A vida é um livro

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10.03.2006 - 10 de Adar 5766
     
 

Os Rabinos muito versados nas Escrituras comparam as qualidades importantes de nossa vida a um ou outro dos livros da literatura judaica. A Torá esculpiu a alma judaica, e o indivíduo abraçou a Torá, beijou-a e a usou para caracterizar e demonstrar um estilo de vida individual.

Rabino Tzadok Ha’cohen escreveu este pensamento profundo: O mundo inteiro é um livro escrito por D’us, e a Torá é o comentário que Ele escreveu naquele livro. Os Rabinos usaram os títulos de muitos livros – da Torá e do Talmud e suas vastas tradições – como capítulos para suas próprias vidas. A vida, como um texto, encerra mistérios que exigem comentários e mais comentários, como faz a própria Torá. Por exemplo:

O Livro das Lamentações (Eiká) é uma metáfora para os sofrimento das pessoas – com doenças, criação dos filhos, a frustração sentida quando as metas da vida se evaporam perante os nossos olhos, e na perda de um ente querido.

O Cântico dos Cânticos (Shir Hashirim) simboliza a extraordinária coragem e fortaleza que as pessoas demonstram quando, apesar de todas as dificuldades, conseguem ter esperança e dar amor, extrair alguma harmonia em meio ao caos, transformar hinos fúnebres em canções, e maldições numa infinidade de bênçãos.

O Livro da Justiça (Sefer Ha’Yashar) é uma metáfora de nossa luta pela perfeição, da honestidade como tradição religiosa, e por sermos retos em meio à profusão de trapaceiros. Qual livro caracteriza melhor as qualidades dominantes de nosso parente falecido? O título do livro se torna a inscrição na lápide de sua memória.

     
 
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