Em Defesa de Israel
índice
 
 
Reunimos alguns artigos sobre a real situação e fatos que estão ocorrendo em Israel, medidas éticas e morais que são adotadas pela IDF em combate a terroristas e a fim de minimizar o maior número de vítimas civis possível, lembrando que estamos em estado de guerra, jamais adotado por nação alguma e o que está ao nosso alcance fazer a fim de proteger nossos soldados, a Terra Santa e nossos irmãos, onde quer que se encontrem. Multipliquem em suas redes sociais o que acharem relevante. Um pouco de luz dissipa a escuridão.
   
 
 
Chega de Pedir Desculpas!
  Por Sara Debbie Gutfreund
 

Estou cansada de pedir desculpas por Israel quando na verdade é Israel que merece um pedido de desculpas.

Estou cansada de pedir desculpas por Israel quando é Israel que realmente merece desculpas.Estou cansada de me desculpar pelo direito de Israel de se defender. Estou cansada da expressão “cessar fogo” quando tudo que realmente significa é “tempo para o Hamas construir mais foguetes” enquanto ficamos assistindo, indefesos.

Estou cansada da ONU chamando isso de uma Guerra Israel-Palestina quando tudo tem sido claramente um prolongado ataque terrorista que as FDI estão corajosamente tentando deter.

Estou cansada das pessoas criticando Israel por matar inocentes quando eles têm feito mais do que qualquer outro país para advertir Gaza e ter até mesmo levado os terroristas aos seus próprios hospitais.

Estou cansada de me desculpar por seu uma judia. Por fazer parte de uma nação cuja bondade e compaixão brilham até mesmo no campo de batalha.

De alguma forma o mundo está virando tudo ao avesso. Transformando os terroristas em vítimas. Transformando o atacado em agressor. Este é o antissemitismo atual. Um ódio e nojo por Israel não importa o que façamos. E agora a FAA colocou um banimento nos voos dos Estados Unidos para Israel, isolando-nos uns dos outros enquanto os foguetes continuam a cair.

Agora pergunto a você: quem deveria estar se desculpando? Os milhões de judeus correndo para se abrigar enquanto foguetes tentando explodir em seus pátios escolares e destruir seus lares continuam chovendo? Os pais de todos os soldados que morreram tragicamente nesta frustrante, perigosa guerra em Gaza, onde cada movimento é calculado e recalculado para impedir a perda de vida?

Os soldados deveriam se desculpar por arriscarem a vida lutando contra o terrorismo enquanto o restante de nós balança a cabeça com as notícias? Estou cansada de pedir desculpas por Israel quando é Israel que realmente merece desculpas.

Israel merece um pedido de desculpa da mídia por retratá-los falsamente como agressores. Dos demonstrantes anti-Israel que jamais teriam protestado pela luta contra os terroristas quando seu próprio país foi atacado em 11 de setembro. Da ONU por culpar Israel de uma guerra que eles não começaram. Dos judeus que deram as costas ao próprio povo quando ele mais precisava. Dos próprios terroristas, pelo constante pânico e temor, pela horrenda perda de vidas, por destruir nossos lares, por desviar nossos aviões, por deixar nossas vidas de cabeça para baixo, e por colocar vidas de árabes inocentes em perigo mortal. Israel merece um pedido de desculpas.

E também desejo pedir desculpas a Israel e seu corajoso povo. Estou arrependida por não defender vocês em voz suficientemente alta. Por não fazer mais para falar contra os fotógrafos dos jornais e os falsos críticos. Sinto muito pelas horas nas quais me esqueci da dor e do sofrimento pelo qual vocês estão passando. SInto muito, queridos pais de todos os soldados mortos. Sinto muito pela sua dor e perda, sinto muito porque vocês tiveram de sacrificar seus filhos nessa guerra pela sobrevivência judaica. Porque eles não estavam apenas lutando por Israel, estavam lutando por todos nós.

Peço desculpas a todos vocês, que vivem no único lugar do mundo onde todo judeu é bem recebido em casa, por vocês não serem reconhecidos diariamente por defender o forte para todos nós, por ensinar nossos filhos a permanecer calmos debaixo do fogo, por enviarem seus filhos para proteger nossas fronteiras, por manter a fé quando todos ao redor estão tentando mandá-la embora.

E também quero dizer obrigada. Obrigada ao governo israelense por não desistir dessa batalha pela nossa sobrevivência. Obrigada aos soldados por darem tudo que têm, incluindo a própria vida, para nos manter a salvo. Obrigada ao povo que mora em Israel por continuar a construir famílias e lares na nossa Terra com foguetes caindo em volta.

Obrigada, Israel, por ser uma luz entre as nações do mundo. Por ser corajoso o suficiente para levantar-se e lutar contra o terrorismo, mesmo quando o mundo prefere fechar os olhos e balançar a cabeça. Chega de desculpas.

Estamos do seu lado, Israel. Rezamos por você. Estamos orgulhosos de você. Você não está sozinho.

 
"Soldado Solitário? " De jeito nenhum!
  Por Rabino Ilan Stiefelman – Lubavitch Copacabana
 

Ele foi chamado carinhosamente de “soldado solitário”, mas não há nada mais longe da verdade. Dezenas de milhares compareceram ao seu enterro. Eles não vieram por serem parentes ou amigos, eles nem sequer o conheciam!

Sean Carmeli, nativo do Texas, morreu numa operação em Gaza e como não tinha muitos amigos e familiares em Israel, uma convocação nas mídias sociais resultou no comparecimento de cerca de 20 mil pessoas em seu funeral.

O mesmo se viu no enterro de outro "soldado solitário", Max Steinberg, de Los Angeles: compareceram cerca de 30 mil pessoas.

Não existem soldados solitários, pois somos todos um só povo!

