|
A crítica é um instrumento afiado. Pode cortar tão
profundamente quanto o bisturi. Um estudante de medicina passa por muitos
anos de treinamento antes de se tornar cirurgião e fazer uma incisão
que vai levar à melhoria da saúde de alguém. Até
a incisão cirúrgica mais calculada e bem feita é
uma ferida dolorida, e se o cirurgião não se esforçar
para aliviar o sofrimento do paciente e restaurar sua saúde, não
tem o direito de fazer um corte.
Antes de criticarmos alguém, mesmo que tenhamos a intenção
de melhorar a pessoa, devemos pensar com cuidado sobre o que estamos fazendo.
É importante saber que nossas observações podem provocar
dor emocional e, a menos que estejamos prontos para assumir a responsabilidade
de ajudar a pessoa a lidar com a dor e auxiliá-la no aperfeiçoamento
que recomendamos, devemos nos abster de criticar.
Já nos tempos do Talmud, a existência da capacidade de criticar
construtivamente era questionada. Temos poucos motivos para achar que
atualmente estamos mais competentes a esse respeito.
Pais que educam seus filhos também estão dispostos a investir
na no aperfeiçoamento das crianças. Esta atitude é
exigida antes de fazer a crítica construtiva.
|