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Baseado
nos ensinamentos de Rabi M. M. Schneersohn (o Tsemach Tzedek)
O Contexto
A clássica obra chassídica de Rabi Shneur Zalman de Liadi,
conhecida como o Tanya, começa com uma pergunta fundamental: Como
é possível que um judeu não fique deprimido, sabendo
que talvez nunca consiga se tornar um tsadic, e certamente jamais atingirá
a pureza espiritual que sua alma conhecia na origem?
O neto do autor, Rabi Menachem Mendel de Lubavitch, afirma que embora
seu avô responda a pergunta em sua obra, a resposta parece se perder
dentro da floresta da longa explicação. Nessas breves palavras,
ele nos diz de maneira bastante objetiva qual é aquela resposta.
O Texto
O Baal Shem Tov disse que até o arcanjo Michael, o maior de todos
os anjos, abriria mão de tudo que faz e tudo que entende no serviço
Divino apenas pela mitsvá de um tsitsit de qualquer judeu.
Por quê? Porque o anjo Michael pode apenas apreender aquelas revelações
que foram expressas no Mundo da Criação – o que já
é um tipo de limitação. Tsitsit, por outro lado,
são manifestações da Luz Infinita, que Ele seja abençoado,
além de toda a ordem da Criação. E o mesmo se aplica
a toda mitsvá. É o que se chama de “o júbilo
de uma mitsvá”. É o principal serviço de uma
pessoa neste mundo.
Isso explica o versículo: “Em recompensa por isso que você
não serviu ao Eterno seu D'us por júbilo e de bom coração…”
– porque é tão importante que uma pessoa se alegre
e esteja em bom espírito com um forte júbilo. Por quê?
Porque ele está atraindo a própria substância interior
da Luz Infinita através de uma mitsvá – algo que em
relação a isso todos os mundos não têm valor.
Portanto, mesmo que alguém se considere malvado, e saiba que será
punido ou sofrerá neste mundo por causa disso, mesmo assim ele
deveria ficar feliz e animado pela alegria de cumprir uma mitsvá.
Pois todos os sofrimentos valem o êxtase de apenas uma hora no Jardim
do Éden Inferior – muito mais então a verdadeira Luz
Infinita que é atraída sobre uma pessoa através de
qualquer mitsvá. Todas as formas de felicidade sobenatural, até
aquelas muito mais elevadas que o Jardim do Éden Superior são
inválidas e literalmente nulas em comparação com
a própria Luz Infinita.
É por isso que uma pessoa deveria ficar feliz e alegre mesmo que
possa se considerar perversa por sua falta de adequado temor ao céu:
Embora perceba que sua alma animalesca merece um castigo por isso, mesmo
assim, como diz o Zohar: “A felicidade está fixada em meu
coração de um lado, e amargura do outro lado” –
e não há qualquer conflito entre as duas.
Fontes
Kitzurim V’há-arot L’tanya,pág. 46. Baseado
em Maamarei Admor Hazaken, Inyanim (Rabi Shneur Zalman de Liadi), pág.
211
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