Educação judaica: Opção ou obrigação?

 
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As escolas recebem muitas reclamações exigindo melhores oportunidades, facilidades e programas educacionais para seus estudantes. Os pais esperam das escolas ginásios modernamente equipados, laboratórios de pesquisas, sistemas internos com redes de computadores conectados em rede para desenvolver e aplicar programas com as mais modernas técnicas e novidades neste campo ilimitado.


Devemos olhar para dentro de nós mesmos antes de buscarmos soluções externas, e fortificar nossos próprios recursos e instituições educacionais.

Parece que os educadores modernos tentam encontrar um método ideal de leitura e aprendizagem. Professores nos aconselham a dar para nossas crianças "preparo em todos os níveis" e, em consequência, motivação no aprendizado para alcançar diversidade de modos, descobrir palavras novas e utilizar qualquer técnica que funcione.

Não é preciso mencionar a importância de tornar a leitura fascinante e agradável; certamente devemos também ensinar nossas crianças a somar e a multiplicar com eficiência e compreensão. Entretanto, é vital avaliarmos esses programas à luz da Torá.

Por milhares de anos, nós judeus seguimos um sistema educacional universal com inigualável disposição, por meio de programas motivadores. Nosso garotinho apanha e beija o Sidur e o Chumash tão logo é capaz de segurá-los. Ele observa com admiração o pai rezando; alegra-se quando é levantado para beijar a mezuzá, ou corre para beijar o Sêfer Torá na sinagoga. Sacode o Lulav, aprende o Alêf-Bet, alfabeto hebraico, cantando, observa as velas de Shabat brilhando em seu lar e guarda estas imagens para sempre, que vão bem além do reflexo em suas retinas.

A prontidão para todos os níveis vem da própria criança, do seu desenvolvimento. No seu terceiro aniversário, seu cabelo é cortado, recebe o tsitsit (indumentária especial que possui quatro pontas, com franjas), é envolto num talit (xale de orações) e levado ao Chêder (escola especial onde a criança é iniciada no estudo de Torá). As crianças dançam e cantam à sua volta. Doces e bolos chovem sobre ele. Como é doce a Torá; cada letra é mergulhada no mel para que ele a olhe, leia e prove! Seu pai e os rabinos ensinam-lhe com carinho e amor. Quando o menininho vê seus mestres rezando com fé e devoção, sua pequena alma deseja unir-se a eles. O exemplo é dado.

Seus valores e atitudes são certamente apropriados. Sua mente se desenvolve através do estudo da Torá que exige disciplina intelectual e capacidade de concentração, tão vitais a qualquer aprendizado. Seus horizontes são alargados pelo Talmud, o mais elevado nível do pensamento.

Devemos olhar para dentro de nós mesmos antes de buscarmos soluções externas, e fortificar nossos próprios recursos e instituições educacionais. Assim como é grande a responsabilidade na profissão de Chinuch, é ainda maior a realização e satisfação quando se obtém êxito.

Em educação, sempre estamos evoluindo: novas tecnologias, novas descobertas, estudos e dinamismos. Não devemos estar preocupados, entretanto, somente com a informação dos alunos, mas muito mais focados na formação do caráter que irá moldar a alma de cada um e uma.

Este é o passo essencial para o sucesso em Chinuch.

   
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