Numerosos traços compõem o caráter de um ser humano. Tendemos a considerar alguns deles como louváveis, e outros como indesejados.

Os traços em si não são nem bons nem maus. Adquirem um valor dependendo da forma como são aplicados. O ódio é geralmente considerado como sendo um traço abominável, mas quando alguém desdenha o mal e a injustiça com o intuito de erradicá-los, torna-se uma característica construtiva e admirável. Por outro lado, o amor é geralmente visto como um traço bastante positivo. Porém, quando mal aplicado, o amor pode ultrapassar os limites da decência e resultar em um comportamento gritantemente imoral.

Em vez de procurar erradicar um traço indesejável, devemos redirecioná-lo conscientemente para que sirva a uma função útil. Embora o redirecionamento possa acontecer em um nível inconsciente com algumas tendências, não temos controle sobre aquilo que acontece no inconsciente. De preferência, devemos evitar o abandono de um traço geralmente considerado inaceitável e conscientemente redirigi-lo a um canal positivo. Obviamente é uma vantagem para nós redirecionar a energia, em vez de precisar reprimi-la, pois manter aquela repressão requer dispêndio de energia.