|
"Em
questões materiais, a pessoa deve observar quem se encontra
em uma situação abaixo dela e agradecer ao bom D’us
por Sua bondade.
Em questões espirituais, deve observar quem se encontra
em situação melhor que a sua e implorar a D’us que
lhe conceda o
entendimento para aprender daquele e
a força para poder se elevar cada vez mais".
O Rebe
Pago com um Copo de Leite
Certo dia, um menino pobre que vendia artigos de porta em porta para pagar
seus estudos descobriu que lhe restava apenas uma moeda, e estava faminto.
Decidiu que pediria comida na próxima casa. No entanto, perdeu
a coragem quando uma linda jovem abriu a porta. Em vez de uma refeição,
ele pediu um copo de água.
Ela achou que ele parecia faminto, portanto lhe trouxe um copo grande
de leite. Ele o bebeu devagar, e então perguntou: “Quanto
lhe devo?”
Ela respondeu: “Você não me deve nada. A Mamãe
nos ensinou a nunca aceitar pagamento por um gesto de bondade.”
“Então lhe agradeço do fundo do meu coração,”
disse o rapaz.
Ao sair da casa, ele não apenas se sentia mais forte fisicamente,
como sua fé em D’us e nos homens também se intensificara.
Ele tinha estado a ponto de desistir de tudo.
Anos depois, aquela jovem caiu gravemente enferma. Os médicos locais
estavam frustrados. Finalmente a enviaram para uma cidade grande, onde
convocaram especialistas para estudar aquela doença rara. O Dr.
Howard Kelly foi consultado, Quando ele ouviu o nome da cidade de onde
viera, uma luz estranha passou pelos seus olhos. Levantou-se imediatamente
e percorreu o corredor do hospital até o quarto dela.
Vestido em sua bata de médico, ele foi vê-la e a reconheceu
de imediato. Voltou ao seu consultório determinado a fazer tudo
para salvar a vida da moça. A partir daquele dia, concedeu atenção
especial ao caso. Após muitos esforços, a batalha foi vencida.
Dr. Kelly pediu ao escritório do hospital que passasse a ele a
conta final para aprovação.
Olhou para o papel, escreveu algo na margem e a conta foi enviada ao quarto
dela. A moça teve medo de abri-la, pois estava certa de que levaria
o resto da vida para pagar tudo. Finalmente olhou, e algo lhe chamou a
atenção num canto da nota. Leu essas palavras: “Conta
paga por completo – com um copo de leite.”
O Dr. Howard Kelly, certa vez um menino pobre e faminto, finalmente conseguira
pagar a benfeitora da sua infância!
A Maratona
Uma vez por ano dezenas de milhares de pessoas participam da
maratona da Cidade de Nova York. Multidões comparecem para aplaudir
o vencedor. Gostaria de partilhar com vocês a história do
“perdedor” – a pessoa que em 1998 chegou em último,
terminando muitas horas depois que todos tinham completado a corrida.
O nome dessa pessoa é Zoe Koplowitz. Ela estava com quarenta e
seis anos, e sofria de uma doença debilitante – esclerose
múltipla, há mais de vinte anos. Conseguia andar apenas
com a ajuda de duas muletas, um passo lento, doloroso, de cada vez.
Num dia frio de novembro, ela caminhou durante mais de 31 horas e 15 minutos
e terminou a corrida de 42 quilômetros, e mancando cruzou a linha
de chegada com a perna esquerda se arrastando. Chegou em último,
mas completou o percurso.
Por que ela fez isso?
Aqui está a resposta, em seu premiado livro “O Espírito
Vencedor, Lições de Vida Aprendidas no Último Lugar:
Quando você nasce, D’us lhe dá um aparelho de TV com
cem canais. Noventa e nove deles têm programas maravilhosos. Um
tem somente estática. Todo mundo, sem exceções, tem
em seu aparelho aquele canal com a estática. A única diferença
é o tipo de estática que você recebeu naquele canal.
E você tem uma escolha. Pode sentar-se na frente daquele canal pelo
resto da sua vida e olhar para a estática, ou pode levantar-se
e mudar de canal. Meu compromisso na vida é mudar o canal com a
maior freqüência possível.
Então, qual é a sua estática? Você perdeu seu
dinheiro? Pare de ficar obcecado e MUDE DE CANAL. Se você ainda
tem sua saúde, é uma pessoa de muita sorte.
