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Certa ocasião tive o privilégio de comparecer à conferência
regional dos Rabinos de Chabad em Portland, Oregon. Rabinos das cidades
de toda a região oeste convergiram à "Cidade da Rosa"
para um fim de semana de prece, estudo, discussão inspiradora.
Tenho rezado regularmente cada manhã, tarde e noite durante quase
três anos. Mas nunca, nunca mesmo, eu tinha visto preces feitas
assim. A energia, entusiasmo e amor que preenchiam a sinagoga Chabad de
Portland eram inacreditáveis! Aqueles "Homens de Preto"
sacudiam o prédio!
O volume ficou mais alto quando demos as boas vindas ao Shabat. As vigas
estremeceram quando cantamos Lecha Dodi. Quando a última nota da
canção ecoou pelas paredes, todos levantaram da cadeira
e começaram a dançar pela sala até eu achar que iam
cair de cansaço.
Mas não ficamos cansados. Cantamos, dançamos, rezamos com
uma espécie de paixão que eu jamais sonhara ser possível.
Como
você agradece a uma pessoa e uma organização
que salva sua vida?
Você as descreve para o mundo.
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Isso
era Shabat! Era assim que devia ser! Esta era a vida judaica como deveria
ser! Aqueles quinze judeus orgulhosos nos mostravam a alegria absoluta
que ainda existe dentro da comunidade judaica observante. Eles nos mostravam
que o Shabat não é sobre coisas que você não
pode fazer. Não é sobre as restrições para
dirigir, acender luzes ou cozinhar. Pelo contrário, é sobre
deixar de lado as coisas do mundo durante algumas horas, agradecer a D’us
que o ama por Suas bênçãos, comer coisas deliciosas,
dizer l’chayim com os amigos, celebrar a experiência judaica
e recarregar sua neshamá, sua alma.
No decorrer do fim de semana, eu tive uma oportunidade excepcional de
conhecer bem alguns destes homens notáveis. Não deixe que
os ternos pretos, os chapéus clássicos o enganem. Eles são
tão diferentes um do outro como as folhas de uma árvore.
Porém todos eles partilham uma paixão semelhante pelos homens,
mulheres e crianças das comunidades judaicas onde trabalham. Todo
e cada um deles tem dedicado a vida e ao progresso do estudo judaico nos
locais mais remotos do globo. Não importa se moram em Wilmington,
Delaware, Salt Lake City em Utah, Anchorage no Alasca, Shangai na China,
Kostrama na Rússia ou Portland, Oregon, eles todos têm uma
meta em comum. Promovem o yiddishkeit para homens, mulheres e crianças
que, por alguma razão, tenham se afastado da fé de seus
antepassados.
Na juventude, eles deixam o aconchego de sua yeshivá e viajam a
lugares desconhecidos. São encarregados da responsabilidade de
estabelecer "postos" a muitos quilômetros dos centros
tradicionais de estudo judaico. Imagine como deve ser mudar-se para o
Alasca, um lugar onde existem mais alces que judeus. Como se faz para
encontrar comida casher, ou formar um minyan para o Shabat? Mas de alguma
forma, eles encontram uma maneira de fazer isso acontecer.
O que é ainda mais espantoso é que estes Rabinos não
recebem apoio de sua "sede" em Nova York. Muitas pessoas pensam
que quando eles se mudam para uma comunidade, estabelecem um posto e recebem
um cheque mensal do "tesoureiro da empresa". Nada poderia estar
mais longe da verdade. O fato é que eles se mudam para locais desconhecidos,
com alguns nomes e números de telefone. Mas eles encontram uma
maneira de fazer o milagre acontecer. Graças ao generoso apoio
de outros, eles podem continuar sua obra altruísta. Nada desvia
estes homens notáveis da sua missão. Muitas vezes eles não
sabem como vão pagar a hipoteca no mês seguinte. "Hashem
proverá" – geralmente é a resposta. Nunca tantos
fizeram tanto com tão pouco.
