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Quando as pessoas sentem-se bem sobre si mesmas, não precisam destacar
seus feitos e diminuir os outros. Aqueles que o fazem estão expondo
sua própria baixa auto-estima, e mostrando até onde vão
para se sentirem valorizados.
Shelomô disse que aquele que dá ouvidos à tal gabolice
não é melhor que quem a fala. Por que alguém perderia
tempo ouvindo calúnias a menos que isso lhe tivesse alguma utilidade?
Uma pessoa com boa auto-estima não daria ouvidos a esse tipo de
conversa. Além disso, quem escuta calúnias proporciona uma
platéia ao falador, e termina por encorajar ainda mais calúnias.
Shelomô chama uma pessoa sábia de "um homem de entendimento".
A sabedoria aqui consiste em entender a psicologia dos caluniadores. Eles
precisam rebaixar os outros para elevar seu próprio valor, e muitas
vezes mentem para desacreditar os outros. Você pode estar certo
de que a pessoa que fala mal sobre alguém a você, qualquer
hora falará mal de você para alguém. A única
solução, portanto, é não dar ouvidos à
maledicência.
Em sua marcante obra sobre lashon hará (maledicência), o
Chofetz Chayim declara que a transgressão de escutar lashon hará
é tão grave quanto dizê-la. Se alguém tentar
fazer de você um ouvinte, afaste-se, ou pelo menos diga educadamente
que não está interessado no assunto.
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