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  Consolo para uma mãe
   
 

Dvir Aminolav foi o primeiro soldado a ser morto em Oferet Yezuka (a guerra de Gaza em janeiro de 2009). Seu pai havia morrido de câncer dois anos antes. Dvir era o único filho homem e assumiu varias responsabilidades ao lado de sua mãe. Sua perda foi particularmente traumática.

Em seu último aniversario, família e amigos juntaram-se ao redor de seu túmulo, trazendo flores. No local do túmulo, sua mãe, Dalya, compartilhou uma comovente história:

Certa noite antes de ir dormir, ela falou em voz alta: “D’us, me dê um sinal, me dê um abraço de Dvir para que eu saiba que sua morte teve um sentido.” Então foi dormir.

Nesta mesma semana sua filha pediu para que a acompanhasse a um concerto. A mãe, bastante triste, não queria ir, mas também não queria desapontar sua filha e aceitou ir, sem vontade..

Enquanto os músicos se preparavam, afinavam seus instrumentos e o concerto atrasava, um menino de aproximadamente dois anos, com belas mechas loiras que parecia um anjinho aproximou-se dela e tocou-lhe os ombros. Como era professora de primário, Dayla se virou, olhou para o menino começou a conversar com ele.

- Qual é o seu nome?

- Eshel, o menino respondeu.

- Você quer ser meu amigo, Eshel?

- Sim

- Você quer se sentar ao meu lado?"

- Sim!

Os pais de Eshel, duas fileiras acima e vendo seu anjinho incomodar Dalya, mandaram-no subir de volta, mas Dayla acenou-lhes mostrando que estava tudo bem.

- Eu tenho um irmão que se chama Dvir, Eshel disse a ela. Dalya ficou chocada ao ouvir este nome e subiu as duas fileiras para falar com seus pais. Ela viu o bebê no carrinho e pediu licença.

- Se vocês não se importarem de eu perguntar, quantos anos tem o seu filho?

- Seis meses.

- Espero que vocês não se importem de eu ser um pouquinho intrometida, mas ele nasceu antes ou depois da guerra?

- Depois.

- Só mais uma pergunta: por que lhe deram o nome Dvir?

A mãe do bebê Dvir começou a explicar. "Sou uma oficial e lido com soldados feridos do exército. Quando eu estava no fim da minha gravidez, os médicos suspeitaram de uma grave má-formação do feto. Como era o final da gravidez os médicos nada podiam fazer, apenas esperar e ver o que aconteceria.

“Quando fui para casa e ouvi a notícia que Dvir tinha sido morto na guerra, eu decidi fazer um pacto com D’us: 'Se você me der um filho saudável, eu prometo dar a ele o nome Dvir em memória ao soldado que foi morto.'”

Dalya, a mãe de Dvir, o soldado morto, ficou boquiaberta.

Ela disse, "Eu sou a mãe de Dvir!"

Os jovens pais não podiam acreditar. Ela repetiu, "Eu sou a mãe de Dvir.”

Os jovens lhe perguntaram: "Qual é o seu nome?"

"Meu nome é Dalya Aminalov, de Pisgat Zeev."

Então a mãe do bebê Dvir lhe deu o bebê nas mãos e disse:

"Dvir quer te abraçar."

 
   
       
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