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Discurso do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu perante a Assembleia Geral da ONU

29 de setembro de 2014

Obrigado, Sr. Presidente. Distintos delegados, vim de Jerusalém para falar em nome de meu povo, o povo de Israel. Estou aqui para falar sobre os perigos que enfrentamos e sobre as oportunidades que buscamos. Vim aqui para expor as mentiras faladas neste mesmo pódio contra meu pais e contra os corajosos soldados que o defendem.

Senhoras e senhores, o povo de Israel reza pela paz, mas nossas esperanças e as esperanças do mundo pela paz estão em perigo porque em toda parte que olhamos há militantes do Islã a caminho. Não é militante. Não é Islã. É militante islâmico. E tipicamente suas primeiras vítimas são outros muçulmanos, mas não poupam ninguém: cristãos, judeus, yazidis, curdos. Nenhum credo, nenhuma fé, nenhum grupo étnico está livre deles. E isso está se espalhando rapidamente em toda parte do mundo.

Vocês conhecem o famoso ditado americano, toda política é local? Para os militantes islâmicos, toda política é global, porque seu objetivo supremo é dominar o mundo. Ora, aquela ameaça poderia parecer exagerada para alguns, pois começa pequena, como um câncer que ataca uma parte específica do corpo. Mas se não for tratado, o câncer cresce, sofre metástase, e ataca áreas cada vez maiores. Para proteger a paz e segurança do mundo, devemos remover este câncer antes que seja tarde demais.

Semana passada, muitos dos países aqui representados aplaudiram o Presidente Obama por liderar o esforço para confrontar o Estado Islâmico, e apesar disso semanas antes, alguns desses mesmos países, os mesmos países que agora apoiam o confronto ao Estado Islâmico, se opuseram a Israel por confrontar o Hamas. Obviamente eles não entendem que o Estado Islâmico e o Hamas são ramos da mesma árvore venenosa.

O Estado Islâmico e o Hamas partilham um credo fanático, que ambos procuram impor muito além do território sob seu controle. Ouçam o auto-declarado califa do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. Isso é o que ele disse há dois meses: “Logo chegará o dua em qua o muçulmano caminhará em toda parte como um chefe. Os muçulmanos farão o mundo ouvir e entender o significado de terrorismo e destruirá o ídolo da democracia. Agora ouçam Khaled Mashal, o líder do Hamas. Ele proclama uma visão similar do futuro” Dizemos isso ao Ocidente - por Alá vocês serão derrotados. Amanhã nossa nação se sentará no trono do mundo.

Como ficou claro, a meta imediata do Hamas é destruir Israel, mas o Hamas tem um objetivo mais amplo. Também desejam um califado. Hamas partilha as ambições globais de seus parceiros militantes islâmicos, e é por isso que seus apoiadores celebraram ruidosamente nas ruas de Gaza quando milhares de americanos foram assassinados em Onze de setembro, e é por isso que seus líderes condenam os Estados Unidos por matarem Osama Bin laden, que eles louvavam como um guerreiro sagrado.

Portanto quando se trata de suas maiores metas, o Hamas é Estado Islâmico e o Estado Islâmico é Hamas. E aquilo que eles compartilham todos os militantes islâmicos têm em comum. Boko Haram na Nigéria, al-Shabab na Somália, Hezbollah no Líbano, al-Nusra na Síria, o exército Mahdi no Iraque, e os ramos da al-Qaida no Iêmen, Líbia, Filipinas, India e em outros países. Alguns são radicais sunitas, outros radicais xiitas, alguns desejam restaurar um califado pré-medieval do Século Sete, outros querem desencadear o retorno apocalíptico de um imã do Século Nove. Eles operam em países diferentes, almejam diferentes vítimas, e até se matam entre eles em sua batalha pela supremacia. Mas todos partilham uma ideologia fanática. Todos procuram criar enclaves cada vez maiores de militantes onde não haja liberdade nem tolerância., onde as mulheres são tratadas como escravas, cristãos são dizimados e minorias subjugadas, às vezes recebem a opção: converta-se ou morra. Para eles, qualquer um pode ser considerado um infiel, incluindo outros muçulmanos.

Senhoras e Senhores, a ambição dos militantes islâmicos de dominar o mundo parece louca, mas assim também foi com as ambições globais de outra ideologia fanática que esteve no poder há oito décadas. Os nazistas acreditavam numa raça superior. Os militantes islâmicos acreditam numa fé superior. Eles apenas discordam sobre quem dentre eles será o chefe da fé superior. É nisso que eles discordam. E portanto, a questão é se os militantes islâmicos terão o poder de concretizar suas ambições desenfreadas.

