes médicas e suprimentos para o México - quando
do terremoto de 1985 - tendo o mesmo procedimento com Honduras, Nicarágua,
Guatemala e El Salvador, em 1998, logo depois da passagem do furacão
Mitch. Em 1999, a Colômbia foi sacudida por um forte terremoto e
Israel imediatamente despachou uma grande quantidade de remédios,
alimentos e leite especial para bebês. Em 2001, quando El Salvador
foi novamente abalado pela tragédia de um terremoto, o Ministério
do Exterior de Israel enviou estoques de remédios e equipe médica
para socorrer às vítimas. À época, o representante
de Israel na ONU, Yehuda Lancry, disse que a ajuda a El Salvador refletia
uma longa história de parcerias, cooperação e amizade
entre as duas nações. Lembrou que El Salvador foi um dos
poucos países do mundo que efetivamente tentou salvar os judeus
europeus ameaçados pelo nazismo alemão. Destacou também
a disposição, a experiência e a tradição
humanitária de Israel de oferecer socorro emergencial a qualquer
país do mundo assolado por desastres da natureza.
Ainda em 2001, um terremoto atingiu o oeste da Índia e outra vez
Israel enviou uma missão de socorro com equipes médicas,
material cirúrgico e grupos de enfermagem, totalizando 150 profissionais.
Cinco aviões da Força Aérea de Israel partiram para
o local transportando equipamentos e até um mini-hospital. Em dois
dias, mais de 200 pessoas foram socorridas.
Em relação ao Irã, logo após o terremoto que
matou 30 mil pessoas, em 2003, Israel também ofereceu ajuda oficial
e o envio de pessoal, remédios e equipamentos. Mas, as autoridades
iranianas rejeitaram o oferecimento por razões políticas
e ideológicas. Mesmo assim, o presidente de Israel, Moshe Katsav
(nascido no Irã, em 1945), conclamou a população
israelense a ajudar as vítimas iranianas com donativos individuais
ou através de organismos internacionais.
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