Aos nossos soldados, aos moradores de Israel, aos judeus na França e em outros lugares que estão sob ataques antissemitas: Saibam que o povo judeu todo está com vocês! Vocês não estão sozinhos. Vocês tem milhões de irmãos e irmãs que talvez não conheçam, mas que os amam e farão qualquer coisa por vocês...

Que no mérito dessa união possa o bom D’us conceder paz, bênçãos e alegria a todos nós!

 
Projeto Shmira – Para Soldados em Combate
   
 

A palavra hebraica “shmira” significa “guardar” ou “proteger”. No hebraico moderno, shmira também significa dever de guardar. O Projeto Shmira é um programa contínuo, básico, que conecta soldados em combate com judeus do mundo inteiro que fazem e dedicam seus atos de bondade, prece ou estudo de Torá para aumentar o mérito espiritual do soldado e sua proteção.

Este projeto teve início com Rav Simcha HaCohen Kook, Rabino Chefe da Sinagoga Rechovot & Hurva com o Rebe de Boston, z’l em 2009 durante a Operação Cast Lead em Gaza. Tem o apoio de pessoas do mundo inteiro e de todas as denominações. Foi organizada em seu formato atual pela mãe de um ex’soldado das Forças de Defesa Israelenses.

Como surgiu
Carta Aberta a todos Achenu Bene Yisrael

Após ser informado sobre o veemente apelo da Gedolay Torah para intensificar nossas Tefilot e estudo de Torá durante esse tempo tão difícil para Klal Yisrael, assumimos nos unir e ajudá-los em suas preces. O Midrash Rabá e o Yalkut relatam que durante a guerra contra Midian, para cada um que saía em batalha havia uma pessoa designada cuja tarefa era rezar e estudar por ele.

O Grande Gaon e o Sábio Rebe Chaim Kanievsky shlitah, quando indagados sobre essa tradição, disseram que o Rei David, que bem instituiu e continuou a prática, que para cada indivíduo em combate, havia outra pessoa selecionada para a tarefa específica de rezar e estudar por ele. Que Klal Yisrael possa, pelo mérito de nos juntarmos, ter em breve um final bem-sucedido como citado na Parashá “sem perda de vida”.

Adote um soldado!
Você pode fazer toda a diferença em qualquer parte do mundo, onde estiver.

Corrente Mundial de Tehilim:
Nosso escudo poderoso de proteção e segurança.

 
Como Minha Mitsvá – Ajuda Um Soldado Em Gaza?
  Por Tzvi Freeman
 

Pense no povo judeu inteiro como um só organismo, e então tudo faz sentido.

Tentamos entender o sentido das coisas. Mas como a causa/efeito, mitsvá/bênção pode funcionar nessa campanha de fazer uma mitsvá para proteção dos soldados e de Israel que está do outro lado do planeta?

Judeu Intrigado

Caro Judeu Intrigado,
Sim, um quebra-cabeças - este é um bom exemplo. Um quebra-cabeças onde todas as peças se conectam para formar um todo. O mesmo com judeus e mitsvot. Todos os do nosso povo e todas as nossas mitsvot se encaixam para formar um único todo. E cada peça é necessária. Mas deixe-lhe dar a você uma metáfora melhor, algo que você pode entender. Pense no povo judeu inteiro como um único organismo vivo, e então tudo faz sentido.

Um ser vivo não é como uma máquina grosseira. Para começar, as máquinas são feitas juntando-se partes que originalmente nada tinham a ver umas com as outras. Mesmo depois de montada, uma máquina ainda é um amontoado de peças. Porém um organismo vivo começa com uma única célula que então se desenvolve numa criatura completa - e de tal maneira que mesmo desenvolvida e funcional, ainda permanece como uma singularidade.

Em outras palavras, ao contrário de uma máquina, um ser vivo é um ser único. E num ser único, a localidade é secundária. O que acontece numa parte de um ser vivo muda imediatamente o organismo inteiro. E é assim que o povo judeu também funciona.

Tudo bem, aqui está um exemplo que provavelmente lhe é familiar: Caenorhabditis elegans. Aposto que você estudou o pequeno C. elegans na Faculdade de Medicina - porque ele carrega a distinção de ser a criatura mais exaustivamente estudada e exposta no mundo.

C. elegans é um verme arredondado transparente com um milímetro de comprimento com exatamente 959 células (nós organismos humanos temos cerca de 75 trilhões de células). Pesquisadores esperavam que ao começar com esse modelo simples, ao final todos os processos e regras que governam a vida poderiam ser explicados. E assim, por volta de 1980, o destino de cada uma daquelas células, do ovo até a idade adulta, já estava mapeado. Porém aqueles pesquisadores nunca conseguiram o que queriam. Em 2002, Sydney Brenner recebeu um Prêmio Nobel por todo o tempo que passara com aquele pequeno verme. Os críticos protestaram. Eles alegaram que Brenner não tinha explicado nada - tudo que tinha feito foi descrever o que acontece dentro do pequeno verme. E Brenner teve de reconhecer que eles estavam certos. “Não é um processo alinhado, sequencial,” explicou ele. “É tudo acontecendo ao mesmo tempo… não há uma maneira mais resumida de decretar uma lei para o que acontece do que apenas descrevendo o que há.” (a ênfase é minha)

Chame isso de uma singularidade irredutível. Algo cuja única descrição é aquilo mesmo. Isso significa que se uma parte estivesse faltando, não seria o que é. E sempre que uma parte muda, a totalidade muda instantaneamente.

Algo como uma sinfonia: você não pode dar-me uma equação matemática que produzirá Beethoven. A única descrição que posso ter é ouvindo-a. E se uma parte for mudada - uma nota doce se torna amarga, ou uma tríade forte tocada suavemente - a experiência da sinfonia inteira mudou.

Agora aplique isso ao povo judeu. Somos um - essencial e integralmente um. Temos um D'us, uma Torá, uma história para contar e um destino ao qual chegaremos. Cada um de nós tem sua parte integral a desempenhar. E assim, tudo aquilo que um de nós faz redefine imediatamente o estado de nosso povo inteiro.

