O Midrash relata que Moshê suplicou para viver o suficiente para poder entrar na Terra Prometida. Entregou sua alma somente depois que D'us o instruiu a entrar no Céu e informar aos Patriarcas que os israelitas tinham chegado à sua Terra, e que D'us tinha de fato cumprido Sua promessa de dar a Terra de Israel a seus descendentes. Cumprir a vontade Divina era mais caro a Moshê que sua ânsia de entrar na Terra Santa.
É bastante natural apegar-se à vida, e a idéia de deixar este mundo é deprimente. Entretanto, se a pessoa adotar a atitude de que vive somente para cumprir a vontade de D'us, então a vida e a morte não são mais pólos opostos, porque ela vive para fazer a vontade de D'us, e quando esta vontade exige que alguém deixe o mundo, ela será igualmente obediente.
O sétimo dia de Adar é o aniversário do falecimento de Moshê. Ele desejava entrar na Terra Prometida, para que pudesse cumprir os mandamentos e ter assim novas oportunidades de cumprir o desejo Divino. Entregou sua alma de boa vontade quando soube que havia um mandamento especial para ele cumprir, um que seria conseguido após deixar esta terra física.
Referimo-nos a Moshê como Rabênu, nosso mestre. Ele não apenas nos ensinou didaticamente, mas também por meio de tudo que fez durante sua vida - e mesmo por sua morte.