Há um local onde isso poderia acontecer logo - o estado islâmico do Irã. Durante 35 anos, o Irã tem buscado incansavelmente a missão global que foi criada pelo seu fundador, o Aiatolá Khomeini, nessas palavras: “Exportaremos nossa revolução ao mundo inteiro, até que o grito “não há deus exceto Alá” ecoe em todo o mundo.” E desde então, os brutais chefes do regime, os guardas revolucionários do Irã, tem feito exatamente isso. Ouçam seu atual comandante, General Mohammad Ali Jafari. Ele declarou claramente a sua meta. Disse: “Nosso imã não limitou a revolução ´âmica a esse país, nosso dever é preparar o caminho para um governo islâmico mundial.”

O presidente do Irã, Rouhani, esteve aqui semana passada e derramou lágrimas de crocodilo por aquilo que ele chamou de globalização do terrorismo. Talvez ele devesse ter nos poupado daquelas lágrimas falsas e em vez disso deveria ter uma palavra com os comandantes da guarda revolucionária do Irã. Ele poderia pedir a eles para encerrar a campanha global de terror do Irã, que tem incluído ataques em duas dúzias de países em cinco continentes, desde 2011.

Sabem dizer que o Irã não pratica terrorismo é como dizer que Derek Jeter nunca jogou no New York Yankees. Ou seja - essa diminuição feita pelo presidente iraniano sobre o aumento do terrorismo tem sido uma das maiores falsidades da história,

Ora, alguns dizem que a campanha de terror global do Irã, sua subversão de países em todo o Oriente Médio e muito além do Oriente Médio, alguns dizem que esse é o trabalho de extremistas. Dizem que as coisas estão mudando. Falam sobre a eleição do ano passado no Irã. Alegam que o presidente e do ministro do exterior, ambos de fala mansa, mudaram não apenas o tom da política externa do Irã mas também sua substância. Eles acresitam que Rouhani e Zarif (geralmente/genuinamente?) querem se reconciliar com o Ocidente, que eles abandonaram a missão global da Revolução Islâmica. Verdade?

Portanto, vejamos o que o Ministro do Exterior Zarif escreveu em seu livro há alguns anos: Temos um problema fundamental com o Ocidente, especialmente com os Estados Unidos. Isso porque somos herdeiros de uma missão global que é nossa razão de ser, uma missão global que está atada dentro de nós.

E então Zarif faz uma pergunta - creio que interessante. Como a Malásia - ele está se referindo a um país esmagadoramente muçulmano - como pode a Malásia não ter problemas semelhantes? E ele responde: Porque a Malásia não está tentando mudar a ordem internacional.

Essa é a sua moderação. Portanto não se deixe enganar pelo charme ofensivo manipulador do Irã. É projetado com um objetivo: tirar as sanções e remover os obstáculos do caminho do Irã para as bombas. A República Islâmica agora está tentando abrir caminho para um acordo que removerá as sanções que ainda enfrenta e deixá-la com uma capacidade de milhares de refugiados - de centrífugas, em vez disso - para enriquecer urânio. Isso iria efetivamente fortalecer o lugar do Irã como um poder nuclear com fins militares. E no futuro, na hora de sua escolha, o Irã, o regime mais perigoso da terra, na região mais perigosa do mundo, obteria as armas mais poderosas do mundo. Permitir que isso aconteça seria uma grave ameaça a todos nós. Uma coisa é confrontar militantes islâmicos em caminhoes armados com rifles Kalashnikov. Outra é confrontar militantes islâmicos equipados com armas de destruição em massa.

Lembro-me que no ano passado, todos aqui estavam preocupados com as armas químicas na Síria, incluindo a chance de que elas caíssem nas mãos de terroristas. Bem, isso não aconteceu, e o Presidente Obama merece grande crédito por liderar o esforço diplomático para desmantelar praticamente toda a capacidade de armas químicas da Síria. Imagine o quanto seria mais peerigoso o Estado Islâmico, se possuísse armas químicas. Agora imagine o quanto o Estado Islâmico seria ainda mais perigoso se possuísse armas nucleares.

Senhoras e Senhores, vocês deixariam o Estado Islâmico enriquecer urânio? Deixariam que construísse um pesado reator de água? Deixariam que desenvolvesse mísseis balísticos intercontinentais? Claro que não. Então não devem deixar o Irã fazer aquelas coisas, porque é isso que acontecerá. Se o Irã produzir bombas atômicas, todo o charme e todos os sorrisos irão desaparecer de repente. Vão sumir. E então os aiatolás mostrarão sua verdadeira face e libertarão seu fanatismo agressivo no mundo inteiro.