A localidade não é importante - não se trata de causa e efeito. Não leva tempo para o sinal viajar, não é preciso um meio para carregá-lo, e ele não diminui no decorrer do espaço ou do tempo. Nosso povo inteiro se espalha pelo globo inteiro, desde Abraham até você e eu - somos todos uma singularidade irredutível. Um judeu cumpriu uma mitsvá - o povo inteiro é imediatamente enriquecido, e aquele enriquecimento é sentido em todo indivíduo. Além disso: se você de alguma forma se conecta com outro judeu que está lutando com algum desafio ético na vida, encontre aquele mesmo desafio dentro de si mesmo, conserte-o - e você descobrirá que esse outro judeu agora tem mais facilidade para superar aquele conflito. É assim que estamos profundamente conectados.

Estranho: também pedi a muitos judeus para colocar tefilin ou acender velas de Shabat ou cumprir alguma outra mitsvá “pelos nossos rapazes em Gaza”. Todo judeu a quem pedi imediatamente concordou. “Claro,” dizem eles, “é uma mitsvá.”

Porque um judeu sente o efeito da mistvá. E um judeu sabe que somos um povo além do tempo e do espaço. Somos um. Tudo o mais é comentário.

Agora vá cumprir mais uma mitsvá pelos nossos rapazes em Gaza.

 
A Batalha de Nosso Tempo: Uma Cultura de Vida e Uma de Morte
  In Memoriam Eyal, Gilad e Naftali
 

Hás uma mitsvá incompreensível que lemos na Parashá Chucat , a da novilha vermelha cujas cinzas misturadas com “água viva” purificavam aqueles que tinham tido contato com a morte para que pudessem entrar no Mishcan, o lar simbólico da glória de D'us.

Quase incompreensível, mas não totalmente.

A mitsvá da novilha vermelha, foi um protesto contra as religiões do mundo antigo que glorificavam a morte. A morte para os egípcios era o reino dos espíritos e dos deuses. As pirâmides eram locais onde, eles acreditavam, o espírito do faraó morto ascendia ao céu e se juntava aos imortais.

Toda injustiça sobre a terra, todo ato de violência, até bombas suicidas, podem ser teoricamente defendidas na base de que a verdadeira justiça está reservada para a vida após a morte.O mais surpreendente sobre a Torá e o Tanach em geral é o silêncio quase total sobre a vida após a morte. Acreditamos nisso profundamente, Acreditamos em olam haba (o mundo vindouro), Gan Éden (paraíso), e etchiyat hametim (a ressurreicão dos mortos). Porém o Tanach fala sobre essas coisas apenas vagamente e por alusão. Por quê?

Porque um foco tão intenso no céu é capaz de justificar todo tipo de mal na terra. Houve um tempo em que os judeus eram queimados na estaca, e seus assassinos diziam, que era para salvar suas almas imortais. Toda injustiça sobre a terra, todo ato de violência, até bombas suicidas, podem ser teoricamente defendidas na base de que a verdadeira justiça está reservada para a vida após a morte.

Contra isso o Judaísmo protesta com cada fibra de sua alma, cada fibra de sua fé. A vida é sagrada. A morte profana. D'us é o D'us da vida a ser encontrado somente pela consagração da vida. Até o Rei David ouviu de D'us que ele não teria permissão de construir o Templo porque dam larov shafachta, “você derramou muito sangue”.

O Judaísmo é supremamente uma religião de vida. Esta é a lógica do princípio da Torá de que aqueles que tiveram mesmo o mais leve contato com a morte precisam de purificação antes que possam entrar num espaço sagrado. Pará Adumá, o rito da novilha vermelha, transmitia essa mensagem da maneira mais dramática possível. Dizia, na verdade, que tudo que vive - até uma novilha que jamais carregou o fardo, até vermelha, a cor do sangue que é o símbolo da vida - pode um dia virar cinza, mas aquela cinza deve ser dissolvida nas águas da vida. D'us vive na vida. D'us jamais deve ser associado com a morte.

D'us vive na vida. D'us jamais deve ser associado com a morte.Eyal, Gilad e Naftali foram mortos por pessoas que acreditavam na morte. Com frequência no passado judeus foram vítimas de pessoas que praticavam o ódio em nome do D'us do amor, a crueldade em nome do D'us da compaixão, e o assassinato em nome do D'us da vida. É chocante até as profundezas da humanidade que isso ainda continue até os dias de hoje.

Nunca houve um contraste mais forte que, por um lado, esses jovens que dedicavam a vida ao estudo e à paz, e por outro lado a revelação de que outros jovens, até da Europa, se tornaram radicais na violência em nome de D'us e agora estão cometendo assassinatos em Seu nome. Esta é a diferença entre uma cultura de vida e uma de morte, e essa se tornou a batalha do nosso tempo, não apenas em Israel, mas na Síria, Iraque, Nigéria e em outros locais. Sociedades inteiras estão sendo rasgadas em pedaços por pessoas que praticam violência em nome de D'us.

Contra isso jamais devemos esquecer a verdade simples que aqueles que começam praticando violência contra seus inimigos terminam cometendo-a contra seus irmãos de fé. O veredicto da história é que a cultura que venera a morte, morre, ao passo que aqueles que santificam a vida, vivem. É por isso que o Judaísmo sobrevive enquanto os grandes impérios que buscaram sua destruição foram eles próprios destruídos.

O veredicto da história é que a cultura que venera a morte, morre, ao passo que aqueles que santificam a vida, vivem.Nossas lágrimas vão para as famílias de Eyal, Gilad e Naftali. Estamos com eles na dor. Jamais esqueceremos as jovens vítimas nem aquilo pelo qual elas viveram: o direito que cada habitante na terra deveria apreciar, levar uma vida de fé sem medo.

