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A Muralha Ocidental,
Muro das Lamentações, é a última parte remanescente
do Templo que ficava no topo do Monte Moriá em Jerusalém.
Atualmente, é o lugar mais sagrado para o judaísmo, e não
tem conexão – arqueológica, espiritual ou qualquer
que seja – com nenhuma outra religião.
Após a destruição do Segundo Templo, D’us garantiu
a presença da Shechiná (presença Divina) em três
locais: nas sinagogas, nas crianças… e na Muralha Ocidental.
Assim, o Muro é um portal de entrada para o Céu, um local
onde a história brota para a vida, onde ateus confessos derramam
lágrimas inexplicáveis, um local onde a plenitude da identidade
judaica encontra expressão, e um lugar onde as preces são
respondidas. Finalmente, é um símbolo de D’us, e do
Povo Judeu: ambos são eternos, e o Muro Ocidental é a eternidade
de D’us e do Povo Judeu escrita em pedra.
Contrário à opinião pública, o Muro das Lamentações
não é realmente uma parte do próprio Templo –
é um segmento do muro de sustentação que corria ao
longo do perímetro mais a oeste do Templo. Porém, como esse
muro de sustentação era parte integral do complexo do Templo,
a santidade etérea do Templo permanece eternamente impregnada em
suas pedras.
O que devo fazer no Muro das Lamentações?
Rezar.
Um famoso funcionário anti-religioso do governo de Israel gastou
muita energia para retardar os esforços do rabino oficial do Cotel,
menosprezando a santidade do Muro como importuno, sinal de fanatismo.
Quando sua filha caiu gravemente enferma, porém, seus protestos
dissiparam-se como fumaça, e ele fez um pedido frenético
por uma prece ao bom rabino. Esperamos que você nunca precise rezar
na Muralha por um ente querido muito doente, mas você entendeu…
Centenas, se não milhares, de bar e bat mitsvot são celebrados
no Muro todos os anos. Pois o Muro – e o Monte do Templo –
pertencem a todos os judeus e a ninguém mais, e o júbilo
de um é o júbilo de todos.
Eles destruíram o Templo. Tentaram destruir o Muro. Mas não
conseguiram. Destruíram nosso país. Tentaram destruir-nos.
Mas não conseguiram. O Muro sobreviveu. Nós sobrevivemos.
Fomos banidos. Exilados. Violentados. Assassinados. Espoliados. Massacrados.
Em todos os países. Em todos os tempos. Mas continuamos a viver.
Ele foi escondido. Ignorado. Desacreditado. Atacado. Enterrado. Por muitas
civilizações, muitas vezes. Mas o Muro sobreviveu. Finalmente,
chegamos em casa.
Não esquecemos o Muro. O Muro estava esperando. E o Muro não
nos esqueceu.
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