Há somente um rumo a tomar contra essa ameaça. As capacidades militares nucleares do Irã devem ser desmanteladas. (Aplauso). Não se enganem: o Estado Islâmico deve ser desmantelado. Mas derrotá-lo e deixar o Irã como uma potência nuclear é vencer a batalha e perder a guerra. (Aplauso). Derrotar o Estado Islâmico e deixar o Irã como uma potência nuclear é vencer a batalha e perder a guerra.

Senhoras e senhores, a luta contra o Islã militante é indivisível. Quando o Islã vence em alguma parte, está vencendo em toda parte. Quando sofre um golpe num lugar, é derrotado em todo lugar. É por isso que a luta de Israel contra o Hamas não é apenas nossa, é sua luta. Israel está lutando contra um fanatismo hoje que seus países podem ser forçados a enfrentar amanhã. Durante 50 dias no verão passado o Hamas lançou milhares de foguetes contra Israel, muitos deles fornecidos pelo Irã. Quero que pensem sobre oq ue seus países fariam se milhares de foguetes fossem lançados contra suas cidades. Imagine milhões de cidadãos tendo segundos para se esconder em abrigos, dia após dia. Vocês não deixariam terroristas lançarem foguetes contra suas cidadeds com impunidade, nem deixariam que cavassem túneis de terror sob suas fronteiras para infiltrar suas cidades a fim de matar e raptar seus cidadãos. Israel defendeu-se justamente contra ataques de foguetes e túneis do terror. (Aplausos). Porém Israel enfrentou outro desafio. Enfrentamos uma propaganda de guerra porque numa tentativa para ganhar a simpatia do mundo, o Hamas cinicamente usou civis palestinos como escudos humanos. Usou escolas - não apenas escolas; escolas da ONU - casas, mesquitas, até hospitais para estocar e disparar foguetes contra Israel. Quando Israel atacou os lançadores de foguetes e os túneis, civis palestinos foram trágica mas não intencionalmente mortos. Há imagens comoventes que resultaram, e essas provocaram acusações mentirosas de que Israel estava deliberadamente atacando civis. Não estávamos. Lamentamos profundamente toda e cada perda de civis.

E a verdade é esta: Israel estava fazendo tudo para minimizar as perdas de civis palestinos. O Hamas estava fazendo tudo para aumentar as perdas de civis israelenses e as perdas de civis palestinos. Israel entregou folhetos, fez telefonemas, enviou mensagens de texto, avisos em árabe na televisão palestina, tudo isso para possibilitar que os civis palestinos evacuassem áreas em perigo. Nenhum outro país e nenhum outro exército na história foi tão longe para evitar perdas entre a população civil de seus inimigos. (Aplausos).

Ora, essa preocupação pela vida dos palestinos foi ainda mais notável uma vez que os civis israelenses estavam sendo bombardeados por foguetes dia após dia, noite após noite. E como suas famílias estavam sendo atacadas pelo Hamas, o exército civil de Israel, os bravos soldados da FDI, nossos jovens, mantiveram os mais altos padrões morais de qualquer exército do mundo. (Aplausos). Os soldados de Israel merecem não condenacão, mas admiração, admiração das pessoas decentes em toda parte. (aplausos)

Ora, aqui está o que o Hamas fez. O Hamas lançou seus mísseis em áreas residenciais e disse aos palestinos para ignorar os avisos de Israel para sair. E caso as pessoas não entendessem a mensagem, eles executavam civis palestinos em Gaza que ousassem protestar. E não medos repreensível, o Hamas deliberadamente colocou seus foguetes onde crianças palestinas moram e brincam. Deixem-me mostrar a vocês uma foto. Foi tirada por uma equipe da França durante o recente conflito. Mostra dois lançadores de foguetes do Hamas, usados para nos atacar. Pode-se ver três crianças brincando perto deles. O Hamas deliberadamente coloca seus foguetes em áreas residenciais como essa - centenas deles.