Bila hamavet lanetzach: “Que Ele destrua a morte para sempre, e que o Eterno D'us enxugue as lágrimas de todas as faces.”

Que o D'us da vida, em cuja imagem fomos criados, ensine toda a humanidade a servi-Lo santificando a vida.

 
HAMAN… HAMAS
   
 

O Hamas baseado em Gaza disparou milhares de foguetes contra cidades israelenses. Isso tem aterrorizado os cidadãos, embora causado poucas baixas, em grande parte porque Israel é protegido pelo sistema anti-foguete Iron Dome.

Em reação a estes mísseis disparados indiscriminadamente a todas as cidades, Israel bombardeou alvos em toda Gaza. Em comparação com as taxas de mortes violentas em outras partes do Oriente Médio, o número de mortos em Gaza é pequena. (Mais de 170 mil pessoas foram mortas na guerra civil síria até esta data.) O Hamas está tentando fazer com que Israel mate tantos palestinos quanto possível. Palestinos mortos representam uma vitória na mídia para esse grupo terrorista que associou-se à Abbas. É perverso, mas é verdade.

Os homens que dirigem esse grupo terrorista, engenheiros e médicos e advogados por formação, são inteligentes o suficiente para entender que se eles desejam trazer a aniquilação do Estado judeu e substituí-lo por um estado da Irmandade Muçulmana (Hamas é o ramo palestino da Irmandade ), eles não estão em posição de fazê-lo.

O Exército de Israel tem a capacidade operacional para nivelar toda a Faixa de Gaza em um dia, se ele assim o desejar. Mas está limitado por sua própria moralidade, e por não desejar a morte de palestinos inocentes. Os homens que dirigem o Hamas escondidos em bunkers subterrâneos profundos, aqueles que enviam os filhos dos outros para a morte como bombardeiros suicidas também entendem que sua campanha atual não vai trazer o fim da legitimidade de Israel como um estado.

Onde estão os olhos do mundo quando milhares estão sendo sequestrados, e mortos na África, ou na luta pelo poder na Síria, no Iraque, explodidos no Afeganistão…

Não há dúvida de que o Hamas poderia proteger vidas palestinas, cessando a sua atual campanha para acabar com vidas israelenses. Mas coloca a poupulação inteira, indiscriminadamentepara servirem de ‘mártires’ em cima dos telhados, mesmo o exército israelense tentando tirá-las das zonas de combate, enviando sinais para sairem do prédio que será bombardeado nos próximos minutos, dando tempo para procurarem abrigo. É bom lembrar que em contrapartida, em Israel há somente 15 segundos para seus cidadãos correrem antes de cair o próximo míssel.

Há nove anos Israel retirou seus soldados e colonos de Gaza. E o que os foi realizado desde lá? Ao invés da construção de uma sociedade com direito à saúde, educação e perspectivas de um estado civilizado o esforço empenhou-se na construção de fábricas de armas e escavação sofisticada de centenas de túneis de contrabando e rota de terror.

Os israelenses não impuseram um bloqueio a Gaza injustificadamente. Mas sim quando se tornou claro que os grupos palestinos foram utilizaram o território como plataforma de lançamento de foguetes contra um país soberano.

É pelo mal direcionamento de somas significativas doadas aos palestinos e investidas em armas e destruição que a população se encontra nesse estado de miséria. Nos dias após a retirada, os israelenses incentivaram o desenvolvimento de Gaza. Um grupo de doadores americanos judeus doaram 14.000 mil dólares para 3.000 estufas deixadas pelos colonos judeus expulsos e doados para a Autoridade Palestina. As estufas foram logo em seguida saqueadas e destruídas, servindo, até hoje, como uma metáfora perfeita para a oportunidade desperdiçada de Gaza.

Bom lembrar que todos aqueles Hamans da história que tentaram nos destruir, acabaram sendo destruídos, consumidos pelo seu próprio ódio. O que o Hamas deseja e está explicitamente documentado em seus estatutos, é a aniquilação total de Israel.

E essa batalha, graças a D’us, continuaremos a vencer.

 
Como Salvar os Civis em Gaza
  Por Rabino YY Jacobson
 

No decorrer dos últimos dias, quando as tropas de Israel entraram em Gaza para procurar os túneis e locais de lançamento de foguets do Hamas, 32 soldados israelenses foram mortos. Muitos civis em Gaza também perderam a vida.

Estou temeroso de que Israel possa estar repetindo um erro que cometeu três vezes antes.

Em 26 de julho de 2006, nove soldados israelenses morreram e outros 27 ficaram feridos quando estavam procurando casas para os lutadores do Hezbollah no dia mais difícil de luta ao sul do LÍbano desde o começo da guerra duas semanas antes. A imprensa israelense relatou na época que oficiais nas brigadas do exército israelense relataram que as FDI usaram força insuficiente antes que os soldados fossem distribuídos.

Depois que os civis foram avisados para deixar a cidadfe, os oficiais disseram, o exército deveria ter considerado Bint Jbail como um campo de batalha e destruído do ar qualquer casa onde se suspeitasse que as guerrilhas do Hezbollah estivessem se escondendo, em vez de enviar os soldados para a linha de fogo.

Israel cometeu o mesmo erro em Jenin, em abril de 2002. Quando as bombas suicidas criaram rios de sangue em Israel, as FDI finalmente entraram em Jenin, a fortaleza dos terroristas. O combate cara a cara, porta a porta entre dezenas de casas encurraladas pelos lutadores palestinos declararam a morte de 23 soldados israelenses. Israel não queria causar as mortes de civis que ocorreram com o bombardeio aéreo, como tem acontecido em toda parte desde Dresden, a Grozny, Cabul, envolvendo nações desde a Rússia à Grã-Bretanha, aos Estados Unidos.

Portanto sacrificou seus soldados para salvar vidas árabes. Apesar disso, os civis que preferiram não partir foram apanhados no fogo cruzado, e Israel foi acusado de perpetrar um massacre, e foi investigado pela ONU.