Fracasso
Sam Walton era o multimilionário presidente da Wal-Mart,
a quarta maior empresa americana. Quando estava em seu leito de morte,
ele esforçou-se para pronunciar suas três últimas
palavras na terra. Ele tinha dado a vida pela sua empresa. Naquela área,
ele teve um sucesso muito além dos sonhos mais ambiciosos. Porém,
houve um preço. Ele quase não passou tempo com sua mulher,
seus filhos e seus netos. Ele não se permitiu ter alguns momentos
de interação amorosa, aninhar um neto no colo, brincar,
rir e se alegrar com seus entes queridos. Suas três últimas
palavras? “Fiz tudo errado!” Ele tinha bilhões, mas
segundo ele próprio, tinha fracassado.
Sucesso
Nenhuma lápide jamais menciona a quantidade de dinheiro
que uma pessoa deixa para trás. Gravadas na pedra, porém,
estão as qualidades positivas e a bondade que continuam a viver
mesmo depois de nossa partida dessa terra.
Rir com freqüência e bastante, conquistar o respeito das pessoas
inteligentes e a afeição das crianças; conseguir
a apreciação de críticos sinceros e tolerar a traição
dos falsos amigos; apreciar a beleza; enxergar o melhor nos outros; deixar
o mundo um pouco melhor, seja por uma criança sadia, um canteiro
no jardim, ou uma condição social melhorada; saber que a
vida de pelo menos uma pessoa ficou mais fácil porque você
viveu. Este é o significado do sucesso.
Três Amigos
Diz a tradição que durante a vida temos três
principais amigos – e quando morremos, eles nos deixam exatamente
na ordem inversa pela qual os tratamos.
Assim que nossa alma deixa o corpo, também nossa fortuna foge com
ela. As famílias são mais leais. Acompanham-nos até
o cemitério, nosso último local de repouso. Então,
eles também nos deixam para continuar suas vidas. Apenas nosso
nome, as boas ações que realizamos para os outros, e a influência
que tivemos sobre eles, sobrevivem a nós e nos oferecem nossa cota
de imortalidade.
É estranho, então, que passemos a maior parte da nossa vida
correndo atrás do dinheiro, passando muito menos tempo do que deveríamos
com nossa família, e fazendo tão poucos esforços
para realizar aquelas coisas pelas quais seremos lembrados!
Talvez construir uma fortuna não seja tudo aquilo que parece ser.
Talvez possamos nos identificar com as profundas palavras do escritor
contemporâneo Emile Henry Gauvreay: “Fiz parte daquela estranha
raça de pessoas sobre as quais se afirma que passam a vida fazendo
coisas que detestam para ganhar dinheiro que não querem, para comprar
coisas das quais não precisam, para impressionar pessoas de quem
não gostam.”
O Pescador Mexicano
Um banqueiro de investimentos americano estava no píer
de uma pequena aldeia costeira no México, quando aportou um barquinho
com apenas um pescador. Dentro do barco havia diversos atuns grandes com
barbatanas amarelas. O banqueiro cumprimentou o mexicano pela qualidade
do peixe e perguntou quanto tempo demorou para pescá-los.
O mexicano respondeu: “Somente um pouco.” O banqueiro então
perguntou por que ele não ficou mais tempo para apanhar mais peixe.
O mexicano disse que tinha o suficiente para prover as necessidades imediatas
da sua família.
O banqueiro ficou perplexo, e então perguntou: “Mas o que
você faz com o restante do seu tempo?” O pescador mexicano
disse: “Durmo até mais tarde, nado um pouco, brinco com meus
filhos, faço uma siesta com minha esposa Maria, passeio pela vila
toda noite, tomo um pouco de vinho e toco violão com meus amigos,
Tenho uma vida plena e ocupada, Senõr.”
O banqueiro zombou: “Sou um MBA de Harvard e posso ajudá-lo.
Você poderia passar mais tempo pescando e com os lucros comprar
um barco maior. Com os rendimentos do barco maior poderia comprar vários
barcos. Por fim, você terá uma frota de barcos pesqueiros.
Em vez de vender sua produção a um intermediário,
venderia diretamente para a fábrica, e com o tempo abriria sua
própria indústria para enlatar o peixe. Controlaria o produto,
o processamento e a distribuição. Teria de deixar essa pequena
aldeia pesqueira e mudar-se para a Cidade do México, e finalmente
para Nova York, onde teria uma empresa muito lucrativa.”