Os serviços locais do Shabat começam a brotar, onde antes
não existia nenhum. Comida casher "milagrosamente" começa
a aparecer nas prateleiras dos supermercados locais, onde antes não
havia. Festas de Purim, piqueniques de Lag Baômer, Sêder de
Pêssach, Sucá móvel, celebrações de
Simchat Torá, tudo brota como se o solo fértil da comunidade
judaica fosse cultivado.
Antes de descobrir Chabad, eu não conseguia imaginar a profundidade
e a amplitude do meu povo, meu legado e minha religião. Rezar diariamente,
colocar tefilin pela manhã, estudar Torá, ir à sinagoga
no Shabat, construir uma sucá, dançar com a Torá
em Simchat Torá, comparecer a um bar mitsvá tradicional,
encontrar paz e júbilo interiores. Estes são os tesouros
e dividendos que a pessoa descobre através de Chabad.
Estes rabinos não são como os rabinos de nossos avós.
Com todo o devido respeito àquela geração, estes
rabinos são diferentes. Eles recebem homens e mulheres com braços
espirituais abertos, amorosos, sem exigências. Se você deseja
tornar-se um erudito de Torá, então veio ao lugar certo.
Eles cuidarão disso. Mas se você nunca aprendeu hebraico
e apenas deseja saborear um kuguel igual ao da sua bisavó, então
Chabad também tem um lugar para você.
Aqui todos os judeus são bem-vindos. Não há exigências,
expectativas nem competição. Ninguém zomba de você
ou daquilo que você não sabe. Se você não sabe
rezar, eles pacientemente lhe mostram como manobrar através do
Sidur. Se você não sabe colocar talit, eles de boa vontade
demonstram como fazê-lo e o ajudam com as bênçãos
apropriadas. Se você nunca fez kidush no Shabat e deseja aprender,
eles o ensinarão, ajudando-o a recitar a bênção
à mesa do Shabat deles. Se você quer colocar tefilin, eles
lhe encontram um par, mostram como colocá-los sobre o braço
e cabeça e o ajudam a recitar as bênçãos. Você
diz o que deseja aprender e quando quer aprender. Se você está
disposto a aprender, eles estão dispostos a ensinar. A norma é
amor e afeição incondicionais.
Se eu pareço estar exagerando nos meus elogios, então sou
culpado dessa acusação. Eu tive meu bar mitsvá aos
treze anos e compareci uma vez aos serviços de Rosh Hashaná
e Yom Kipur. Esta era a extensão da minha experiência judaica.
Então, há três anos, eu percebi que dinheiro e uma
carreira de sucesso não bastavam mais. Eu tinha uma dor persistente
e incômoda em meu coração, que nenhum sucesso pessoal
conseguia apaziguar. A ioga não diminuía a dor. A meditação
não preenchia o vazio. As endorfinas da corrida não anestesiavam
o coração. Eu era um homem de 41 anos infeliz. Alguma coisa
estava faltando na minha vida. Eu estava me afogando num mar de desespero.
E então Rabino Vogel, do Chabad de Delaware, me atirou um salva-vidas
espiritual, literalmente salvando minha vida. Ele atuou como meu guia
através de uma jornada espiritual que me levou a lugares que jamais
sonhei possíveis. E no decorrer da jornada, nunca pediu algo em
troca. Sem egoísmo, ele deu de si mesmo e sua família.
Como você agradece a uma pessoa e uma organização
que salva sua vida?
Você as descreve para o mundo. Você conta a todos que quiserem
ouvir que existe um grupo de homens e mulheres dedicados que o ajudarão
a descobrir seu legado, seu povo e seu D’us que o ama. Não
importa quão difícil possa ser a vida, sempre haverá
uma amanhã mais brilhante enquanto existir Chabad. Ajude a acender
a chama judaica adormecida em você: dê o primeiro passo naquela
que será uma das jornadas mais inspiradoras e gratificantes de
sua vida!
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