O Paradoxo do Livre Arbítrio  
 
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  Terceira questão: Presciência
   
 

Uma vez que D'us sabe o futuro, que escolha temos nele?

A resposta curta:

Este argumento é o mais fácil de tratar: saber o que alguém está para fazer não é sinônimo de fazer a pessoa fazer isso. Isso é simples de entender.

Uma resposta um pouco mais longa:

Na Mishná (Ética dos Pais 3:15), Rabi Akiva diz isso de forma direta: "Tudo está previsto, e o livre arbítrio está garantido." Os comentaristas clássicos não têm dificuldade com isso. Permita-me parafrasear sua própria explicação simples:

Se eu vir uma criança na frente de um sorvete e disser a você que ela vai comê-lo, isso significa que eu a fiz comê-lo? Digamos que um psicólogo prevê que um determinado criminoso, caso seja libertado, matará outra vez. E isso acontece. Prendemos o psicólogo ou o criminoso? É claro que o último. O conhecimento do psicólogo não tem envolvimento no ato criminoso de matar.

De forma semelhante, se alguém volta do futuro em uma máquina do tempo, e diz a você o que está para acontecer no mundo, isso significa que ele é responsável por aquilo que acontece daí em diante? D'us sabe o que você está para fazer porque Ele está além do tempo. Para Ele, tudo já aconteceu. Portanto, como isso implica que Ele nos nega o livre arbítrio para tomar aquelas decisões?

Em outras palavras, o conhecimento do futuro é um resultado dos eventos do futuro, não sua causa. No reino super-temporal de D'us, o resultado pode existir antes da causa. Mas ainda é um resultado, e não uma causa.

Portanto, se você vai dizer que tudo que é verdadeiro conosco seres humanos, mas não com D'us, não é Seu conhecimento que cria todas as coisas? - então eu sugiro que você continue a ler, conforme discutimos a relação do conhecimento de D'us com este mundo, nas seções seguintes.

Vamos para a pergunta seguinte:

D'us deseja que algo aconteça e isso acontece. Portanto, como poderia eu escolher algo de que Ele não goste? Quem pode mais, afinal?

 

 

 
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