Sabedoria versus esperteza
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08.02.2002 - 26 de Shevat de 5762
     
 

Um homem abastado estava convidado para o Shabat na casa do Chafêts Chayim. Insistiu em pagar adiantado ao sábio pelas refeições do Shabat - uma exigência ofensiva. Para surpresa de todos, o Chafêts Chayim aceitou o dinheiro.

Após o Shabat, o sábio fez questão que o hóspede aceitasse de volta o dinheiro. Explicou: "Caso eu me recusasse a aceitar o dinheiro antes do Shabat, o pensamento de que ele estaria se aproveitando de minha hospitalidade teria impedido o homem de desfrutar o espírito do Shabat. Embora fosse tolice ele sentir-se dessa maneira, eu desejava deixá-lo à vontade."

Nem todos raciocinam sabiamente o tempo todo. Algumas pessoas têm idéias tolas, porém se nos opusermos a elas podem sentir que foram enganadas. Insistir em nossa própria lógica pode não convencê-las em absoluto. Nestes casos, é necessário ter muita sabedoria para evitar ofender alguém, sem submeter-se à sua tolice.

Ao aceitar o dinheiro do convidado, sabendo que o devolveria após o Shabat, o Chafêts Chayim sabiamente pacificou os caprichos deste homem, sem comprometer seus próprios princípios.

Uma pessoa sábia pode ser convencida por um argumento lógico, mas para passar a perna em um tolo é preciso ser um verdadeiro gênio.

       
 
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