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Escavando o antigo banho ritual (Fotógrafo
Assaf Peretz, cortesia da Autoridade de Antiguidades de Israel.) |
Uma grande e impressionante piscina tirual (micvê)
do final da era do Segundo Templo foi descoberta recentemente em escavações
arqueológicas. A Autoridade Israelense está cavando túneis
no Muro Ocidental, em cooperação com a Fundacao Legado do
Muro Ocidental.
O micvê foi descoberto dentro do muro, numa esplêndida estrutura
localizada a apenas 20 metros do Muro Ocidental. Partes do edifício
foram descobertas no passado e a Autoridade Israelense está atualmente
expondo mais um dos três salões dentro dele. É uma
das mais magníficas estruturas do período do Segundo Templo
a ser descoberta.
O edifício é feito com pedras delicadamente colocadas e
a decoração arquitetônica é da mais alta qualidade.
Sob o ponto de vista artístico e arquitetônico, há
semelhanças entre essa estrutura e os três magníficos
complexos construídos pelo Rei Herodes sobre o Monte do Templo,
na Gruta dos Patriarcas e no Allonei Mamre, e sobre os quais podemos atestar
a grande importância que este edifício teve no período
do Segundo Templo.
Operários israelenses nos degraus
do micvê antigo descoberto recentemente, ao mesmo tempo em
que a sombra do arqueólogo regional da Autoridade de Antiguidades
John Seligman é projetada na parede, na Cidade Velha de Jerusalém
(23 de setembro de 2009) Arqueólogos israelenses dizem ter
descoberto um banho ritual em Jerusalém que provavelmente
era usado por peregrinos que iam ao Templo Sagrado há 2.000
anos. O micvê está localizado perto do Monte do Templo,
o complexo na Cidade Velha de Jerusalém onde ficavam os dois
Templos Bíblicos.
O segundo foi destruído pelas legiões romanas em 70
EC. |
Em seu livro A Guerra dos Judeus, Josephus Flavius escreve
que havia um centro administrativo do governo situado ao pé do
Templo. Dentre os edifícios que ele aponta nessa região
estão a casa do conselho e o “Xistus” – o escritório
de ashlar. Segundo o Talmud, era neste escritório que o Sanhedrin
– a Suprema Corte Judaica na época do Segundo Templo –
se reunia. É possível que a soberba estrutura que a Autoridade
Israelense esteja descobrindo atualmente pertencesse a um desses dois
edifícios.
Segundo o arqueólogo Alexander Onn, diretor da escavação
em nome da Autoridade Israelense: “É interessante ver que
na metade do 1º Século EC eles começaram a fazer mudanças
nessa magnífica estrutura – naquela época não
era mais usada como edifício administrativo do governo, e um grande
micvê foi instalado dentro da sua parece ocidental, onde havia 11
degraus que desciam à piscina de imersão. Parece que a cidade
de Jerusalém cresceu nesse período e tornou-se necessário
providenciar as crescentes necessidades de banhos rituais dos peregrinos
que acorriam ao Templo em grandes números, especialmente durante
as três festas de peregrinação (Shlosha Regalim: Pêssach,
Shavuot e Sucot). Imergir no micvê e manter a pureza ritual era
uma parte inseparável do estilo de vida judaico neste período,
e os micvaot eram essenciais, especialmente na região do Templo.
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