Israel não deve repetir o mesmo erro em julho de 2014, sujeitando suas crianças à morte para agradar pacifistas que de qualquer maneira criticarão o estado judaico.

A principal batalha está ocorrendo atualment na fronteira de Gaza - Shejaiya, Beit Lahiya, Beit Hanoun e outras - onde milhares de soldados israelenses estão procurando, casa por casa, pelas entradas do túnel.

Os atiradores do Hamas têm procurado surpreender os soldados israelenses saindo da terra por essas aberturas, e atirando; Israel está pagando um preço alto. Soldados têm sido mortos em edifícios que são armadilhas. Muitos morreram quando seus transportador de pessoal armado foi atingido por um míssil antitanque em Shejaiya. As perdas estão aumentando.

Soldados da FDI pranteando no funeral do Sargento Benaya Rubel, no Cemitério Militar Holon em 20 de julho. O soldado de 20 anos foi morto pelos atiradores do Hamas no segundo dia da operação protetora da fronteira.

Israel deveria pensar em mudar sua estratégia. Após instruir os civis a deixar essas regiões, Israel deveria reduzir essas seções de Gaza a ruínas. Quando a população cicil for convencida de que Israel fala sério, sairá dali, apesar do aviso do Hamas para que fiquem e morram (Obviamente, aqueles que preferirem ficar por vontade própria naturalmente são responsáveis pelos resultados). Após um completo bombardeio dessas localidades, assegurndo que os atiradores do Hamas se foram, as tropas israelenses poderão entrar e destruir a infraestrutura de tuneis e foguetes do terror com menos perdas de vidas.

Isso não apenas pouparia as vidas de israelenses, mas também dos civis árabes em Gaza, que não ficarão presos no fogo cruzado com o Hamas.

Por que as mães judias deveriam estar enterrando seus filhos que estão lutando como leões pelo seu país, apenas porque temos medo da opinião do mundo sobre bombardear Gaza do ar? Por que estamos enviando nossos filhos para confrontar o Hamas em batalhas face a face? Cometemos esse erro antes e pagamos caro por isso.

Além disso, essa estratégia dará um fim ao conflito mais rapidamente e permitirá a Israel eliminar grande parte da infraestrutura de terror do Hamas. Caso não seja feita, a guerra atual terminará sem vitória decisiva, e criará somente uma trégua até o Hamas decidir atacar novamente, o que causará as mortes de muitos mais civis de Gaza.

Aqueles que vão condenar Israeel por reduzir regiões de Gaza a escombros vão continuar a fazê-lo. Mesmo quando soldados judeus morrem hoje para salvar vidas palestinas, Israel está sendo acusado de crimes de guerra. Israel será culpado não importa o que fizer. Uma declaração feita pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas em 23 de julho acusou Israel de cometer crimes na Faixa de Gaza e pediu uma investigação sobre sua operação ali. Em vez de investigar o Hamas, que está atirando foguetes sobre civis israelenses enquanto se escondem atrás de civis palestinos, e transformando hospitais em centro militares de comando, colcoa a culpa em Israel.

Os críticos de Israel se preocupam com as crianças árabes menos do que você se preocupa com as tartarugas na Nova Zelândia. Onde esteve o protesto pelas milhares de crianças mortas na Síria? Onde está o protesto contra o Hamas que é diretamente responsável pelas mortes dessas pobres crianças em Gza escondendo-se entre elas e forçando Israel a atacar essas localidades vulneráveis?

De modo oposto, aqueles que valorizam o direito moral de Israel para defender seu povo, anseiam para que Israel termine rapidamente o trabalho. Que Israel não hesit em fazer o que for melhor para a segurança por causa de medo da opinião mundial.

Que Israel não repita o desastre do verão de 1982. Em junho daquele ano, Israel entrou no Líbano para eliminar a Organização de Libertação da Palestina de Yasser Arafat, que tinha aterrorizado cidades e vilas ao norte de Israel. Exatamente quando o exército estava à beira da vitória total, as mãos dos militares foram atadas. O exército israelense esperou futilmente nos arredores de Beirute em vez de completar rapidamente seus objetivos. Israel poderia ter advertido todos os civis a deixar as áreas de conflito e então reduzir as regiões apropriadas em Beirute a escombros, terminando a guerra com menos mortes de ambos os lados. Em vez disso, as perdas cresciam dia a dia, os resultados foram catastróficos para os israelenses e para os árabes, e a OLP sobreviveu e cresceu.

A Autoridade Palestina promoveu eleições populares em toda a Margem Ocidental e em Gaza para a legisltura palestina em 2006. O Hamas ganhou por maioria, Desde então tem governado em Gaza. O povo escolheu o Hamas, sabendo que sua declaração de missão é a destruição de Israel.

Apesar disos, Israel deseja corretamente proteger a vida dos civis em Gaza. A melhor maneira de fazê-lo é por um incessante bombardeio aéreo.

“Devem nossos irmãos ir para a batalha enquanto você fica aqui?” Moshê pergunta aos judeus que escolheram viver na Transjordânia (Bamidbar cão. 32). Essa pergunta, você e eu devemos fazer a nós mesmos nessas horas. Apenas porque eu moro nos Estados Unidos, sou absolvido da linha do dever? Nós, todo judeu, está conectado a Israel com milhões de nós; somente nossos corpos foram exilados daquela terra há dois milênios, mas a alma judaica de todo judeu ainda reside em Eretz Yisrael, na Terra de Israel. Uma conexão orgânica e íntima existe entre todo judeu e Israel.

Nessas horas, a nação inteira deve ser mobilizada. Mobilização significa não apenas dar dinheiro; mas dirigir a própria essência para atingir uma única meta: a vitória sobre um inimigo impiedoso que procura destruir o nosso povo. Assim como nossos preciosos e sagrados soldados estaoa tualmente batalhando com todo coração e alma, também devemos aumentar nossa guerra espiritual, através do estudo de Torá e cumprimento das mitsvot; através da prece, caridade e atos de bondade; expressando solidariedade sem reservas. Com a graça de D'us, triunfaremos.

