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  Dinamarqueses, muçulmanos, e… os Judeus?  
  Por Yaakov Paley
 

Há muitos muçulmanos atualmente ultrajados por aquilo que entendem como uma afronta à sua religião. Tumultos e violência estão ocorrendo em todo o globo; embaixadas foram incendiadas, bases militares atacadas, e uma abundância de comportamento anti-social está sendo exibido.

Contra quem esta fúria é dirigida? Contra os editores de diversas publicações da mídia que imprimiram doze charges duvidosas; estes jornais foram impressos em países da Europa, seja por cristãos ou ateus.

Então vem a grande pergunta: O que tudo isso tem a ver com os judeus?


O que tudo isso tem a ver com os judeus?
Nada? Então por que os jornais islâmicos estão retaliando, proclamando num irromper de fúria que o tema para suas charges de vingança serão dirigidas contra… os judeus? Em que parte nós entramos na história?

Nada? Então por que os jornais islâmicos estão retaliando contra o "ataque" à sua religião, proclamando num irromper de fúria que o tema para suas charges de vingança serão dirigidas contra… os judeus? Em que parte nós entramos na história?

Desde os tempos antigos até o moderno, o povo judeu sempre deu um jeito de estar na mente das nações mais poderosas. Apesar de suas repetidas tentativas de se fazerem discretos, implorando para viverem uma vida comedida e pacífica, os judeus sempre estiveram nas manchetes. Desde a Idade das Trevas até a Era Tecno, este ingrediente essencial em nosso planeta simplesmente persiste.

Temos uma palavra para isso. Quando algo ocorre repetidamente em nosso mundo – seja um padrão climático específico, um hábito migratório do golfinho ou o comportamento humano – é chamado de "natureza". Consideramos isso uma ocorrência natural, parte integrante das obras do nosso insondável universo. Quando uma coisa dessas deixa de acontecer, é considerada "não-natural".

Aparentemente, o fenômeno "judeus-nas-manchetes" é uma força da natureza.

Isso não escapou à atenção do próprio povo judeu, e com freqüência é o fator por trás da desafortunada auto-negação, supressão ou rendição. Da mesma forma, não escapou à atenção dos outros países desse planeta, e a intervalos regulares, motiva um rei ou nação a tentar nos remover do mundo "deles".

Mas como a natureza é natureza, foi planejada e é preservada pelo Criador, não pelo homem. Ele decidiu criar uma "Nação Escolhida", e da mesma forma arranja os assuntos para nos manter nas manchetes – seja para o bem ou para o mal.

Por quê? Por causa da nossa natureza e função essenciais. O único motivo para ter o trabalho de selecionar um povo específico – e um povo pequeno e rebelde – é se eles têm um propósito a cumprir e uma tarefa a desempenhar. O povo judeu foi encarregado de ser um farol para as águas traiçoeiras nas quais a humanidade muitas vezes se espoja. As nações são feitas para olharem persistentemente em nossa direção. Como algo natural. No entanto, um farol somente é útil se seus guardiães realmente cuidam do edifício e mantém um farol constantemente aceso. Para isso, D'us nos deu a luz – a Sua luz, a Torá. Somos meros guardiães, e não ousamos alegar que a luz é apenas nossa.

Então, o que tem a reação das charges dinamarquesas anti-islâmicas a ver com os judeus?

Por um lado, é puro e cruel anti-semitismo. Porém ao mesmo tempo, é natural que nações se voltem contra nós, seja ao criarem uma religião ou quando procuram um bode expiatório. Quando o Criador teceu a tapeçaria da natureza, o fez de tal modo que todos os olhos nos observam, independentemente de sua percepção deste motivo interior.

O restante disso tudo cabe a nós: guiar nossos vizinhos neste planeta com a iluminação que D'us deu também a eles: as Sete Leis de Nôach, como são transmitidas pela Torá. E isso é do interesse de todos nós – tanto navios como faróis – que nossa luz brilhe firme e constante. Não é incomum para um farol cuja luz é negligenciada, que o mesmo navio que deveria ser ajudado colida no próprio edifício, assim danificando as duas partes…

Às vezes, somos guardiães que se esqueceram do farol acima da torre, e em vez disso ficam procurando vagalumes lá fora. Nestas horas, devemos redescobrir a escadaria que leva ao topo do nosso farol e as instruções para acendermos sua luz.

Cada degrau nessa direção, não importa quão pequeno seja, prepara nosso mundo para a era em que nenhuma nação provocará outra, pois a Divina luz brilhará forte para todos navegarem no mar calmo da vida, com conforto e segurança.

     
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