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Phuket,
Tailândia – terça-feira, 28 de dezembro, 2004
Os representantes de Chabad-Lubavitch, a única agência judaica
de serviço na Tailândia, com centros em Bangcoc, Chang Mai
e Ko Samui, e Chabad de Bombaim, na Índia, têm trabalhado
incessantemente após o desastre do tsunami que matou mais de 100.000
pessoas.
Segundo Rabi Nechemia Wilhelm, o representante de Chabad em Bangcoc que
voou para Phuket e as ilhas afetadas a pedido do Ministro do Exterior
de Israel, "é uma tarefa difícil procurar e identificar
os corpos, dos quais muitos foram desfigurados impedindo o reconhecimento,
após permanecerem na água por três dias."
Lubavitch.com conseguiu contactar Rabi Wilhelm no seu celular às
3 horas da madrugada, horário local, enquanto ele estava fazendo
seu horripilante trabalho, ainda sem dormir desde sua chegada na segunda-feira
pela manhã.
Há pânico, sofrimento e confusão, em meio a terrível
destruição e chamados frenéticos de Israel e outros
países, de parentes tentando localizar seus entes queridos. Segundo
Rabi Yossef Kantor, diretor do Chabad-Lubavitch na Tailândia, centenas
de judeus procuraram o Beit Chabad em busca de algum tipo de ajuda, e
Chabad reteve doze estudantes rabínicos que estariam deixando a
região no domingo, para ajudarem nos esforços iniciais que
incluíam fornecimento de comida, alojamento, localizar amigos e
parentes. Embora seja difícil precisar o número exato de
judeus na região, Rabi Kantor estima que cerca de 100.000 judeus
visitem a Tailândia durante o ano. "Temos esperanças
de que as pessoas ainda não encontradas estejam vivas" –
diz ele, explicando que muitos turistas, a maioria jovens, checam com
Chabad sobre recados de suas famílias apenas esporadicamente, e
muitos podem estar em áreas não afetadas. "Talvez eles
nem saibam o quanto as famílias se encontram aflitas, aguardando
notícias" – diz ele, acrescentando que em muitas áreas
o acesso aos telefones também tem sido um problema.
Além de procurar e identificar judeus desaparecidos, os representantes
de Chabad têm trabalhado para evacuar pessoas que precisam de hospitalização
para cidades onde possam receber melhores cuidados. Até agora,
diz Rabi Wilhelm, após procurar centenas de vítimas, foram
feitas identificações positivas em cinco judeus de outros
países. Rabi Wilhelm tem trabalhado em conjunto com diversos ministros
do exterior, incluindo Israel, África do Sul e Bélgica,
para organizar o retorno dos corpos às famílias, de acordo
com a tradição judaica.
"No momento, ainda estamos no processo de tentar localizar os desaparecidos
e administrar socorro imediato e aconselhamento" – diz Rabi
Kantor, falando para lubavitch.com às 2 horas da madrugada, horário
local. "Precisamos de toda a ajuda financeira que for possível
conseguir" – diz ele. |