. As dez tribos perdidas:
   
 
   

Nas áreas montanhosas no noroeste da China, a oeste do Rio Min, próximo à fronteira do Tibet, vive em Szechuan um povo antigo, chamado pelos chineses de Chiang ou Chiang-Min, totalizando cerca de 250.000 pessoas.

O idioma da tribo Chiang havia sido esquecido, e perderam também sua escrita antiga. Hoje falam chinês e outras duas línguas, uma originária do Tibet e a outra um dialeto chamado Chiaring.

A região onde vivem é famosa por suas plantas e animais raros, como o panda.

O povo Chiang mora em aldeias semelhantes a fortalezas, geralmente construídas sobre colinas. No passado, foram um grande povo que governava os territórios das províncias, de Kansu, ao norte, até Liyunan ao sul.

Mapas históricos durante a Dinastia Han (séc. 3 A.E.C. - séc. 3 E.C.), mostram que esta tribo espalhou-se em direção ao norte da China. Eles vêem a si próprios como imigrantes vindos do oeste, que atingiram esta região após uma jornada de três anos e três meses. Os chineses os tratavam como bárbaros, e eles consideravam os chineses como adoradores de ídolos.

Havia ódio e inimizade por muito tempo entre os chineses e esta tribo. Viviam de forma independente até meados do século dezoito, quando se tornaram parte da população em geral, a fim de conseguir mais liberdade. A pressão religiosa feita pelos chineses, a expansão do Cristianismo e a influência de casamentos mistos fizeram com que a tribo Chiang desistisse, de forma geral, de sua maneira de ser monoteísta.

Entretanto, ainda hoje é possível aprender sobre as tradições passadas da tribo Chiang, por seus costumes e pela fé que ainda conservam. Esta tribo viveu à maneira israelita por 2.300 anos.

Segundo a sua tradição, a tribo Chiang é descendente de Avraham, e seu antepassado teve 12 filhos. Aqueles que não desposaram chinesas após sua vitória na guerra ainda têm aparência semítica.

Os traços de caráter deste povo são: integridade, amor ao próximo, solidariedade, generosidade, modéstia, timidez, gratidão e teimosia. Sentem também temor a D'us e aos céus.

Seu conceito de D'us é de um D'us Todo Poderoso que vigia o mundo inteiro, julga o mundo com justiça, recompensa os justos e pune os perversos. Este D'us lhes dá a oportunidade de sentir arrependimento e expiar suas más ações.

No passado, escreviam em rolos de pergaminho e livros, mas hoje têm apenas a tradição oral. Eles próprios não entendem as preces que recitam todas as semanas.

. O costume do sacrifício entre a Tribo de Chiang

A Tribo Chiang tem um estilo de vida muito especial, baseado nas oferendas de animais que parecem ter sido observadas entre as Dez Tribos de Israel. É proibido venerar estátuas ou deuses estrangeiros, e qualquer pessoa que ofereça um sacrifício a outro deus está sujeira à pena de morte.

Talvez por causa da influência assíria do passado, eles tentam construir seus altares próximos a árvores ou galhos. O altar é contruído com terra moldada em pedras, colocadas umas sobre as outras, sem serem cortadas por nenhuma ferramenta de metal. É importante ter-se em mente que na Torá (Shemot 20:22), um altar antigo não podia ser feito de pedras cortadas, pois a espada ou ferramenta usada para cortar a pedra era também um instrumento de guerra e ferimento.

Antes da oferenda de sacrifícios, a pessoa é solicitada a lavar-se e vestir-se com roupas limpas. Sacrifícios de animais também devem ser lavados e purificados. Há um lugar especial para a purificação e lavagem. Os anciãos e o sacerdote colocam as mãos sobre a cabeça do animal a ser abatido e então oferecem suas preces.

Entre os consumes que a Tribo Chiang adotou estão as leis de casamento levirato. É considerado vergonhoso para uma mulher deixar seu cabelo descoberto, por isso usam écharpes brancas. Não existem danças em que tomem parte homens e mulheres. Eles têm ainda um costume de fechar todas as florestas por 50 anos, após os quais realizam uma cerimônia especial para marcar sua reabertura.

A tribo Chiang possui também uma cerimônia com um rolo branco de pergaminho. Demonstram grande amor pelo pergaminho e são cuidadosos com ele, para ter certeza que permanecerá imaculado.

A Tribo Chiang tem uma festa de Ano Novo, uma festa de Ação de Graças, mas a circuncisão não é realizada. Porém, após o 7º dia, ou ao anoitecer do 40º dia, um galo branco é abatido em honra da criança, que então recebe um nome.

   
 
 
Em Myanmar (Burma) e Índia vive a tribo Menashe. Acredita-se, que são descendentes da tribo de Menashe, uma das Dez Tribos Perdidas de Israel. Têm antigos costumes israelitas. Yusufzai - Vivem no Afeganistão. Yusufzai significa Filhos de Yossef. Conservam os costumes dos antigos israelitas.