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O
versículo de abertura do livro das Escrituras que narra a queda
de Jerusalém cita um estado de isolamento. Badad denota solidão,
abandono, e o estado de ser evitado por outros. Este termo também
aparece na Torá referindo-se à expulsão de um metsorá
(uma pessoa sofrendo da doença chamada tsaarat), que deve ser isolada
da comunidade.
O Talmud declara que a aflição do metsorá era em
retribuição ao pecado de lashon hará. Tomar parte
em conversa maledicente provoca inimizade e afastamento. A calúnia
e a injúria podem voltar uma pessoa contra outra, e semear a suspeita
onde antes havia amizade e companheirismo.
O Talmud declara que quando os judeus eram unidos e não havia lashon
hará entre eles, eram triunfantes, embora estivessem longe de serem
perfeitos em outros aspectos. Por outro lado, quando o lashon hará
causa a dissensão, todos os outros méritos podem não
ser suficientes para inclinar o ponteiro da balança.
No dia 9 de Av, Jerusalém se tornou badad, evitada pelos seus vizinhos,
pelos seus antigos amigos, e pelos menos externamente, evitada até
por D’us.
Por quê? Como o metsorá, os israelitas tinham sido culpados
do comportamento que provocou o afastamento. Ao provocar o estado de badad
dentro de suas fileiras, eles próprios se tornaram badad, isolados
de D’us.
Devemos nos livrar dos caprichos e desejos pessoais que ficam no caminho
da unidade judaica, pois na unidade está a nossa salvação
e como devemos verdadeiramente servir a D’us.
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