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A
América já estava lá muito antes de Colombo descobri-la.
A penicilina matava as bactérias muito antes de Fleming descobri-la.
Podemos seguir falando de numerosas descobertas que poderiam ter beneficiado
a humanidade muito antes de se tornarem conhecidas por nós.
Já foi declarado que quando o aluno está pronto, o professor
aparece. Podemos dizer o mesmo sobre as descobertas; elas se tornam evidentes
para nós quando estamos prontos para elas.
O quê, exatamente, constitui esse estado de prontidão ainda
é um mistério. Embora geralmente os avanços tecnológicos
sejam possíveis sobre o progresso anterior, muitas outras descobertas
estavam bem defronte aos nossos olhos, mas nós não as enxergamos.
Este conceito é tãoverdadeiro sobre idéias em nossa
vida como nas descobertas científicas. A verdade está lá,
mas talvez não a vejamos.
Na psicoterapia, um terapeuta com freqüência aponta algo a
um paciente diversas vezes em vão, até que um dia, "Eureca!"
– ocorre a descoberta. O paciente talvez reclame: "Doutor,
tenho vindo aqui durante quase dois anos. Por que nunca me falou sobre
isso antes?" A esta altura, muitos terapeutas têm vontade de
arrancar os próprios cabelos.
Assim como os pacientes oferecem resistência a percepções
na psicoterapia, talvez também resistamos a importantes idéias
e conceitos em nossa vida. Se pudermos nos livrar dessas resistências,
talvez nos enxerguemos com maior clareza. Devemos tentar manter a mente
aberta, especialmente àquelas idéias que talvez não
apreciemos tanto.
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