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""Meu filho
nunca está feliz. Damos a ele tudo que você possa imaginar.
Isso o mantém contente por uns dois dias e então ele deseja
algo mais" – disse-me uma mãe. "Digo para o meu
filho: ‘Quando eu tinha a sua idade não possuía nenhuma
das coisas que você tem agora, e no entanto, era muito mais feliz."
Talvez – diverti-me dando esta resposta – estejamos tão
ocupados dando aos filhos aquilo que não tivemos, que neste processo
esquecemos de lhes dar também o que tivemos.
Algumas crianças atualmente estão sendo abastecidas com
um exagero de coisas por parte dos pais: patins, patinetes, celulares,
lap tops, e assim por diante.
No livro do Dr. Daniel J. Kindlon intitulado, Too Much Of A Good Thing
ele questiona se o fato de darmos aos nossos filhos tudo que desejam resultará
neles se tornando adultos felizes com uma auto-estima positiva. Ele escreve:
"O pai de classe média geralmente dá uma abundância
de coisas boas por um lado, mas pelo outro passa uma quantidade limitada
de tempo em casa com os filhos."
Um sábio disse certa vez: "Se investíssemos em nossos
filhos a metade do dinheiro e o dobro do tempo que gastamos, eles estariam
muito melhores."
Permitir que um filho receba tudo que quiser com o simples estalar de
um dedo não é prepará-lo para lidar com os desafios
que a vida lhe trará. A vida real se desenvolve de tal maneira
que somente quando empregamos nosso trabalho nas estações
de plantio e arado receberemos uma colheita abundante. A falta de chuva
ou alguma outra circunstância imprevista pode trazer desapontamento
mesmo depois de todo o esforço e trabalho.
Alguns pais amam tanto os filhos que quando são chamados à
escola para serem informados que o filho receberá um castigo por
mau comportamento, tentam persuadir a escola a aliviar a punição.
Eles pensam que estão fazendo um favor à criança,
criando um atalho onde ela não precise arcar com as conseqüências
de seu comportamento.
A pesquisa do Dr. Kindlon demonstra que mais da metade dos jovens criados
em famílias ricas, em que os pais fazem tudo para eles, não
são felizes. A quarta parte deles declarou já ter pensado
seriamente em suicídio, que D’us não o permita.
Dr. Kindlon acredita que quando os pais dão somente o melhor para
seus filhos, podem conseguir resultados opostos. Dar brinquedos demais
para a criança, dinheiro e outros luxos em abundância não
compensa pela falta de tempo e interesse que o pai que trabalha, sempre
ocupado, dá aos filhos.
As coisas mais importantes que um pai pode dar aos filhos são tempo,
atenção, carinho e limites.
Dar tempo significa que mostramos verdadeiro interesse naquilo que está
ocorrendo na vida da criança. Eles devem ver e sentir que estamos
fazendo um esforço para nos aproximarmos do mundo deles. Até
mesmo uma hora por semana pode ocasionar uma mudança dramática
no relacionamento.
As pesquisas mostram que filhos que foram criados com limites muito claros
e cujos pais lhes devotam tempo, atenção e carinho, têm
menos probabilidade de sofrerem de distúrbios alimentares ou exposição
a drogas.
Tente – funciona!
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