 
DAVID E GOLIAS
 
Por JoãoPereira Coutinho
 

Sempre que escrevo sobre Israel, há um leitor que pergunta: você é judeu? A pergunta é reveladora. Significa que só um judeu pode ser suficientemente louco (ou sanguinário) para considerar que no conflito israelense-palestino é Israel quem tem razão.

Isso reflete o ar do tempo, devidamente criado pela mídia. É lógico que Israel não tem razão, dizem. É lógico que Israel sempre quis expulsar os palestinos do seu território. É lógico que Israel não quer a paz.

Infelizmente, nada disso é lógico e, pior ainda, nada disso sobrevive à história. Sim, a construção de assentamentos na Cisjordânia, pior que um crime, é um erro (obrigado, Talleyrand). Sim, Netanyahu é quase uma "pomba" no seu governo cada vez mais radicalizado.

E, sim, a direita israelense já não acredita na existência de dois Estados depois da retirada de Gaza (e dos foguetes que o Hamas passou a lançar contra Israel).

Mas antes de chegarmos a essas tristes conclusões, é preciso dizer três coisas que qualquer pessoa alfabetizada consegue entender.

Primeiro: o Hamas, que é tratado pelo jornalismo como uma mera "facção" (ou até como um interlocutor válido para a paz), é uma organização terrorista e islamita que nem sequer reconhece o direito à existência de Israel. Um pormenor?

Não. O essencial. O conflito de Israel com a Autoridade Palestina é um conflito territorial. É uma discussão sobre fronteiras; sobre a soberania de Jerusalém; sobre o destino dos refugiados palestinos; sobre o acesso à água -enfim, uma discussão racional.

O conflito com o Hamas é um problema ideológico. Basta ler a carta fundamental do grupo. Depois de prestar vassalagem à Irmandade Muçulmana (artigo 2) e de invocar os "Protocolos dos Sábios do Sião" (artigo 32) como argumento de autoridade (um documento forjado pela polícia czarista no século 19 para "provar" o conluio judaico para dominar o mundo), o Hamas não quer um Estado palestino junto a um Estado judaico.

Quer, sem compromissos de qualquer espécie, a destruição da "invasão sionista" (artigo 28) -do mar Mediterrâneo até o rio Jordão. Os foguetes que o Hamas lança não são formas de reivindicar nada: são a expressão da incapacidade de aceitar que judeus vivam no "waqf" (terra inalienável dos muçulmanos -artigo 11).

Acreditar no Hamas como "parceiro" para qualquer "processo de paz" é não entender a natureza jihadista do grupo. O Hamas não luta em nome da Palestina. Luta em nome de Alá.

Segundo: quando se fala nos "territórios ocupados", Gaza já não está no pacote. Israel se retirou de Gaza em 2005. O território -um antro de pobreza e corrupção- é governado pelo Hamas desde a vitória nas eleições parlamentares de 2006. A partir desse ano, o Hamas entendeu a retirada israelense como uma vitória do terrorismo -e não como o primeiro passo para criar as bases de um futuro Estado palestino.

Depois de Gaza, viria a Cisjordânia e finalmente a totalidade de Israel. Uma pretensão lunática que, sem surpresas, começou por embater frontalmente com a posição mais moderada da Autoridade Palestina. Resultado?

Em 2007, o Hamas e a Fatah (uma facção da OLP) viveram uma guerra civil "de fato" que teve de ser freada por Israel.

Por último, toda a gente sabe que a solução mais realista para o conflito passa pela existência de dois Estados com fronteiras seguras e reconhecidas.

Assim foi antes da partição da Palestina pela ONU (relembro a Comissão Peel de 1937). Assim foi com a Partição propriamente dita em 1947. E, para ficarmos nos últimos anos, assim foi em Camp David (2000). Foi o lado palestino que recusou essa divisão -o maior crime cometido por Yasser Arafat contra o seu próprio povo.

De tal forma que, hoje, já poucos acreditam em divisões. Os líricos falam de um Estado binacional para judeus e árabes (um delírio que ignora, por exemplo, o que se passou na antiga Iugoslávia). Os resignados falam de três Estados: o de Israel, o da Cisjordânia (talvez com ligação à Jordânia) e Gaza (o antro do Hamas).

Simples meditações de um judeu?
Não. Para começar, não sou judeu. E, para acabar, não é preciso ser judeu para compreender que, às vezes, e contra as nossas cegas emoções, Golias tem mais razão que David.

Há algo muito feio nesta raiva contra Israel

data: 18 julho 2014 | seção : artigos

A tênue linha entre anti-sionismo e anti-semitismo fica mais estreita a cada o dia.

por Brendan O’Neill (Tradução: Marcos L. Susskind) – Por qual motivo os liberais ocidentais ficam sempre mais ofendidos com atos militares israelenses do que com qualquer outro tipo de ato militar? É extraordinário. A França pode invadir Mali e não haverá protestos barulhentos feitos por pacifistas em Paris. David Cameron, apoiado por uma gritante maioria de 557 membros do parlamento, pode pedir ataques aéreos sobre a Líbia e os esquerdistas britânicos não vão soltar Twitters nem publicar fotos horripilantes dos civis líbios mortos como consequência do ataque. O Presidente Obama pode retomar seus ataques com drones no Paquistão, matando 13 pessoas em apenas um ataque no mês passado, e Washington não será assediado por pessoas pacifistas, raivosas a exigir que “Tire suas Mãos do Paquistão”. Mas no minuto que Israel dispara um foguete em Gaza, ou que políticos israelenses disserem que estamos novamente em guerra com o Hamas, os radicais em todos os países ocidentais sairão às ruas, portando faixas hiperbólicas, fulminarão no Twitter, publicarão fotos de crianças palestinas mortas , e até os nomes e idades de todos “assassinados por ISRAEL” e, sem dúvida, se porão a gritar contra “o sangrento massacre Israelense”. (Quando algum país bombardeia um outro, é “guerra”, quando Israel faz isso, é “sangrento massacre”)

