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Um
orador itinerante salientou em uma de suas prédicas que não
deveria haver necessidade de se falar sobre outra pessoa. "Se você
deseja tecer louvores a alguém, louve a D’us. Se pretende
encontrar defeitos em alguém, procure concentrar-se nas suas próprias
faltas."
A segunda declaração adquire um significado adicional à
luz daquilo que os psicólogos aprenderam sobre a falta de auto-conhecimento.
Alguns sugeriram que quando as pessoas conversam sobre outras pessoas,
afastam o assunto de si mesmas, e ao se concentrar nas falhas do próximo,
evitam a necessidade de trazer à baila as suas próprias
falhas. Caluniar outras pessoas, portanto, impede o esforço para
adquirir o auto-conhecimento, que é essencial para a saúde
emocional e psicológica, porque direciona a atenção
da pessoa para longe de si mesma e dos defeitos dos outros. Agindo assim,
a pessoa não tem a informação necessária para
se aperfeiçoar.
O Talmud declara que o lashon hará afeta adversamente três
pessoas: aquela que fala, aquela que escuta, e o objeto da conversa (Arachin
15b). Podemos entender facilmente como magoa os dois últimos, e
agora podemos ter uma nova compreensão sobre a maneira pela qual
os maldizentes magoam a si mesmos.
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