Contrição

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07.10.2005 - 4 de Tishrei 5765
     
 

Pouco antes de Ne’ilah (o serviço de encerramento de Yom Kipur), um dos mestres chassídicos subiu à bimá e disse chorosamente: "Meus queridos irmãos e irmãs! D’us, em Sua infinita misericórdia nos deu o mês inteiro de Elul para arrependimento, mas não aproveitamos. Ele nos deu os maravilhosos dias de Rosh Hashaná, quando o fato de ficarmos perante o tribunal Celestial deveria nos ter estimulado ao arrependimento, mas negligenciamos aquela oportunidade. Ele nos deu a graça especial dos Dez Dias de Penitência, mas também os deixamos passar. Tudo que nos resta agora são uns poucos momentos preciosos que são propícios ao perdão.

"Os Sábios do Talmud nos dizem que se alguém entra num contrato de casamento sob a condição de ser um perfeito tsadic, então isso é obrigatório, mesmo que ele seja conhecido como um perfeito rashá (perverso). Por quê? Porque ele pode ter tido um momento de sincera contrição que o transformou de um completo rashá num perfeito tsadic.

"Ouviram isso, meus queridos irmãos e irmãs? Basta um breve momento de sincera contrição! Temos agora a oportunidade de um momento assim. Em apenas um instante podemos emergir totalmente purificados de todos os nossos pecados, num estado de perfeição semelhante àquele de Adam no Jardim do Éden."

O rabino chorava profusamente, sem controlar-se. "Seremos tão tolos a ponto de deixar passar esta rara oportunidade? Vamos ajudar uns aos outros, e juntos chegaremos ao arrependimento sincero !"

     
 
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