Senhoras e senhores, este é um crime de guerra. E digo ao Presidente Abbas, estes são os crimes, os crimes de guerra, cometidos pelos seus parceiros do hamas no governo de unidade nacional que o senhor dirige e pelo qual é responsável. E estes são os verdadeiros crimes de guerra que vocês deveriam ter investigado ou falado contra neste pódio na semana passada. (aplauso)

Senhoras e senhores, enquanto as crianças de Israel se amontoam em abrigos e o míssil de defesa do Domo de Ferro de Israel ataca foguetes do Hamas no céu, a profunda diferença moral entre Israel e Hamas não poderia ser mais evidente. Israel estava usando seus mísseis para proteger suas crianças. O Hamas estava usando suas crianças para proteger seus mísseis. (Aplausos). Ao investigar Israel em vez do Hamas por crimes de guerra, o Conselho de Direitos Humanos da ONU traiu sua nobre missão de proteger os inocentes. Na verdade, o que está fazendo é virar as leis de guerra de cabeça para baixo. Israel, que tomou medidas para minimizar as perdas civis - é condenado. O Hamas, que atacou e se escondeu atrás de civis - um duplo crime de guerra - Hamas recebe passe livre.

O Conselho de Direitos Humanos está enviando uma clara mensagem a terroristas em toda parte: use civis como escudos humanos. Use-os sempre, sempre, sempre. E sabem por quê? Porque, infelizmente, funciona. Ao conceder legitimidade internacional ao uso de escudos humanos, o Conselho de Direitos Humanos da ONU se torna um conselho de direitos terroristas, e isso terá repercussões - provavelmente já tenha - sobre o uso de civis como escudos humanos. Não são apenas nossos interesses. Não são apenas nossos valores que estão sob ataque. São seus interesses e seus valores.

Senhoras e senhores, vivemos num mundo infestado de tirania e terror, onde gays são pendurados em cadafalsos em teerã, prisioneiros políticos são executados em Gaza, meninas são raptadas em massa na Nigéria, e centenas de milhares são mortos na Síria, Líbia e Iraque, porém quase metade - quase metade das resoluções do Conselho de Direitos Humanos da ONU se concentrando num só país tem se dirigido contra Israel, a uncia democracia no Oriente Médio; Israel, onde questões são debatidas abertamente num parlamento lotado, onde direitos humanos são protegidos pelos - tribunais independentes, e onde as minorias vivem numa sociedade genuinamente livre.

Os direitos humanos - esta é uma contradição, os humanos - o Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas usarei o mesmo, O tratamento preconceituoso do conselho a Israel é apenas uma manifestação de um dos maiores preconceitos do mundo. Vemos multidões na Europa hoje pedindo câmaras de gás para os judeus. Ouvimos alguns líderes nacionais comparando Israel aos nazistas. Essa não é uma função das políticas de Israel. É uma função de mentes doentias, e aquela doença tem um nome, antissemitismo. Está agora se espalhando na sociedade educada onde se mascara como crítica legítima a Israel. Durante séculos o povo judeu tem sido demonizado com libelos de sangue e acusações de deicídio. Hoje o Estado Judaico é demonizado com libelo de apartheid e acusações de genocídio - genocídio. Em qual universo moral o genocídio inclui avisar a população civil do inimigo para sair do perigo, ou garantir que eles recebam toneladas - toneladas de ajuda humanitária todo dia, enquanto milhares de foguetes estão sendo lançados contra nós, ou montar um hospital de campo para ajudar seus feridos?

Bem, suponho que é o mesmo universo moral onde um homem que escreveu uma dissertação de mentiras sobre o Holocausto e que insiste numa Palestina livre de judeus - Judenrein possa ficar neste pódio e sem vergonha acusar Israel de genocídio e limpeza étnica. No passado, mentiras ultrajantes contra os judeus foram as precursoras do massacre de nosso povo. Hoje nós, o povo judeu, temos o poder de nos defender. Vamos nos defender contra nossos inimigos no campo de batalha - (aplauso) - vamos mostrar suas mentiras contra nós no tribunal da opinião pública. Israel vai continuar de pé, orgulhoso e ereto. (Aplauso)

Senhoras e senhores, apesar dos enormes desafios que Israel enfrenta, creio que temos uma oportunidade histórica. Após décadas vendo Israel como seu inimigo, países líderes no mundo árabe cada vez mais reconhecem que juntos, nós e les enfrentamos muitos dos mesmos perigos, e principalmente, isso significa um Irã com armas nucleares e movimentos islâmicos ganhando espaço no mundo sunita. Nosso desafio é transformar esses interesses comuns para criar uma parceria produtiva, que construa um Oriente Médio mais seguro, pacífico e próspero. Juntos, podemos fortalecer a segurança regional, podemos avançar projetos sobre água e agricultura, transporte e saúde e energia em tantos campos.