O pescador perguntou: “Mas Senõr, quanto tempo demoraria
isso tudo?”
O banqueiro respondeu: “Cinco a dez anos.”
“Mas e então, Señor?” O banqueiro riu
e disse: “Essa é a melhor parte. Quando chegar a hora, você
anunciaria a abertura de capital e venderia ações de sua
empresa ao público, tornando-se muito rico. Você valerá
milhões!”
“Milhões, Señor? E depois?” O banqueiro
disse: “Então você poderia se aposentar, mudar-se para
uma pequena aldeia pesqueira, fazer siestas com sua esposa, brincar com
seus filhos e passear pela vila todas as noites, onde tomaria vinho e
tocaria seu violão com seus amigos.”
Felicidade
Nosso maior problema com a felicidade é que nos comparamos
com os outros e nos enganamos acreditando, pela sua fachada exterior de
bem-estar, que eles são realmente felizes. Isso obviamente nos
deixa ainda mais infelizes do que antes.
Você já notou a diferença entre os retratos tirados
há um século e as fotografias tiradas atualmente? Nas fotos
antigas, as pessoas raramente, ou nunca, sorriam para a câmera.
Não ocorria a elas que tinham de parecer sempre felizes. A vida
era séria – e as pessoas também. Não parecia
racional estampar um sorriso “quando eu contar três”
ou apenas porque tinham ouvindo a palavra “Xis”. As fotos
atuais, no entanto, obedecem uma lei não escrita de que todos devem
parecer repletos de alegria. “Olhe para mim. Veja como sou feliz,
como devo ser bem-sucedido – e se isso o deixa com inveja, você
acaba de descobrir o meu motivo subconsciente.”
O desejo de aparecer aos outros como sendo feliz é na verdade uma
das maiores razões para a infelicidade das pessoas. Dale Carnegie,
o autor do mega sucesso de vendas Como fazer Amigos e Influenciar Pessoas,
reconheceu essa profunda verdade: “Você já viu um cavalo
infeliz? Você já viu pássaros deprimidos? Um motivo
pelo qual os pássaros e cavalos não são infelizes
é porque eles não estão tentando impressionar outros
pássaros e cavalos.” E, ele poderia ter acrescentado, outros
pássaros e cavalos não passam os dias tentando vingar-se
e provar que são os melhores.
Como Fazer Pérolas
A natureza nos dá outro exemplo que ensina uma mensagem
semelhante. Você acreditaria que algo tão inferior na cadeia
evolutiva como uma ostra possa nos oferecer uma idéia tão
profunda? O mais extraordinário sobre a ostra é aquilo que
ela faz quando algo irritante entra em sua concha. Ela não gosta
daquilo. Tenta se livrar do intruso. Porém quando percebe que é
incapaz de fazer isso, começa a fazer com o invasor uma das coisas
mais lindas do mundo. Usa a irritação para construir o mais
adorável que uma ostra pode fazer: transforma a irritação
numa pérola.
Essa não é uma receita de felicidade para todos nós?
As irritações vêm em muitas formas, de problemas a
tragédias. O que precisamos aprender é a descobrir o segredo
de também transformar nossas dificuldades em pérolas.
A Corrida Ilusória
Esta é uma famosa história relatada pelo novelista
russo, Leo Nikolaevich Tolstoy, um conto que ressoa com a tragédia
do comportamento humano:
Um nobre feudal desejava recompensar um dos seus servos. Disse a ele que
lhe concederia uma grande bênção. Daria a ele como
presente um enorme lote de terra, cujo tamanho seria determinado pelo
próprio servo.
Na manhã seguinte ordenou ao servo que se levantasse cedo. A partir
do nascer do sol até o ocaso ele deveria caminhar e circundar um
lote de terra. Tudo aquilo que conseguisse percorrer seria seu. Havia
apenas uma condição: o servo deveria retornar exatamente
ao ponto de partida, ou perderia tudo.
Como o servo ficou grato por essa oportunidade única!
Seu plano para cumprir a exigência do nobre era simples. Caminharia
em uma direção até que o sol estivesse exatamente
a pino. Então, sabendo que era meio-dia e que obviamente metade
do tempo teria passado, ele começaria a jornada de volta. Assim
poderia ter certeza de estar de volta ao ponto de partida ao pôr-do-sol.
Isso lhe daria um grande pedaço de terra. Ele e sua família
ficariam mais ricos do que jamais puderam supor.