Qualquer um, dotado de uma capacidade crítica deve, em algum momento, ter se perguntado por que esse padrão duplo em relação a ações militares Israelenses; por que mísseis disparados pelo Estado Judeu são, aparentemente, mais dignos de condenação do que mísseis disparados por Washington, Londres, Paris, pelos Turcos, Assad, ou qualquer outra entidade no Universo? Parisienses que geralmente encolhem seus ombros à medida que tropas francesas vêm retomando a África Francófona, batendo as botas em todos os lugares – da República Centro Africana até o Mali e a Costa do Marfim ao longo dos últimos dois anos, acabaram – neste fim de semana – de condenar, aos milhares, o “imperialismo e a barbárie de Israel”. Americanos que não fizeram qualquer ruído no mês passado, quando o governo Obama anunciou a retomada de seus ataques de drones no Paquistão, reuniram-se frente à Embaixada de Israel em Washington gritando contra o “assassinato israelense”. (Por incrível que pareça, eles fizeram isso apenas um dia depois de um ataque de drones dos EUA, o tal ataque de número 375 em 10 anos, que matou pelo menos seis pessoas no Paquistão. Mas “péra lá”, o militarismo de Obama não é tão ruim quanto o militarismo Israelense, e os Paquistaneses mortos , ao contrário de Palestinos mortos, não merecem ter suas fotos, nomes e idades publicados pelos liberais que usam o Twitter.) Enquanto isso, centenas de Britânicos muito irados se reuniram frente à embaixada Israelense em Londres, causando a paralização do tráfego, subindo em tetos de ônibus, gritando sobre assassinato e selvageria, em furiosas cenas coloridas que eram notáveis ??pela ausência, há três anos, quando a Grã-Bretanha enviou aviões para bombardear a Líbia.

O padrão duplo em relação a Israel é tão forte que muitos liberais ocidentais agora clamam para que seus governantes condenem ou mesmo imponham sanções contra Israel. Ou seja, eles querem que os invasores e destruidores do Iraque, Afeganistão, Líbia e outros lugares quebrem as canelas de Israel por bombardear Gaza. É como pedir a um grande tubarão branco para que puna uma foca por ela ter comido um peixe. A América deve ‘controlar Israel’, dizem. “A comunidade internacional deve intervir para conter o exército de Israel”, diz um colunista do Guardian, e por “comunidade internacional” leia-se “uma reunião do Conselho de Segurança da ONU” – o Conselho de Segurança cujos membros permanentes são os EUA, Reino Unido e França, que tanto têm feito para desestabilizar e devastar vastas áreas do Oriente Médio e do Norte da África durante a última década; a Rússia, cujas recentes intervenções militares na Geórgia e na Chechênia sugerem que ela não seja um devoto da paz mundial; e a China, que pode não invadir outros países, mas é muito adepta a eliminar brutalmente qualquer dissidência interna. Em que planeta se pediria seriamente a nações que imponham “rédeas” a Israel quando seu próprio belicismo faz o quadro atual em Gaza parecer uma cerimônia do chá em comparação a seu próprio comportamento? Só num planeta em que Israel é visto como diferente, como pior do que todos os outros, como mais criminoso e brutal do que qualquer outro Estado.

Os dois pesos e duas medidas foram perfeitamente resumidos na semana passada, no comentário de uma escritora Israelense que disse ao jornal Independent que o ataque de Israel à Faixa de Gaza e sua “retórica genocida” a ??fez querer queimar seu passaporte Israelense. Ela recebeu tapinhas virtuais nas costas, vindos de praticamente todos ativistas e comentaristas Britânicos que se auto-julgam decentes. Ela foi saudada como corajosa. Seu artigo foi compartilhado on-line, milhares de vezes. Este é o “senso comum de um Judeu”, muitos twittaram. Ninguém parou para pensar: talvez eles próprios deveriam ter queimado seus passaportes Britânicos após o que o Reino Unido fez na Iugoslávia em 1999, ou no Afeganistão em 2001, ou no Iraque, em 2003, onde muitas vezes mais civis foram mortos em um único dia do que foram mortos por Israel durante toda esta campanha. Por que quando Israel bombardeia Gaza deve induzir tamanha vergonha em cidadãos Israelenses (ou em Judeus, como preferem alguns) que pensam em queimar seus passaportes é visto como algo perfeitamente sensato e até mesmo louvável, enquanto é perfeitamente OK continuar viajando pelo mundo com um passaporte Britânico apesar do caos desencadeado por suas forças militares ao longo da última década? Ora, porque Israel é diferente; é pior; é mais criminoso.

Claro, os dois pesos e duas medidas do Ocidente sobre Israel já duram certo tempo. Eles podem ser vistos não só no fato de que ações militares Israelenses fazem as pessoas pular da cama e ficar com raiva de uma forma que nenhuma outra ação militar faz – mas também no horrível boicote de tudo que seja Israelense, desde acadêmico até maçãs, de uma maneira que nunca são tratados pessoas ou produtos de qualquer outro regime autoritário ou ação militar. Mas durante este último ataque israelense em Gaza, não só vimos esses padrões duplos voltar à cena – também testemunhamos o sentimento anti-Israel se tornar mais visceral, mais emocional, mais desequilibrado e ainda mais preconceituoso do que nunca, a tal ponto que, infelizmente, está se tornando muito difícil dizer onde termina o anti-sionismo e começa o anti-semitismo.

