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Este estudo que
faz ligações entre intervalos semelhantes de palavras foram
encontrados há mais de meio século por um rabino de origem
tcheca, Michael Weismandel. Mas somente com o advento dos modernos computadores
foi possível estatisticamente verificar se tais padrões
de palavras são involuntários e simples coincidência,
ou se foram deliberadamente criptografados na Torá. Após
a morte do Rabbi Weismandel, seus discípulos e os rabinos Shmuel
Yavin e Avram Oren continuaram o seu trabalho de pesquisa de palavras
e padrões codificados na Torá. Mas o grande avanço
ocorreu no início da década de 80, quando um rabino de Jerusalém
mostrou ao Dr. Eliyahu Rips, renomado professor de Matemática na
Universidade Hebraica de Jerusalém, o trabalho do rabino Weismandel.
Com a ajuda de avançadas ferramentas de estatística e computadores
modernos, o Dr. Rips iniciou sua pesquisa buscando na Torá padrões
de palavras e, a seguir, verificando matematicamente se estes haviam sido
propositalmente codificados dentro da mesma. Mais tarde, o Dr. Rips teve
a colaboração, neste estudo, do Dr. Moshe Katz, do Instituto
Technion, de Haifa, e do físico Doron Witztum, de Jerusalém.
Segue-se um exemplo do que foi desvendado pelo Dr. Rips:
No segundo capítulo do Livro do Gênese, encontramos o seguinte:
"Do solo fez o Senhor D-us brotar toda sorte de árvores agradáveis
à vista e boas para alimento; e também a árvore da
vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal"
(Gênese 2:9).
Os nomes das árvores não são mencionados explicitamente
nesse capitulo da Torá. O Dr. Eliyahu Rips sugeriu que talvez estivessem
codificados no mesmo em intervalos regulares de letras. A seguir, tomou
os nomes de 25 árvores mencionadas na Torá (segundo referência
no trabalho "A fauna e a flora na Torá", de Yehuda Feliks),
programando o seu computador para decifrar se os mesmos haviam sido codificados.
E o que encontrou o computador? Os nomes das 25 árvores haviam
realmente sido codificados nesse capítulo da Torá!
Em artigo intitulado "Códigos na Torá: leitura em intervalos
iguais", Daniel Michelson, professor de Matemática na Universidade
da Califórnia e na Universidade Hebraica, estimaram a probabilidade
de ser mera coincidência o fenômeno. Seus resultados indicam
que a probabilidade dessas 25 árvores terem sido acidentalmente
codificadas nesse capítulo da Torá é de 1 em 100
mil. Isto significa que se tomarmos 100 mil textos hebraicos de tal comprimento,
deveríamos esperar encontrar os nomes das 25 árvores codificados
em apenas um dos mesmos. Seria meramente sorte o fato de que este fenômeno
das árvores foi precisamente encontrado na passagem da Torá
que narra a criação das árvores por D-us?
Outro exemplo interessante pode ser visto no 38º capítulo do livro
do Gênese. O texto relata a história de Yehuda e Tamar, que
deu à luz a Peretz e Zêrach. Sabemos, através do Livro
de Ruth, que Boaz descendia de Peretz e que esposara Ruth. Este casal
teve um filho a quem deram o nome de Oved e este, por sua vez, teve um
filho, Yishai, o pai do Rei David. Os matemáticos examinaram se
as informações sobre a linhagem do rei David estão
codificadas nesse capítulo da Torá que fala de seus ancestrais.
E o que foi que encontraram? Os nomes Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David
soletrados de trás para frente em um intervalo de 49 letras. E
além do mais, encontraram tais nomes em ordem cronológica.
O professor Michelson analisou se seriam meras coincidências. Seus
resultados estatísticos foram: as chances de todos os cinco nomes
- Boaz, Ruth, Oved, Yishai e David - aparecerem por acaso nesse capítulo
da Torá são de 1 em 6.500. As probabilidades dos nomes aparecerem
em ordem cronológica por simples coincidência são
de 1 em 200 mil!
Surge, naturalmente, uma pergunta interessante. Por que a ancestralidade
do rei David teria sido codificada em intervalos de 49 letras? Sabemos
que Shavuot - o dia em que D-us deu ao povo de Israel os Dez Mandamentos
- ocorreu 49 dias após o Êxodo. Shavuot foi a data de nascimento
e morte do rei David. E também é a festividade em que estudamos
o Livro de Ruth.
Outros códigos foram encontrados na Torá, e as experiências
estatísticas indicam que a possibilidade de serem os mesmos puramente
coincidência é infinitamente reduzida. Os pesquisadores concluíram
que tais códigos foram deliberadamente inseridos na Torá.
Relatam também que a maioria dos códigos são tão
incrivelmente complexos que os modernos computadores levam horas para
descriptografar um único padrão de palavra.
Isto não é incrível? Há muito sobre o assunto
e estaremos colocando em breve em nosso site dentro do item "Torá".
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