E assim ele deu início à sua jornada, seu caminho para a
realização pessoal e à riqueza. Apressava o passo
à medida que o sol continuava a subir. Cada passo adicional significava
mais terra, e toda essa pressa seria recompensada com mais riquezas. Quando
chegou o meio-dia, ele não pôde suportar a idéia de
que isso marcaria o final da sua chance de adquirir terras. Se ele fosse
um pouco mais além e apressasse os passos na volta; se estendesse
a primeira parte da caminhada, circundando apenas um pouco mais, e então
corresse durante todo o caminho de volta ao ponto de partida para cumprir
a condição, ora, então ele não seria apenas
um homem rico, mas muito, muito rico. Teria o suficiente não apenas
para seus filhos e netos, mas até mesmo para muitas gerações
vindouras.
E assim ele caminhou para adquirir novas terras por meia hora, uma hora,
duas horas além do meio-dia. O pânico o dominou quando percebeu
o quanto fora longe e como era grande a distância que teria de percorrer
até o ponto onde começara sua jornada.
Correndo, pulando, disparando, ele teria de voltar ou então todos
os seus esforços seriam em vão. Foi durante a jornada de
volta que as pessoas começaram a pará-lo para pedir diferentes
coisas. Uma precisava desesperadamente de um favor. Era uma questão
de vida ou morte. “Amanhã,” gritava ele, “amanhã
eu o ajudarei. Hoje não tenho tempo.” Da outra vez foi seu
próprio filho que estava ferido e implorou: “Pai, Pai, por
favor, cuida da minha ferida, conforta-me com palavras. Preciso de você,
Papai.” “Amanhã, meu filho, amanhã terei tempo
para passar com você. Amanhã poderei brincar com você.
Amanhã, não hoje. Não vê como estou ocupado?
E estou fazendo isso exatamente para você.”
Sua esposa, também, tentou falar com ele no meio de sua frenética
corrida. “Só umas palavras, meu marido. Preciso falar com
você ou ficarei louca. Preciso que fale comigo da maneira que fazia
nos bons tempos, quando você era meu pilar de força, quando
você era o meu tudo, quando eu podia me voltar a você não
importa o que eu precisasse.”
“Amanhã,” disse o marido à esposa, “amanhã,
amanhã terei todo o tempo que você precisa.” E passou
correndo por ela.
A corrida agora era entre o sol no horizonte e seus passos frenéticos
até o ponto de partida. Ele tinha julgado tão erradamente
sua capacidade de percorrer de volta a distância que tinha feito,
que agora parecia quase impossível completar sua jornada. Mais
depressa, mais depressa, mais depressa ainda. Agora ele precisava correr
com esforço sobre-humano. Seu coração estava disparado,
as pernas pareciam que estavam para ceder debaixo dele.
O sol tinha quase desaparecido. O amo estava a distância, esperando
no local pré-combinado. Com um arranque final, o servo saltou ao
ponto exigido quase no último segundo, legalmente cumprindo a condição
que lhe fora imposta. Ele sorriu o sorriso do vencedor. Porém,
o sorriso congelou em seu rosto numa máscara de morte, à
medida que sua alma partia dele.
“Peguem este camponês e o enterrem sob seis palmos de terra,
com meio metro de largura,” ordenou o nobre. “Deixem que ele
repouse ali. Que a terra seja dele. Este é todo o terreno que ele
realmente precisava.”
Corremos pela vida e ignoramos aqueles que nos são realmente importantes.
Para cada um deles temos uma resposta. Amanhã. Amanhã eu
o ajudarei. Amanhã e estarei com você. Amanhã teremos
tempo para tudo. Hoje devo construir minha fortuna. Hoje ainda preciso
correr. Porém o amanhã nunca chega à medida que passamos
nossos dias correndo para possuir aquelas coisas que nos permitirão
ter um futuro confortável – um futuro que deixamos de lado
no presente enquanto nos ocupamos constantemente com buscas tolas que
nos impedem de sequer cumprirmos as tarefas realmente importantes na vida.
Vá a um funeral e observe o quanto as pessoas deixam de fazer em
nome de um amanhã que nunca chega, a fim de buscar a fortuna que
elas jamais viverão para gastar. Rabino Andrew Sachs, creio, foi
quem melhor resumiu esta idéia: “A morte é mais universal
que a vida. Todos morrem, mas nem todos vivem.”
|