Assim, na última onda contra Israel, não é só o Estado de Israel ou seus militares que enfrentam algumas fortes críticas dos chamados radicais – mas também o povo Israelense e até mesmo os Judeus. Em Paris, no domingo, o que começou como um protesto contra Israel terminou com assaltos violentos contra duas sinagogas. Em um deles, os que lá oravam tiveram que entricheirar-se enquanto ativistas anti-Israel tentavam abrir caminho usando de porretes e pedaços de pau, alguns deles urrando “Morte aos Judeus”! Alguns vêm tentando descrever tal comportamento racista como uma exceção, um caso de imigrantes à França que perderam o controle. Mas na grande demonstração na Embaixada de Israel em Londres na semana passada alguns participantes carregavam cartazes dizendo “A Mídia Sionista Encobre o Holocausto Palestino”, uma clara referência à conhecida acusação anti-semita de que os Judeus controlam a mídia. Em um protesto anti-Israel na Holanda alguns participantes muçulmanos acenavam a bandeira negra do ISIS e cantavam: “Judeus, o exército de Maomé está voltando”.

Também no mundo virtual a linha entre anti-sionismo e anti-semitismo tornou-se difusa durante este mais recente conflito em Gaza. Quando um jornalista dinamarquês publicou uma foto do que ele alegou ser um grupo de israelenses em Sderot comendo pipoca enquanto assistiam mísseis israelenses cair em Gaza, tornou-se um ponto focal de fúria frente aos Israelenses – todos os jornais publicaram a foto e a Anistia twittou sobre isso – e gerou a manifestação de alguns pontos de vista doentios. Israelenses (e não Israel, neste caso) são ‘vergonhosos’, ‘assassinos’, ‘racistas’, ‘lixo humano’, ‘porcos’, etc, diziam mensagens raivosas nos Twitters. Não demorou muito para que reconhecidos anti-semitas capitalizassem esta raiva contra as pessoas em Israel, e uma revista racista publicou a imagem Sderot, sob a manchete “Ratos Judeus Israelenses aplaudem e elogiam ataques aéreos na Faixa de Gaza”. A velocidade com que o que pretendia ser um sentimento anti-guerra frente a Israel se tornou uma violenta fúria contra os habitantes de Israel, e a facilidade com que as manifestações contra as ações militares Israelenses tornaram-se insultos ou mesmo ataques físicos contra Judeus, sugere que há algo extremamente nocivo nesta moda de sentimento anti-Israel, algo que lhe permite descambar, às vezes bem impensadamente, de um brado contra a guerra em algo de natureza muito mais feia, preconceituosa e antigo.

A natureza visceral do atual sentimento anti-Israel, faz que seja cada vez mais difícil de ver a linha tênue entre anti-sionismo e anti-semitismo – mas também a separação entre fato e ficção. Como a BBC relatou, o popular hashtag # GazaUnderAttack, de compartilhamento de fotografias chocantes do impacto do ataque de Israel à Faixa de Gaza, que foi visualizado cerca de 500.000 vezes nos últimos oito dias, é extremamente não-confiável. Algumas das fotos que estão sendo twittadas (e, em seguida, retwitadas por milhares de outras pessoas) são, na verdade, fotos de Gaza em 2009. Outros mostram fotos de corpos mortos nos conflitos do Iraque e da Síria. No entanto, todos são postados com comentários tipo: “Veja a desumanidade de Israel”‘. Parece que o objetivo aqui não é expor a realidade do que está acontecendo em Gaza, mas simplesmente gerar raiva, inconformismo, choro sobre o que Israel está fazendo (ou deixando de fazer, conforme o caso), e quanto mais você chorar publicamente , melhor; pois permite que as pessoas vejam como você é sensível à barbárie Israelense. Trata-se de libertar alguma emoção visceral, o que significa que coisas mesquinhas tais como fatos e acuracidade contam pouco: tudo o que importa é a expressão da emoção – e qualquer foto antiga de uma criança morta em algum lugar no Oriente Médio – Iraque, Síria, Líbano – será suficiente como base para a própria emotividade em público.

Como isso aconteceu? Como a oposição às ações militares Israelenses deixou de ser uma parte de uma posição anti-imperialista ampla, como era na década de 1980, para se tornar o principal, e, por vezes, único, foco daqueles que afirmam ser contra as guerras? Por que se opor a Israel tão intensamente e descambar para expressões de rejeição à população de Israel e, mais amplamente, aos Judeus? É porque, hoje a raiva frente a Israel não é considerada realmente uma posição política. Não é a consequência de conclusões racionais sobre uma zona de conflito no Oriente Médio e sobre como uma zona de conflito pode se relacionar com realpolitik ou mudanças globais no poder. Em vez disso tornou-se uma saída para a expressão de um sentimento geral de fúria e cansaço com tudo – com a sociedade ocidental, a modernidade, o nacionalismo, o militarismo, a humanidade. Israel foi transformado em um canal para a expressão de auto-aversão ocidental, da culpa colonial ocidental, das auto-dúvidas dos ocidentais. Israel foi elevado à expressão mais clara do que são agora considerados os valores ocidentais ultrapassados ??de autopreservação, de militarismo e de nacionalismo progressista. E contra Israel se protesta e se concentra a raiva por entender que ela representa esses valores. Ele se torna responsável não simplesmente por reprimir o desejo Palestino por um Estado, mas também por continuar a buscar virtudes que nós – povo sensato no resto do Ocidente – aparentemente superamos e, portanto, Israel passa a ser a fonte de guerra e terrorismo, não só no Oriente Médio mas praticamente em todos os lugares. Uma pesquisa na Europa descobriu que a maioria agora considera Israel como sendo a principal fonte de instabilidade global. É aqui que podemos ver o que as novas ações anti-sionistas têm em comum com o velho anti-semitismo: ambos ambicionam encontrar algo no mundo, quer se trate de um Estado perverso ou um Povo deformado, contra a qual o resto de nós pode se enfurecer e sobre o qual colocar a culpa por todos os problemas políticos na Terra.

 
   
top