Temor a D'us
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23.11.2001 - 8 de Kislev de 5762
     
 

Consideramos o medo uma emoção negativa, tentando eliminá-lo. Portanto, perdemos a noção do fato de que o medo também pode ser construtivo: motiva-nos a dirigir com cuidado quando estamos com pressa, e faz um diabético seguir sua dieta e tomar insulina diariamente.

A religião tem sido criticada muitas vezes por advogar o temor a D'us. Esta crítica pode se justificar se fomos condicionados a pensar n'Ele como um Ser todo poderoso segurando um enorme bastão, pronto a golpear o pecador até reduzi-lo a frangalhos. Todas as obras éticas judaicas desencorajam o uso deste tipo de medo como motivação.

Ao contrário, o temor a D'us deve ser entendido como significando o medo das conseqüências prejudiciais inerentes à desobediência de Suas instruções - como diz o salmista que a própria maldade destrói a pessoa má.

"Louvada a pessoa que teme a D'us e tem grande desejo por Suas mitsvot" (Tehilim 112:1).

É natural que a pessoa deseje o melhor, e a percepção de que cumprir as mitsvot é de fato em seu melhor interesse, deveria constituir o "medo" que impede a transgressão da vontade Divina.

       
 
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