Creio que a parceria entre nós pode ajudar a trazer paz entre Israel e os palestinos. Muitos há longo tempo presumem que uma paz Israel-Palestina pode ajudar numa aproximação maior entre Israel e o mudno árabe. Mas atualmente, penso que poderia funcionar de modo contrário, ou seja, que uma aproximação mais ampla entre Israel e o mundo árabe pode ajudar na paz entre Israelenses e palestinos. E para conseguir esta paz, devemos olhar não apenas para Jerusalém e Ramallah, mas também parao Cairo, Amman, Abu Dhabi, Riyadh e outros.

Creio que a paz pode ser feita com o envolvimento ativo dos países árabes - aqueles que estão dispostos a dar apoio político, material e outros. Estou pronto a assumir um compromisso histórico, não porque Israel ocupa uma terra estrangeira. O povo de Israel não é ocupante na Terra de Israel. (Aplausos). História, arqueologia e o senso comum deixam claro que temos tudo um apego singular a essa terra durante mais de 3.000 anos.

Quero paz porque quero criar um futuro melhor para meu povo, mas deve ser uma paz genuína - ancorada em reconhecimento mútuo e segurança duradoura - arranjos de segurança sólidos no chão, porque vejam, as retiradas de Israel do Líbano e Gaza criaram dois enclaves islâmicos em nossas fronteiras para os quais dezenas de milhares de foguetes foram lançados sobre Israel, e essas experiências aumentam as preocupações de Israel sobre segurança (sobre) potenciais concessões territoriais no futuro.

Essas preocupações com segurança são ainda maiores hoje. Olhem em volta. O Oriente Médio está em caos, estados estão se desintegrando, e militantes islâmicos estão preenchendo o vazio. Israel não pode ter territórios dos quais se retirar dominados por militantes islâmicos novamente, como acontceu em Gaza e no Líbano. Isso colocaria o Estado Islâmico em perigo, a poucas milhas, de 80 por cento da nossa população.

Agora pensem a respeito. A distância entre as linhas de 1967 e os subúrbios de Tel Aviv é como a distiancia entre o prédio da ONU aqui e a Times Square. Israel é um país minúsculo. É por isso que qualquer acordo de paz, que obviamente vai precisar de um acordo territorial, sempre insistirei que Israel possa se defender por si mesmo contra qualquer ameaça. (Aplausos) E apesar de tudo que tem acontecido, alguns ainda não levam a sério a segurança de Israel. Mas sempre o farei - (aplauso) porque como Primeiro Ministro de Israel, tenho a enorme responsabilidade de garantir o futuro do povo judeu e do estado judaico. E não importa que pressão sofrer, jamais deixarei de cumprir essa responsabilidade. (Aplauso)

Creio que com uma nova abordagem por parte dos nossos vizinhos, podemos avançar na paz apesar das dificuldades que enfrentamos. Vejam, em Israel, temos um registro de tornar o impossível possível. Fizemos uma terra desolada florescer, e com poucos recursos naturias, usamos a mente fértil de nosso povo para transformar Israel num centro global de tecnologia e inovação, e a paz, claro, permitiria a Israel realizar todo seu potencial e trazer um futuro promissor não apenas para nosso povo, não apenas para o povo palestino, mas para muitos, muitos outros em nossa região. Mas o velho estudo para a paz deve ser atualizado. Deve levar em conta novas realidades, novos papéis e responsabilidades para nossos vizinhos árabes.

Senhoras e senhores, há um novo Oriente Médio. Apresenta novos perigos mas também novas oportunidades. Israel está preparado para trabalhar com parceiros árabes e a comunidade internacional para enfrentar esses perigos e agarrar aquelas oportunidades. Juntos, devemos reconhecer a ameaça global dos militantes islâmicos, a primazia de desmontar a capacidade de armas nucleares e o papel indispensável dos países árabes em avançar na paz com os palestinos. Tudo isso pode voar face à sabedoria convencional, mas é a verdade, e a verdade sempre deve ser dita, especialmente aqui na ONU. (Aplauso) Isaiah, nosso profeta da paz, nos ensinou há 3.000 anos em Jerusalém a falar a verdade ao poder, (Fala em hebraico). Por Tsion, não ficarei em silêncio, em prol de Jerusalém, não ficarei parado até que a justiça brilhe e sua salvação reluza como uma tocha ardente.

Senhoras e senhores, vamos acender a tocha da verdade e justiça para salvaguardar nosso futuro em comum. Obrigado. (aplauso)

 

 

   
   
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