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As eleições estão chegando. Todos
estão voltados para esta missão tão difícil
de "escolher" um candidato que possa trazer benefícios
concretos ao povo sempre esperançoso de um futuro melhor para a
cidade, o estado, o país em que vivemos.
O problema é que após eleito, as promessas quase sempre
tornam-se produto esquecido ou arquivado para "mais tarde",
e o que era prioridade vira algo secundário.
Mas por que os políticos (na maioria) ao chegar lá não
cumprem com a ordem nem o progresso esperados e prometidos para todos
nós?
A razão simples: em grande parte, não se conscientizam de
que foram escolhidos para um compromisso básico e responsável
– dirigir e expandir melhorias em todos os âmbitos possíveis
e desejáveis: saúde, educação, social, econômico,
etc. Para isto foram eleitos. Mas uma vez no cargo, mudam a ordem das
prioridades ou as datas das metas a serem atingidas.
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O povo judeu é conhecido como "o povo eleito". Sem campanhas,
nem urnas eletrônicas, na verdade foi eleito por um único
voto, direto, mas de grande peso, como está escrito em nossas preces:
"Tu nos escolheste entre todos os povos."
No entanto, não basta somente nos orgulharmos desta "candidatura"
e nos acomodar em nosso posto. É necessário mais do que
isto: conscientizarmo-nos de que fomos eleitos para uma tarefa de suma
importância, possível de ser concretizada somente através
do cumprimento da Torá e de seus preceitos. Com isto seremos verdadeiramente
a "luz para os olhos das nações" e merecedores
da escolha.
Jamais perdemos de vista nosso compromisso "Nassê Ve Nishmá",
"Faremos e [só então] entenderemos" , firmado
sem campanhas, no "grande palanque" – o Monte Sinai –
no momento da outorga da Torá, testemunhada pela humanidade. Nossas
metas são eternas e garantiram nossa própria continuidade
no "cargo". Títulos são para quem carece deles.
Ficamos com as ações, pois elas tornam-se grandiosas, maiores
que qualquer título que se possa almejar.
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