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O Presidente do
Irã drealizou uma série de visitas a quatro países
latino-americanos. Venezuela, Cuba, Equador e Nicarágua recebendo-o
num momento de tensão no Oriente Médio e no mundo. As constantes
ameaças contra Israel, o avanço do programa nuclear e os
testes com mísseis de curto e longo alcances são algumas
das preocupações que recaem sobre o Irã diante da
Comunidade Internacional.
Mas o que o iraniano busca tão longe de seu país? Isolado
no mundo após um sequente distanciamento de países outrora
próximos, ele está desesperado por novos “amigos”.
Seguramente não é esperado que ele traga uma mensagem de
paz, uma contribuição aos direitos humanos, uma boa lição
sobre os direitos das mulheres ou de tolerância religiosa. Lamentavelmente,
sabemos que os pontos fortes daquele país não estão
nesses temas, mas em uma introdução do terrorismo (veja
os atentados cometidos na Argentina contra a Embaixada de Israel e a sede
da Associação Mutual Israelense Argentina nos anos 90) com
infiltração de grupos (como o Hezbola) que não tem
nenhuma ligação com pacificação ou desenvolvimento.
Sabemos todos que esta visita tratará muito mais sobre a busca
de aliados para que as sanções internacionais que o mundo
impõe sobre o Irã, pela desistência de seu programa
nuclear, sejam freadas. O programa representa claramente, como foi confirmado
pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), um perigo
à segurança mundial.
Todos aqueles que buscam a paz e querem contribuir com a pacificação
e o desenvolvimento, devem condenar e rechaçar esta visita que
não trará nada de positivo à América Latina,
somente o temor de que estes países importem o modelo de terrorismo
e não respeito aos direitos humanos praticados pelo Irã
através de seu líder.
Todavia, sua vinda à América Latina mostra que as sanções
estão funcionando. Em uma clara demonstração de desespero,
o Irã agora busca novos aliados, inclusive comerciais, a fim de
evitar novas sanções ou embargos. A Comunidade Internacional
comprova, mais uma vez, que impor sanções a este regime
é uma boa opção diante das ameaças que o Irã
representa, assim como diante da negação em interromper
seu preocupante programa nuclear.
Deve-se lembrar que a sanções impostas representam, também,
um repúdio às ameaças sofridas por Israel constantemente
de ser “varrido do mapa” pelo iraniano. Israel, sendo o país
mais abertamente e agressivamente ameaçado pelo Irã, vê
com preocupação estes esforços daquele país
em exportar as tensões e os conflitos de outra parte do mundo à
América Latina. Espero que ele não consiga. Confio que a
América Latina irá se tornar um modelo de paz e de harmonia
e, ao contrário das intenções do iraniano, exporte
seu modelo de prosperidade, desenvolvimento e a democracia ao Irã.
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