Vigia tuas palavras…

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19.08.2005 - 14 de Av 5765
     
 

Um orador itinerante salientou em uma de suas prédicas que não deveria haver necessidade de se falar sobre outra pessoa. "Se você deseja tecer louvores a alguém, louve a D’us. Se pretende encontrar defeitos em alguém, procure concentrar-se nas suas próprias faltas."

A segunda declaração adquire um significado adicional à luz daquilo que os psicólogos aprenderam sobre a falta de auto-conhecimento. Alguns sugeriram que quando as pessoas conversam sobre outras pessoas, afastam o assunto de si mesmas, e ao se concentrar nas falhas do próximo, evitam a necessidade de trazer à baila as suas próprias falhas. Caluniar outras pessoas, portanto, impede o esforço para adquirir o auto-conhecimento, que é essencial para a saúde emocional e psicológica, porque direciona a atenção da pessoa para longe de si mesma e dos defeitos dos outros. Agindo assim, a pessoa não tem a informação necessária para se aperfeiçoar.

O Talmud declara que o lashon hará afeta adversamente três pessoas: aquela que fala, aquela que escuta, e o objeto da conversa (Arachin 15b). Podemos entender facilmente como magoa os dois últimos, e agora podemos ter uma nova compreensão sobre a maneira pela qual os maldizentes magoam a si mesmos.

     
 
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