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12.08.2005 - 7 de Av 5765
     
 

O versículo de abertura do livro das Escrituras que narra a queda de Jerusalém cita um estado de isolamento. Badad denota solidão, abandono, e o estado de ser evitado por outros. Este termo também aparece na Torá referindo-se à expulsão de um metsorá (uma pessoa sofrendo da doença chamada tsaarat), que deve ser isolada da comunidade.

O Talmud declara que a aflição do metsorá era em retribuição ao pecado de lashon hará. Tomar parte em conversa maledicente provoca inimizade e afastamento. A calúnia e a injúria podem voltar uma pessoa contra outra, e semear a suspeita onde antes havia amizade e companheirismo.

O Talmud declara que quando os judeus eram unidos e não havia lashon hará entre eles, eram triunfantes, embora estivessem longe de serem perfeitos em outros aspectos. Por outro lado, quando o lashon hará causa a dissensão, todos os outros méritos podem não ser suficientes para inclinar o ponteiro da balança.

No dia 9 de Av, Jerusalém se tornou badad, evitada pelos seus vizinhos, pelos seus antigos amigos, e pelos menos externamente, evitada até por D’us.

Por quê? Como o metsorá, os israelitas tinham sido culpados do comportamento que provocou o afastamento. Ao provocar o estado de badad dentro de suas fileiras, eles próprios se tornaram badad, isolados de D’us.

Devemos nos livrar dos caprichos e desejos pessoais que ficam no caminho da unidade judaica, pois na unidade está a nossa salvação e como devemos verdadeiramente servir a D’us.

     
 
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