Verdade e mentira

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06.01.2006 - 06 de Tevet 5766
     
 

Embora condenemos a falsidade e valorizemos a verdade, muitos esticam um pouquinho a verdade quando as circunstâncias permitem. Afinal, é muito fácil racionalizar e justificar uma mentira inocente. Por outro lado, algumas coisas são tão repulsivas e nojentas que instintivamente as evitamos. Sentimo-nos revoltados só de pensar em entrar em contato com algo muito poluído, e mesmo que alguém nos tente convencer com agrados, isso não nos ajuda a vencer nossa repulsa.

Amar realmente a verdade exige não apenas que evitemos o mal, mas que o desprezemos. Aqueles que amam a D’us devem desprezar o mal, diz o Salmista (97:10). No versículo acima citado, o Rei David vai um pouco além. O ódio pela falsidade e pelo mal deve ser tão intenso e profundo que o próprio pensamento sobre eles é repugnante; devemos rejeitá-los instintivamente da mesma maneira que abominamos algo tão obsceno que contamina todos que o tocam.

Talvez acreditemos ter amor à verdade, mas o teste de fogo é o quanto desprezamos a falsidade. A menos que a mentira automaticamente nos cause repulsa, não atingimos ainda o verdadeiro amor pela Torá.

     
 
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