Por que nos importamos?

Por que nos incomoda saber que dezenas de milhares de pessoas foram mortas num terremoto na Turquia? Por que nos sentimos ultrajados quando um atirador enlouquecido atira a esmo em crianças numa escola? Por que sofremos ao saber que um sem-teto teve uma morte lenta na rua?

Isso parece ser algo que todos - homens e mulheres, ricos e pobres, religiosos e ateus, operários ou executivos - concordam: que a vida humana tem valor. Que nós não apenas existimos, mas deveríamos existir. E que qualquer um que pense de outra forma é mau, louco ou ambos (lembra-se do "atirador enlouquecido"?)

Mas por quê? Se nossa existência é um acidente, algo que simplesmente aconteceu, por que faria qualquer diferença significativa se somos ou não somos? Por que, na verdade, a palavra "significativa" está em nosso vocabulário? Se não há um propósito para nossa existência, por que "depressão suicida" é uma doença?

Alguém disse certa vez que não há ateus em trincheiras. Esta pessoa estava apenas parcialmente certa - não há ateus em lugar algum. Os ateus também acreditam em D'us - apenas O chamam por algum outro nome. Acreditam que a vida humana tem um propósito - que há algo além de nossa existência a que nossa existência serve. Racionalmente, o ser humano pode rejeitar esta verdade, mas cada instinto seu afirma isso. E quando não o faz, a raça unanimemente o chamará de "anormal."

Dê uma olhada nas manchetes de hoje: "Esforço heróico feito pelo cirurgião para salvar a vida da mãe" - "Tragédia na montanha: avalanche enterra quatro" - "Boas perspectivas para vítima de queimaduras."

Estes são itens do noticiário, supostamente sem nenhum aspecto de valor moral ou religioso. Então, por que eles presumem que seus leitores concordarão que os esforços do médico são heróicos, o avalanche é trágico e que a possibilidade de a vítima de queimadura sobreviver é "boa"?

Por que nos importamos? Porque no princípio D'us criou os céus e a terra.