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  A Ciência descobre a alma  
 
 

Esta é uma tradução livre de um trecho de uma carta do Rebe endereçada ao
"Comitê do Encontro para Médicos Religiosos de Nova York",
datada a 2 de Rosh Chôdesh Tamuz, 5715
21 de junho de 19551

Foi com prazer que recebi a notícia sobre o seu encontro, cujo objetivo é organizar uma associação de médicos religiosos. Se a assembléia de indivíduos tementes a D’us é algo positivo a qualquer tempo, muito mais quando é o caso em nossa geração, que está profundamente confusa como resultado dos eventos chocantes [pelos quais passou], que provocaram em muitos um total desapontamento com as falsas doutrinas e ideologias que professam e que os levaram a embarcar numa firme busca pela verdade.


A saúde do corpo depende da saúde da alma.

Um associação de médicos religiosos pode encorajar esta tendência ao tornar públicas as suas opiniões sobre diversos temas, sobre os quais há muito erro e confusão: [Como cientistas:] declarar que a verdadeira ciência, cujo único propósito é aprender a verdade, não pode estar em contradição com nossa Torá, que é a "Torá Emet", "Torá da Verdade". Pelo contrário, quanto mais a ciência se aprofunda, mais corrobora os princípios, bem como as particularidades, de nossa fé, a fé de Israel.

Especificamente como médicos: refutar totalmente a escola "materialista" de pensamento, tendo em vista que a saúde do corpo depende da saúde da alma. Se nos tempos antigos o adágio médico enfatizava "uma alma sã num corpo sadio", atualmente tem sido reconhecido o quanto uma pequena falha na alma é a causa de uma grande falha no corpo; que quanto mais saudável a alma, maior seu controle sobre o corpo e maior sua capacidade de reparar as deficiências do corpo; que muitos remédios físicos são mais eficazes e bem-sucedidos em curar o corpo quando são acompanhados por uma forte vontade espiritual por parte da pessoa que está sendo curada.

Este princípio da supremacia do espírito (qualidade) sobre a matéria (quantidade) também é enfatizado pelo fato de que mesmo no que tange aos processos físicos, o consenso emergente é que a quantidade tem importância limitada. As coisas mais vitais para as funções do corpo – as glândulas, os hormônios que produzem, as vitaminas, etc. – são todas em quantidades diminutas.
Veja também que [declara o versículo]: "De minha própria carne, eu percebo D’us"2: a partir de um reconhecimento da soberania da alma sobre o corpo (o micro-universo3) é apenas um pequeno passo no sentido de reconhecer a soberania de D’us sobre o mundo (o macro-corpo). Nas palavras de nossos Sábios: "da mesma maneira que a alma preenche o corpo… o leva… vê mas não é vista… assim D’us preenche o mundo… leva-o… vê mas não é visto."


Notas:
1 – Igrot Kodesh. Vol. XI, págs. 202-203.
2 – Job 19:26.
3 – "O homem é um universo em miniatura" – Midrash Tanchuma, Pekudê
4 – Talmud, Berachot 10a; Midrash Tehilim, 103:5.
 

 

 
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