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Numa
sexta-feira à noite o Báal Shem Tov disse a seus discípulos:
"Venham, deixem-me mostrar-lhes o que a apreciação
do Shabat pode fazer."
O Báal Shem Tov levou os discípulos a uma cabana, a moradia
de uma pessoa simples, porém sinceramente virtuosa. Pela janela
eles viram um aposento praticamente despido de mobília. O marido
entrou com uma expressão radiante e cumprimentou a mulher: "Bom
Shabat. Vamos dar as boas vindas aos anjos em nossa casa." Ele entoou
o tradicional Shalom Aleichem e disse: "Vamos tomar um vinho fino
para o kidush." A mulher deu a ele dois pães pequenos sobre
os quais ele recitou o kidush. "Que excelente vinho tomamos! Agora
passemos ao peixe."
A mulher serviu feijão cozido. "Hummm" – disse
o marido. "Graças a D’us, que peixe delicioso temos
para o Shabat." Quando ele pediu a sopa, ela serviu feijão
novamente. Mais uma vez o marido elogiou a sopa. No lugar da carne, ela
serviu mais feijão, e o marido disse: "Esta carne assada tem
o sabor do Gan Eden." Ele então entoou as canções
do Shabat com grande júbilo.
"Vejam" – disse o Báal Shem Tov aos discípulos
– "com este amor pelo Shabat ele conseguiu converter feijão
em iguarias, assim como os israelitas fizeram com o maná no deserto."
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