|  | Em 1936, o governo britânico 
        criou uma comissão, liderado pelo Visconde Peel, para estudar o 
        conflito entre judeus e árabes no protetorado da Palestina. A comissão 
        deveria submeter suas propostas ao Rei George. No banco das testemunhas 
        havia um Tanach (Bíblia), um Corão e uma Bíblia cristã. 
        Cada testemunha que subia até lá deveria fazer um juramento, 
        sobre seu próprio livro sagrado.
 Uma das últimas testemunhas a falar perante a comissão foi 
        o diretor da Agência Judaica, David Ben-Gurion. Ao término 
        de seu testemunho, ocorreu o seguinte diálogo entre Ben-Gurion 
        e Lorde Peel.
 
 Lorde Peel: Onde você nasceu?
 
 Ben-Gurion: Em Plonsk.
 
 Lorde Peel: Onde fica Plonsk?
 
 Ben-Gurion: Na Polônia.
 
 Lorde Peel: Isso é muito estranho. Todas as testemunhas árabes 
        que apareceram perante esta comissão – Nusseibah, Nasabiba, 
        al-Tal e al-Husseini nasceram aqui na Palestina. E quase todas as testemunhas 
        judias que apareceram perante nós não nasceram aqui. Você 
        diz que este é o seu lar, mas outra pessoa mora aqui agora – 
        os árabes. Há uma lei internacional declarando que se alguém 
        contesta o direito de outra pessoa que está usando sua propriedade, 
        deve apresentar prova documental de propriedade (ou, como era chamado 
        no Império Otomano, um kushan) de que a propriedade pertence a 
        ele, mesmo que não tenha nascido ali.
 
 Ben-Gurion ergueu a Bíblia e disse: “Lorde Peel, certamente 
        temos um kushan, este é nosso kushan – a Bíblia. Os 
        Britânicos são uma nação que respeita a Bíblia. 
        Será nosso direito histórico, como declarado na Bíblia, 
        menos autêntico que um documento escrito por algum funcionário 
        em algum cartório de registros do país? Este é um 
        documento eterno no qual está escrito: ‘Aos teus filhos Eu 
        dei esta terra.’ D'us prometeu esta terra ao nosso Patriarca Avraham 
        e aos seus descendentes. Não há dúvida de que somos 
        os descendentes de Avraham, Yitschac e Yaacov.”
 
 O povo judeu tem sido espalhado aos quatro cantos da terra, como palha 
        ao vento. Temos enfrentado séculos de perseguição 
        e visto o surgimento e a queda de grandes impérios. À medida 
        que o mundo vai mudando ao nosso redor, permanece uma constante: somos 
        uma nação com os olhos voltados para a Terra de Israel. 
        Nossas preces feitas três vezes ao dia são dirigidas ao leste, 
        no rumo de Jerusalém. Jamais nos esquecemos de nosso direito de 
        nascimento, a Terra Prometida.
 
 Por mais de dois milênios, conquistadores têm surgido e caído, 
        mas nenhum conseguiu fazer a Terra Santa florescer e prosperar. Em vez 
        disso, Israel tem sido uma terra esperando seu povo, como uma mãe 
        ansiando pelo retorno de seus filhos.
 
 Como sabemos que Israel ainda é nosso? Em Bereshit (12:5-7) lemos:
 
 [Avraham e sua família] foram para a terra de Canaã. E Avraham 
        viajou na terra até o local de Shechem, e os canaanitas ainda estavam 
        na terra. D'us apareceu a Avraham e disse: ‘Para tua semente Eu 
        darei essa terra,’ e ele construiu ali um altar para D'us que apareceu 
        a ele.
 
 Avraham teve dois filhos, Yitschac e Yishmael. Bereshit (17:19-21) menciona 
        especificamente qual filho herdaria a terra:
 
 D'us disse: ‘Mas Sarah tua esposa te dará um filho, e o chamarás 
        de Yitschac, e sustentarei Meu pacto com ele – um pacto eterno – 
        com a semente depois dele. E para Yishmael… farei dele uma grande 
        nação. Porém Meu pacto estabelecerei com Yitschac, 
        que Sarah terá nessa época no ano que vem.’
 
 Então por que lutamos hoje pela posse de Israel? Por que nos sentimos 
        obrigados a separar nosso eterno legado? Porque tratamos Israel como um 
        estado secular, criado por meros mortais, em vez de nosso direito de nascimento, 
        concedido a nós pela promessa de D'us. Porém argumentar 
        que Israel é um estado judaico porque assim foi feito em 1948 pelas 
        nações do mundo não basta para silenciar as alegações 
        dos árabes, do Vaticano, da União Europeia e das Nações 
        Unidas. A Bíblia é nossa prova. De acordo com a Torá, 
        a Terra de Israel tem sido sempre nossa, incluindo Gaza, Judeia e Samaria.
 
 Hoje, funcionários eleitos no Knesset permutariam pedaços 
        da terra que D'us nos deu a fim de cessar o derramamento de sangue. Porém 
        o derramamento de sangue somente se transformará num rio se os 
        terroristas se aproximarem.
 
 Para salvar vidas, devemos reter cada pedacinho da Terra Santa. Concessões 
        feitas pelo governo de Israel aos terroristas enviam a mensagem de que 
        estamos titubeando em nossa reivindicação da Terra de Israel. 
        Esta é nossa terra, nosso legado, dado a nós pela eterna 
        bondade de D'us. Devemos nos manter fortes perante D'us como Seu povo 
        escolhido. Somente então, a decisão de nossos inimigos enfraquecerá.
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