Só, mas não solitário...  
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19.01.2001 - 24 de Tevet de 5761
     
 

"Eis por que as pessoas dizem: 'Prefiro a morte do que ficar só'" (Ta'anit 23a).

O Talmud cita este aforismo após narrar a história de Choni, que despertou após um sono de setenta anos, e, como todos que conhecera já haviam morrido, ficou totalmente sem amigos. Ao descobrir que pessoa alguma da nova geração lhe dava valor, rezou pedindo a morte como um escape de uma existência intolerável.

Ninguém precisa dormir por setenta anos para ficar só. Muitas pessoas são solitárias e carecem do conforto de compartilhar a vida com outros. Muito de sua solidão pode ser auto-infligida.

Esconder-se do contato humano é invariavelmente causado por uma imagem negativa de si mesmo. A pessoa que não se acha grande coisa presume que os outros não a receberão bem e, de fato, que irão rejeitá-la. A fim de evitar a dor da possível rejeição, simplesmente abstêm-se do contato humano e escondem-se atrás de um muro de isolamento que erigiram para manter as pessoas afastadas. Infelizmente, este muro não é uma barreira; torna-se uma prisão.

Há maneiras pelas quais podemos superar uma auto-imagem negativa, mas antes que possamos implantar estas técnicas, devemos estar conscientes do problema.